{"id":141312,"date":"2018-01-18T00:01:48","date_gmt":"2018-01-18T02:01:48","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=141312"},"modified":"2018-01-17T22:19:50","modified_gmt":"2018-01-18T00:19:50","slug":"algumas-noticias-positivas-sobre-bichos-e-meio-ambiente","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/01\/18\/141312-algumas-noticias-positivas-sobre-bichos-e-meio-ambiente.html","title":{"rendered":"Algumas not\u00edcias positivas sobre bichos e meio ambiente"},"content":{"rendered":"
Estava pronta para escrever sobre a morte dos botos cinza\u00a0na Ba\u00eda de Sepetiba<\/a>. Fico severamente impactada com uma situa\u00e7\u00e3o dessas, com vontade de introduzir \u00e0 for\u00e7a, em nossa ra\u00e7a, mais consci\u00eancia e respeito aos bichos. N\u00e3o h\u00e1 liga\u00e7\u00e3o direta, ao que parece, entre as atividades industriais que est\u00e3o sendo conduzidas pela Vale no local e a morte dos animais. At\u00e9 porque as obras de dragagem come\u00e7aram h\u00e1 pouco, enquanto j\u00e1 se constata as mortes desde novembro do ano passado. De qualquer maneira, o Minist\u00e9rio P\u00fablico Federal pediu um tempo \u00e0 empresa, e o fez muito bem. Vamos analisar primeiro o que est\u00e1 acontecendo e, enquanto isso, deixar de submeter aos animais que ainda restam um estresse tremendo ao ver seu ambiente sendo adulterado.<\/p>\n \u00c9 triste demais e estou torcendo para que os pesquisadores descubram logo a causa mortis e procurem livrar os botos que sobram. S\u00e3o uns animais lindos, d\u00f3ceis, que est\u00e3o na natureza cumprindo seu papel. E j\u00e1 s\u00e3o extremamente impactados com a polui\u00e7\u00e3o que precisam enfrentar.<\/p>\n Mas \u00e9 a partir daqui que pretendo mudar o rumo da prosa. E passo a contar uma bela iniciativa que vai acontecer neste domingo, 21, na Praia do Arpoador, Rio de Janeiro. Um grupo chamado \u201cSou Rio Sustent\u00e1vel\u201d vai promover uma grande mobiliza\u00e7\u00e3o em defesa do meio ambiente a partir das 9h. O primeiro foco ser\u00e1 a limpeza do lixo flutuante no mar e entre as pedras do Arpoador e do Parque Garota de Ipanema.Paralelamente, pessoas ligadas \u00e0 organiza\u00e7\u00e3o v\u00e3o cuidar dos gatos abandonados naquela \u00e1rea da cidades, muitos deles vivendo \u00e0 m\u00edngua e sem qualquer tipo de alimenta\u00e7\u00e3o adequada ou de vacinas.<\/p>\n O respons\u00e1vel pela bela iniciativa, que pretende chamar aten\u00e7\u00e3o e conscientizar as pessoas em volta, \u00e9\u00a0\u00a0Flavio Costaleites, que diz uma verdade altamente inconveniente, mas que merece ser considerada: estamos todos come\u00e7ando a nos acostumar em viver cercados por lixo.<\/p>\n \u201cEntramos 2018 mergulhando em lixo, com dezenas de toneladas de res\u00edduos flutuando no mar. E, por incr\u00edvel que pare\u00e7a, todos j\u00e1 se acostumaram com a ideia e se conformam com isso. Vamos fazer um grande mutir\u00e3o e entraremos na \u00e1gua com seguran\u00e7a para tirar todo lixo que estiver ao nosso alcance\u201d, diz ele.<\/p>\n A Comlurb vai ajudar, dando destino correto ao lixo coletado. O aux\u00edlio aos gatos vai ter a participa\u00e7\u00e3o de profissionais e v\u00e1rios outros grupos de aux\u00edlio, j\u00e1 que no local h\u00e1 muitos animais doentes. \u00c9 claro que n\u00e3o se imagina a preocupa\u00e7\u00e3o com o meio ambiente sem fazer alguma coisa pelos animais.\u00c9 boa a iniciativa dessa turma, e seria \u00f3timo ver mais pessoas engajadas na causa.<\/p>\n E j\u00e1 que estou entrando novamente no assunto \u201canimais\u201d, n\u00e3o custa dar outras duas boas not\u00edcias para quem, como eu, se preocupa com os rumos da rela\u00e7\u00e3o entre homens e bichos.<\/p>\n A primeira boa not\u00edcia \u00e9 que a Noruega, o pa\u00eds mais desenvolvido do mundo, segundo o Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mas que ainda tinha pr\u00e1ticas medievais de matan\u00e7a de mam\u00edferos para arrancar-lhes as peles, acaba de proibir totalmente esta t\u00e9cnica. O comunicado foi feito pela organiza\u00e7\u00e3o norueguesa dos direitos dos animais\u00a0Noah<\/a> no fim de semana passado. E, como n\u00e3o podia deixar de ser, foi comemorado por muita gente.