{"id":141001,"date":"2017-12-30T00:00:24","date_gmt":"2017-12-30T02:00:24","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=141001"},"modified":"2017-12-29T21:38:21","modified_gmt":"2017-12-29T23:38:21","slug":"lider-de-meio-ambiente-da-onu-quer-mudancas-climaticas-na-pauta-do-cidadao-comum","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2017\/12\/30\/141001-lider-de-meio-ambiente-da-onu-quer-mudancas-climaticas-na-pauta-do-cidadao-comum.html","title":{"rendered":"L\u00edder de meio ambiente da ONU quer mudan\u00e7as clim\u00e1ticas na pauta do cidad\u00e3o comum"},"content":{"rendered":"
A not\u00edcia principal \u00e9: em 2017, a express\u00e3o \u201cFurac\u00e3o Irma\u201d foi a mais pesquisada na internet. N\u00e3o deve surpreender aos leitores, porque foi o\u00a0furac\u00e3o mais forte <\/a>j\u00e1 registrado na bacia do Oceano Atl\u00e2ntico e ficamos\u00a0\u00a0extremamente motivados com os danos causados \u00e0s pessoas.<\/p>\n Mas a subnot\u00edcia \u00e9 que, embora os internautas estejam bastante motivados pelos danos causados aos atingidos pelos eventos extremos, dificilmente eles v\u00e3o procurar saber a origem disso. Ou seja: os efeitos causados pelas mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, o aquecimento do planeta, n\u00e3o entram na pauta dos cidad\u00e3os comuns. Quem denuncia esta quest\u00e3o, que n\u00e3o \u00e9 nova para quem estuda o tema, mas sempre ser\u00e1 importante, \u00e9 Erik Solheim, diretor executivo da ag\u00eancia de meio ambiente das Na\u00e7\u00f5es Unidas. Durante uma entrevista recente para a\u00a0Funda\u00e7\u00e3o Thomson Reuters <\/a>, ele apontou um erro recorrente na hora de se tentar a colabora\u00e7\u00e3o de todos para reverter o quadro e baixar as emiss\u00f5es de carbono.<\/p>\n Para Solheim, os especialistas em meio ambiente est\u00e3o usando express\u00f5es erradas na hora de explicar aos cidad\u00e3os comuns o que est\u00e1 acontecendo com o clima.<\/p>\n “As pessoas querem saber sobre essas coisas, mas quando se trata de explicar por que est\u00e1 acontecendo e o que pode ser feito para det\u00ea-lo (o aquecimento global<\/em>), n\u00e3o estamos falando em um idioma que todos entendam”, disse ele durante a entrevista.<\/p>\n Linguagem t\u00e9cnica demais, siglas e frases politicamente corretas, ou mesmo uma certa ret\u00f3rica que se torna in\u00fatil quando n\u00e3o se apresenta o resultado est\u00e3o, na verdade, afastando as pessoas que poderiam estar tamb\u00e9m colaborando para uma solu\u00e7\u00e3o. Ningu\u00e9m mais aguenta ouvir que as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas v\u00e3o ser cada vez mais respons\u00e1veis pelos eventos extremos que estamos presenciando no mundo. Parece tamb\u00e9m um tempo desperdi\u00e7ado quando se exige provid\u00eancias imediatas aos l\u00edderes das na\u00e7\u00f5es. Como ainda \u00e9 pouco prov\u00e1vel que algu\u00e9m v\u00e1 se sentir verdadeiramente inclinado a colaborar para baixar as emiss\u00f5es quando os pr\u00f3prios cientistas dizem que pouco vai adiantar agora, j\u00e1 que o aquecimento do planeta \u00e9 inevit\u00e1vel.<\/p>\n “Isso tudo acaba aborrecendo as pessoas. Elas precisam estar entusiasmadas e inspiradas a agir e mudar seu comportamento “, disse ele.<\/p>\n Na mesma entrevista, Solheim aproveitou para esclarecer alguns pontos que s\u00e3o b\u00e1sicos e ainda podem trazer muitas d\u00favidas para as pessoas. O primeiro deles \u00e9 com rela\u00e7\u00e3o ao desmatamento.Sabe-se que o manejo sustent\u00e1vel da terra \u00e9 um procedimento que \u201cn\u00e3o pegou\u201d entre os donos de territ\u00f3rios. Pode trazer benef\u00edcios ineg\u00e1veis, mas n\u00e3o convenceu porque n\u00e3o colabora para a l\u00f3gica capitalista da acumula\u00e7\u00e3o de riqueza.<\/p>\n \u00c9 verdade que, segundo a reportagem publicada no site do Climateaction,pesquisas sobre o tema sugerem que o restabelecimento de terras degradadas pode gerar entre benef\u00edcios econ\u00f4micos por cada d\u00f3lar investido, oferecendo um tremendo potencial para alcan\u00e7ar o aumento de temperatura abaixo de 2 graus, conforme estabelecido pelos l\u00edderes mundiais que concordaram com o Acordo Clim\u00e1tico de Paris em 2015. Mas parece dif\u00edcil convencer quem precisa ser convencido.<\/p>\n No entanto, o financiamento para a restaura\u00e7\u00e3o da paisagem precisar\u00e1 ser ampliado em mais de US $ 300 bilh\u00f5es por ano e, atualmente, s\u00f3 representa cerca de 3% do financiamento clim\u00e1tico.<\/p>\n Para Solheim, \u00e9 preciso arranjar meios para mudar esse tipo de atitude. E s\u00f3 o poder transformador do mercado financeiro \u00e9 capaz disso. N\u00e3o por acaso, durante a C\u00fapula One Planet, organizada pelo presidente franc\u00eas Emmanuel Macron em Paris, a ag\u00eancia que Solheim administra nas Na\u00e7\u00f5es Unidas fez parceria com o BNP Paribas para aumentar o investimento verde em pa\u00edses emergentes.<\/p>\n Esta nova parceria tentar\u00e1 identificar projetos comerciais adequados com impacto ambiental e social significativo e levar\u00e1 US$ 10 bilh\u00f5es em financiamento at\u00e9 2025, visando aos projetos de pequenos propriet\u00e1rios, principalmente relacionados ao acesso \u00e0 energia renov\u00e1vel, agrofloresta\u00e7\u00e3o, acesso \u00e0 \u00e1gua e agricultura respons\u00e1vel.<\/p>\n Para Solheim, a sociedade com o BNP Paribas marca um sinal para o setor financeiro de que o\u00a0business as usual<\/em> n\u00e3o \u00e9 mais uma op\u00e7\u00e3o.<\/p>\n \u201cPrecisamos projetar agricultura sustent\u00e1vel e silvicultura de uma maneira que resolva a crise clim\u00e1tica, ao inv\u00e9s de contribuir para que ela se acelere\u201d, disse ele.<\/p>\n Assim seja<\/p>\n Fonte: G1 Amelia Gonzalez<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"