{"id":141496,"date":"2018-01-27T00:00:47","date_gmt":"2018-01-27T02:00:47","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=141496"},"modified":"2018-01-26T21:36:25","modified_gmt":"2018-01-26T23:36:25","slug":"macacos-nao-transmitem-febre-amarela","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/01\/27\/141496-macacos-nao-transmitem-febre-amarela.html","title":{"rendered":"Macacos n\u00e3o transmitem febre amarela"},"content":{"rendered":"
Os macacos n\u00e3o transmitem o v\u00edrus da febre amarela. Pelo contr\u00e1rio. S\u00e3o t\u00e3o v\u00edtimas quanto os humanos. E ainda cumprem uma fun\u00e7\u00e3o importante: ao contra\u00edrem o v\u00edrus, transmitido em ambientes silvestres por mosquitos do g\u00eanero Hemagogo, eles servem de alerta para o surgimento da doen\u00e7a no local. Desse modo, contribuem para que as autoridades sanit\u00e1rias tomem logo medidas para proteger moradores ou pessoas de passagem na regi\u00e3o.<\/p>\n
As informa\u00e7\u00f5es s\u00e3o do Centro Nacional de Pesquisa e Conserva\u00e7\u00e3o de Primatas Brasileiros (CPB), do Instituto Chico Mendes de Conserva\u00e7\u00e3o da Biodiversidade (ICMBio), \u00f3rg\u00e3o do Minist\u00e9rio do Meio Ambiente. A dire\u00e7\u00e3o do CPB est\u00e1 preocupada com frequentes registros de agress\u00e3o e at\u00e9 mortes de macacos por pessoas que temem ser contaminadas pelos animais nas localidades onde ocorre atualmente surto da doen\u00e7a no pa\u00eds.<\/p>\n
“H\u00e1 o receio de que os macacos possam transmitir diretamente a doen\u00e7a aos humanos, mas esse receio \u00e9 infundado. Isso n\u00e3o ocorre. Em vez de agredidos ou mortos, os macacos devem ser protegidos para que cumpram a sua fun\u00e7\u00e3o de sentinela, de alertar para poss\u00edveis ocorr\u00eancias de surtos da febre amarela”, diz o chefe do CPB, Leandro Jerusalinsky.<\/p>\n
J\u00e1 o Ibama faz quest\u00e3o de destacar que, al\u00e9m de prejudicar as a\u00e7\u00f5es de preven\u00e7\u00e3o da doen\u00e7a, agredir ou matar macacos \u00e9 crime ambiental, previsto na Lei 9.605\/98. Entre outras coisas, a lei estabelece pris\u00e3o de seis meses a um ano e multa para quem matar, perseguir ou ca\u00e7ar esp\u00e9cimes da fauna silvestre, em desacordo ou sem a devida licen\u00e7a da autoridade competente. A pena \u00e9 aumentada em 50% quando o crime \u00e9 praticado contra esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
O surto de febre amarela representa uma grave amea\u00e7a para os macacos que habitam a Mata Atl\u00e2ntica. Parte significativa dos primatas do bioma est\u00e1 amea\u00e7ada de extin\u00e7\u00e3o, entre eles, o bugio, o macaco-prego-de-crista e o muriqui do sul e do norte.<\/p>\n
O QUE FAZER<\/strong><\/p>\n – Ao encontrar um macaco morto ou doente, a popula\u00e7\u00e3o deve informar ao servi\u00e7o de sa\u00fade do munic\u00edpio, do estado ou ligar para o Disque Sa\u00fade (136), servi\u00e7o do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade.<\/p>\n – Nada de manipular os animais (n\u00e3o por risco de contrair a febre amarela, mas outas doen\u00e7as). Caber\u00e1 aos t\u00e9cnicos da \u00e1rea de sa\u00fade avaliarem se h\u00e1 possibilidade de coletar amostras para an\u00e1lise em laborat\u00f3rio e se a morte foi isolada ou atingiu um n\u00famero maior de primatas.<\/p>\n – Em casos de maus-tratos a macacos, as pessoas devem denunciar aos \u00f3rg\u00e3os ambientais (Ibama, ICMBio, Pol\u00edcia Militar Ambiental e secretarias municipais e estaduais de Meio Ambiente).<\/p>\n