<\/p>\n Atualmente, a Noruega abriga 300 fazendas de peles que matam 700 mil minks e 110 mil raposas por ano para o mercado da moda.Em 2014, a organiza\u00e7\u00e3o mundial\u00a0Peta<\/a> (People for the Ethical Treatment of Animals) documentou condi\u00e7\u00f5es horr\u00edveis\u00a0\u00a0em fazendas de pele naquele pa\u00eds. Os animais s\u00e3o maltratados antes de morrer e, depois de mortos, seus restos ficam apodrecendo junto a outros que est\u00e3o vivos.Depois da divulga\u00e7\u00e3o de um v\u00eddeo com cenas horripilantes, os ativistas dos direitos dos animais noruegueses puseram-se a campo para tentar a proibi\u00e7\u00e3o que agora conseguiram. \u00c9 uma vit\u00f3ria.<\/p>\n Ainda n\u00e3o h\u00e1 detalhes sobre a proibi\u00e7\u00e3o e, infelizmente, o prazo \u00e9 estendido: at\u00e9 2025. Mas, de qualquer forma, j\u00e1 \u00e9 alguma coisa. E vejam que n\u00e3o se trata de matar animais para mais nada sen\u00e3o para embelezar seres humanos (sim, aqueles que consideram bonito vestir pele de bicho).Fala-se, por exemplo, que muitos maquiadores famosos est\u00e3o preferindo usar c\u00edlios posti\u00e7os feitos de pele de mink, muito mais macios e semelhantes aos cabelos humanos. \u00c9 de arrepiar.<\/p>\n Bem, mas passemos para a pr\u00f3xima boa not\u00edcia: a Esc\u00f3cia tornou-se o primeiro pa\u00eds do Reino Unido a proibir que os circosutilizem animais selvagens como parte de sua atra\u00e7\u00e3o. Como se sabe, n\u00e3o h\u00e1 nada pior para um bicho como le\u00e3o ou tigre, ou mesmo o aparentemente d\u00f3cil elefante, do que ficar confinado. Uma consulta p\u00fablica feita em 2015 descobriu que 98% dos entrevistados naquele pa\u00eds pensavam assim.<\/p>\n Foi a\u00ed que o pessoal da organiza\u00e7\u00e3o Peta entrou em contato com as autoridades escocesas encarregadas do assunto e conseguiu a primeira etapa da proibi\u00e7\u00e3o. Em 20 de dezembro do ano passado saiu a not\u00edcia. E, de novo, muitos comemoram.<\/p>\n N\u00e3o h\u00e1, sob hip\u00f3tese alguma, qualquer n\u00edvel de compara\u00e7\u00e3o entre a preocupa\u00e7\u00e3o com bichos e a necess\u00e1ria aten\u00e7\u00e3o que se deve dar a humanos em situa\u00e7\u00e3o vulner\u00e1vel e de risco. Falo isso porque muitos criticam essa preocupa\u00e7\u00e3o \u00e9tica com os animais, como se tirasse dos homens os cuidados devidos a eles. N\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel equiparar. Mas \u00e9 necess\u00e1rio ter no\u00e7\u00e3o de que, ao ter cuidados com os bichos, a humanidade pode estar prestando um enorme servi\u00e7o a si pr\u00f3pria.<\/p>\n Gosto muito da declara\u00e7\u00e3o do historiador Yuval Noah Harari, de \u201cSapiens \u2013 Uma breve hist\u00f3ria da Humanidade\u201d (Ed. L&PM). Em conversa com o jornalista Pedro Bial (que voc\u00ea pode acessar aqui<\/a>), Harari diz que \u00e9 imoral, talvez um dos maiores crimes da esp\u00e9cie humana, a maneira como tratamos\u00a0\u00a0os bichos s\u00f3 porque eles s\u00e3o, pelo menos em tese, menos inteligentes do que n\u00f3s.<\/p>\n \u201cHoje sabemos, por conta de pesquisas cient\u00edficas, que as vacas, as galinhas, os porcos, t\u00eam percep\u00e7\u00f5es, emo\u00e7\u00f5es, podem sentir dor, podem sentir medo, podem sentir amor. E estamos causando um enorme sofrimento a bilh\u00f5es de animais anualmente. Toda a industria do leite \u00e9 constru\u00edda no rompimento do la\u00e7o mais b\u00e1sico do reino animal, que \u00e9 o v\u00ednculo entre m\u00e3e e filho. Dentro de horas depois do nascimento, no entanto, a m\u00e3e e a cria s\u00e3o separados. Geralmente engordam a cria, abatem e vendem depois e retiram o leite da vaca para vender aos humanos\u201d, diz ele.<\/p>\n Vida longa aos nossos botos cinza. Que a doen\u00e7a seja logo descoberta. E, se preciso for, que as atividades industriais se virem para outro lugar. N\u00e3o estamos mesmo em tempos de desprezar a ajuda que os bichos nos d\u00e3o na natureza.<\/p>\n Fonte Amelia Gonzalez G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Estava pronta para escrever sobre a morte dos botos cinza na Ba\u00eda de Sepetiba. 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