{"id":141044,"date":"2018-01-04T00:00:10","date_gmt":"2018-01-04T02:00:10","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=141044"},"modified":"2018-01-03T21:42:58","modified_gmt":"2018-01-03T23:42:58","slug":"entra-em-vigor-lei-que-proibe-comercio-de-marfim-na-china","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/01\/04\/141044-entra-em-vigor-lei-que-proibe-comercio-de-marfim-na-china.html","title":{"rendered":"Entra em vigor lei que pro\u00edbe com\u00e9rcio de marfim na China"},"content":{"rendered":"

Desde 31 de dezembro, o com\u00e9rcio de marfim legal e governamental da China est\u00e1 proibido. Todas as f\u00e1bricas e comerciantes de escultura de marfim licenciados no pa\u00eds ser\u00e3o fechados. A lei entra em vigor pouco mais de dois anos depois do\u00a0an\u00fancio conjunto, em\u00a02015<\/a>, feito pelo presidente chin\u00eas, Xi Jinping, e do ent\u00e3o\u00a0presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.<\/p>\n

A China e os EUA concordaram em proibir “quase completamente” os com\u00e9rcios de marfim, que pro\u00edbem a compra e venda de tudo exceto um n\u00famero limitado de antiguidades e alguns outros itens. A proibi\u00e7\u00e3o de marfim nos EUA entrou em vigor em junho de 2016. A proibi\u00e7\u00e3o da China entrou em vigor em 31 de dezembro de 2017.<\/p>\n

A China \u00e9 amplamente considerada o maior consumidor mundial de marfim, legal e ilegal, e \u00e9 tem grande responsabilidade sobre o abate anual de cerca de 30 mil elefantes-africanos por ca\u00e7adores. O marfim \u00e9 usado para esculturas, bugigangas, hashis e outros itens.<\/p>\n

“A proibi\u00e7\u00e3o do governo chin\u00eas em rela\u00e7\u00e3o ao com\u00e9rcio dom\u00e9stico de marfim envia uma mensagem ao p\u00fablico em geral na China de que a vida dos elefantes \u00e9 mais importante do que a cultura do marfim”, disse\u00a0Gao Yufang<\/a> doutorando em Biologia de Conserva\u00e7\u00e3o e Antropologia Cultural na Universidade de Yale e Explorador da National Geographic Explorer, disse por e-mail. “Esse \u00e9 um importante passo para o futuro”.<\/p>\n

Uma proibi\u00e7\u00e3o internacional do com\u00e9rcio de marfim entrou em vigor em 1990, mas a China continuou a permitir, e at\u00e9 mesmo promover, vendas de marfim dentro de suas fronteiras. O estoque legal de marfim do pa\u00eds veio principalmente de uma compra \u00fanica feita em 2008 de um punhado de pa\u00edses africanos. Mas traficantes continuaram a comercializar marfim obtido de forma ilegal no mercado. Muitos conservacionistas disseram que essa \u00fanica venda legal ajudou a impulsionar um aumento dram\u00e1tico na ca\u00e7a ao elefante.<\/p>\n

“\u00c9 dif\u00edcil prever o impacto que a proibi\u00e7\u00e3o de marfim na China ter\u00e1 na redu\u00e7\u00e3o da ca\u00e7a dos elefantes na \u00c1frica, porque muitos fatores est\u00e3o em jogo”, disse Yufang. “Mas observou-se que, na China, os pre\u00e7os dos produtos de marfim ca\u00edram consideravelmente, e o mercado j\u00e1 est\u00e1 diminuindo”.<\/p>\n

Os especialistas dizem que o ponto principal para tornar a proibi\u00e7\u00e3o bem sucedida \u00e9 a aplica\u00e7\u00e3o da lei e a educa\u00e7\u00e3o. “A aplica\u00e7\u00e3o da lei na China tende a ser dificultada pela m\u00e1 coordena\u00e7\u00e3o entre as diferentes ag\u00eancias, pela regulariza\u00e7\u00e3o pouco clara e pela falta de pessoal capacitado”, disse Yufang.<\/p>\n

Enquanto muitos chineses\u00a0est\u00e3o se tornando mais conscientes<\/a> e sens\u00edveis \u00e0s quest\u00f5es de conserva\u00e7\u00e3o e vida selvagem, a atra\u00e7\u00e3o do marfim como o s\u00edmbolo de status tem sido dif\u00edcil de superar. Como a National Geographic relatou no in\u00edcio deste ano:<\/p>\n

Em chin\u00eas, a palavra “marfim” \u00e9 xiangya, que significa “dente de elefante”, o que levou muitos a acreditarem erroneamente que o marfim pode ser retirado de um elefante sem causar dano. O Fundo Internacional para o Bem-estar dos Animais, que n\u00e3o tem fins lucrativos, fez uma pesquisa na China em 2007 e descobriu que 70% dos entrevistados n\u00e3o sabia que um elefante tem que ser morto para a retirada de seu marfim.<\/p>\n

A Administra\u00e7\u00e3o Florestal da China, ag\u00eancia encarregada de impor a nova proibi\u00e7\u00e3o, come\u00e7ou uma campanha para garantir que os cidad\u00e3os do pa\u00eds tenham conhecimento da lei. Junto ao Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, a Wildaid, a China Wildlife Conservation Association e a Funda\u00e7\u00e3o SEE, uma ONG ambiental baseada no pa\u00eds, a ag\u00eancia deve criar e publicar cartazes, v\u00eddeos e artigos em meios de comunica\u00e7\u00e3o tradicionais e m\u00eddias sociais, para comunicar \u00e0s pessoas que elas estar\u00e3o protegendo os elefantes amea\u00e7ados de extin\u00e7\u00e3o se respeitarem a lei e dizerem “n\u00e3o ao marfim”.<\/p>\n

Em mar\u00e7o, a\u00a0primeira leva de f\u00e1bricas e lojas de varejo foi fechada. Uma pesquisa recente do World Wildlife Fund e da organiza\u00e7\u00e3o de monitoramento do com\u00e9rcio de animais selvagens, TRAFFIC, no entanto, descobriu que apenas 19% das pessoas entrevistadas sabiam da proibi\u00e7\u00e3o. Uma vez informados, no entanto, 86% dos entrevistados disseram que a apoiariam.<\/p>\n

“Ao fechar os mercados de marfim, a China est\u00e1 mostrando seu compromisso de acabar com seu papel na epidemia de ca\u00e7a que assola os elefantes da \u00c1frica”, disse Ginette Hemley, vice-presidente s\u00eanior da WWF e membro do conselho da TRAFFIC, em comunicado \u00e0 imprensa. “\u00c9 fundamental que os esfor\u00e7os para promulgar a proibi\u00e7\u00e3o do com\u00e9rcio de marfim sejam acompanhados por esfor\u00e7os para mudar o comportamento do consumidor, a fim de reduzir a demanda”.<\/p>\n

Fonte: National Geographic<\/p><\/blockquote>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Dois anos depois de um acordo com os Estados Unidos para que ambos pa\u00edses proibissem o com\u00e9rcio dom\u00e9stico de marfim, todas as f\u00e1bricas de entalhe e revendedores de marfim licenciados pelo governo chin\u00eas devem fechar <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[697,1607,441],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/141044"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=141044"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/141044\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":141045,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/141044\/revisions\/141045"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=141044"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=141044"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=141044"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}