{"id":141136,"date":"2018-01-09T00:00:55","date_gmt":"2018-01-09T02:00:55","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=141136"},"modified":"2018-01-08T20:45:33","modified_gmt":"2018-01-08T22:45:33","slug":"barulho-de-fabricas-deixa-passaros-com-sintomas-de-transtorno-do-estresse-diz-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/01\/09\/141136-barulho-de-fabricas-deixa-passaros-com-sintomas-de-transtorno-do-estresse-diz-estudo.html","title":{"rendered":"Barulho de f\u00e1bricas deixa p\u00e1ssaros com sintomas de transtorno do estresse, diz estudo"},"content":{"rendered":"
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O ru\u00eddo de f\u00e1bricas de petr\u00f3leo e g\u00e1s dificulta a reprodu\u00e7\u00e3o de p\u00e1ssaros, que tamb\u00e9m passam a apresentar sintomas semelhantes a seres humanos que sofrem de transtorno de estresse p\u00f3s-traum\u00e1tico, mostra pesquisa publicada no “PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences)” nesta segunda-feira (8).<\/p>\n<\/div>\n

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Cientistas observaram que p\u00e1ssaros expostos ao barulho possu\u00edam altera\u00e7\u00f5es nos n\u00edveis de cortisol (horm\u00f4nio relacionado ao estresse). Essas altera\u00e7\u00f5es, sugerem os cientistas, provavelmente est\u00e3o relacionadas ao aumento da ansiedade e da vigil\u00e2ncia provocada pelo ru\u00eddo.<\/p>\n<\/div>\n

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Ainda, havia mais dificuldade de reprodu\u00e7\u00e3o e, em alguns casos, a ninhada nascia atrofiada. Pesquisadores tamb\u00e9m idenficaram que alguns pass\u00e1ros possu\u00edam corpo menor e menos penas em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 m\u00e9dia de animais que n\u00e3o vivem em regi\u00f5es pr\u00f3ximas a excesso de ru\u00eddo.<\/p>\n<\/div>\n

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“Eles n\u00e3o conseguem obter informa\u00e7\u00f5es do ambiente e, por isso, est\u00e3o sempre estressados \u200b\u200bporque n\u00e3o conseguem descobrir o que est\u00e1 acontecendo”, diz Rob Guralnick, um dos autores do estudo e pesquisador do Museu de Historia Natural da Florida, em nota.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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“Assim como o estresse constante tende a degradar muitos aspectos da sa\u00fade de uma pessoa, ele tem um efeito cascata completo na sa\u00fade fisiol\u00f3gica [dos p\u00e1ssaros]”, completa.<\/p>\n<\/div>\n

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Como foi o estudo<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Para medir o efeito do barulho, pesquisadores acompanharam tr\u00eas esp\u00e9cies de aves que se reproduzem perto de opera\u00e7\u00f5es de petr\u00f3leo e g\u00e1s no Departamento de Gest\u00e3o de Terras no Novo M\u00e9xico, nos Estados Unidos.<\/p>\n<\/div>\n

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Cientistas deixaram 240 ninhos em 12 regi\u00f5es diferentes. Al\u00e9m da observa\u00e7\u00e3o, eles colheram amostras de sangue dos p\u00e1ssaros em tr\u00eas momentos diferentes. Curiosamente, as aves apresentavam n\u00edveis menores de cortisol, o horm\u00f4nio do estresse, indica o estudo.<\/p>\n<\/div>\n

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Segundo os pesquisadores, embora isso leve a acreditar que os animais estariam menos estressados, o resultado indica justamente o oposto — que os animais est\u00e3o t\u00e3o estressados que passaram a diminuir a produ\u00e7\u00e3o do horm\u00f4nio como um mecanismo de defesa.<\/p>\n<\/div>\n

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Ainda, segundo o estudo, esse resultado cr\u00f4nico de n\u00edveis baixos de horm\u00f4nio do estresse tamb\u00e9m foi observado nas ninhadas dos p\u00e1ssaros que viviam na regi\u00e3o.<\/p>\n<\/div>\n

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Adapta\u00e7\u00e3o ao estresse constante<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Christopher Lowry, fisiologista do estresse e coautor do estudo explica, em nota, que o resultado da pesquisa \u00e9 consistente com outras pesquisas em humanos e roedores.<\/p>\n<\/div>\n

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A ci\u00eancia vem descobrindo que, naqueles seres com estresse cr\u00f4nico constante, o horm\u00f4nio do estresse (cortisol) acaba ficando extremamente baixo.<\/p>\n<\/div>\n

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Segundo o pesquisador, quando h\u00e1 uma demanda constante por fuga ou luta, o corpo \u00e0s vezes se adapta para economizar energia, e economiza tamb\u00e9m o horm\u00f4nio. Esse “hipocortismo” tem sido relacionado \u00e0 inflama\u00e7\u00e3o que, por sua vez, est\u00e1 associada a uma s\u00e9rie de doen\u00e7as e disfun\u00e7\u00f5es.<\/p>\n<\/div>\n

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O estudo, sugerem os pesquisadores, pode ser extrapolado para outras regi\u00f5es com ru\u00eddo — e isso tem implica\u00e7\u00f5es importantes para a preserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente e da sa\u00fade humana.<\/p>\n

Fonte: G1<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"