{"id":141544,"date":"2018-01-30T00:04:59","date_gmt":"2018-01-30T02:04:59","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=141544"},"modified":"2018-01-29T21:07:23","modified_gmt":"2018-01-29T23:07:23","slug":"para-salvar-os-oceanos-voce-deveria-parar-de-usar-glitter","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/01\/30\/141544-para-salvar-os-oceanos-voce-deveria-parar-de-usar-glitter.html","title":{"rendered":"Para salvar os oceanos, voc\u00ea deveria parar de usar glitter?"},"content":{"rendered":"
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Quando 19 pr\u00e9-escolas brit\u00e2nicas deixaram de usar glitter em projetos de arte para salvar os oceanos, isso desencadeou um frenesi sobre o potencial do glitter em prejudicar a vida marinha que chegou at\u00e9 a Nova Zel\u00e2ndia. A mudan\u00e7a na\u00a0Tops Day Nurseries<\/a>, informa os diretores, visa reduzir a polui\u00e7\u00e3o plasm\u00e1tica no oceano, e isso levou\u00a0Trisia Farrelly<\/a>, uma antrop\u00f3loga ambiental da Universidade Massey da Nova Zel\u00e2ndia, a pedir uma proibi\u00e7\u00e3o global.<\/p>\n

“Qualquer tipo de glitter deve ser banido porque \u00e9 micropl\u00e1stico e todos os micropl\u00e1sticos escapam para o meio ambiente”, diz Farrelly.<\/p>\n

Mas qual \u00e9 a amea\u00e7a potencial desses peda\u00e7os brilhantes de pl\u00e1stico que s\u00e3o onipresentes na decora\u00e7\u00e3o da temporada natalina? \u00c9 dif\u00edcil dizer.<\/p>\n

Anatomia do\u00a0Glitter<\/h2>\n

O glitter \u00e9 feito de folhas de pl\u00e1stico e usado em uma ampla gama de produtos, incluindo cosm\u00e9ticos. Quando levado pelo encanamento, o material brilhante se torna um subconjunto de lixo pl\u00e1stico marinho conhecido como micropl\u00e1stico. Os micropl\u00e1sticos, que medem menos de 5 mm de comprimento, s\u00e3o encontrados em todos os oceanos do mundo, da superf\u00edcie ao fundo do mar. Eles s\u00e3o consumidos por pl\u00e2ncton, peixes, mariscos, aves marinhas e outras esp\u00e9cies marinhas. Os peda\u00e7os de pl\u00e1stico se acumulam nos est\u00f4magos dos p\u00e1ssaros, o que pode fazer com que as aves morram de fome. Os cientistas est\u00e3o cada vez mais preocupados com os efeitos sobre peixes e outras esp\u00e9cies marinhas.<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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O maior volume de micropl\u00e1sticos prov\u00e9m de duas fontes: lixo pl\u00e1stico quebrado em peda\u00e7os pequenos por raios UV e a\u00e7\u00e3o de ondas, e contas pl\u00e1sticas fabricadas que s\u00e3o adicionadas aos produtos de cosm\u00e9ticos e de higiene pessoal, como lavagem facial e pasta de dente. Essas microcontas n\u00e3o se degradam e, com toda a probabilidade, existir\u00e3o nos oceanos por centenas de anos.\u00a0Os cientistas estimam que mais de 8 trilh\u00f5es de microcontas entram diariamente em \u00e1guas dos Estados Unidos, por exemplo.<\/p>\n

Quanto de glitter escapa para o meio ambiente\u00a0e quais caminhos percorre s\u00e3o informa\u00e7\u00f5es ainda desconhecidas.<\/p>\n

“Portanto, enquanto h\u00e1 evid\u00eancias de acumula\u00e7\u00e3o de micropl\u00e1sticos em geral e evid\u00eancia de danos por estudos de laborat\u00f3rio, h\u00e1 uma falta de evid\u00eancias claras especificamente sobre o glitter”, diz\u00a0Richard Thompson<\/a>, bi\u00f3logo marinho da Universidade de Plymouth, no oeste da Gr\u00e3-Bretanha e especialista l\u00edder em micropl\u00e1sticos. “Temos part\u00edculas micropl\u00e1sticas em cerca de um ter\u00e7o dos 500 peixes que examinamos no Canal da Mancha, mas n\u00e3o encontramos nenhum glitter”.<\/p>\n

Alice Horton<\/a>, pesquisadora do Centro Brit\u00e2nico de Ecologia e Hidrologia, disse \u00e0 National Geographic que n\u00e3o h\u00e1 dados concretos sobre o glitter. Estudos sobre os efeitos dos micropl\u00e1sticos, ela acrescenta, s\u00e3o “altamente vari\u00e1veis, dependendo do tipo e forma da part\u00edcula, por isso \u00e9 dif\u00edcil dizer quais ser\u00e3o os poss\u00edveis efeitos ecol\u00f3gicos”.<\/p>\n

A proibi\u00e7\u00e3o \u00e9 necess\u00e1ria?<\/h2>\n

Tanto Thompson quanto Horton comentam que uma proibi\u00e7\u00e3o definitiva do glitter \u00e9 prematura, dada a falta de dados sobre o assunto. Eles dizem que a acumula\u00e7\u00e3o cont\u00ednua de micropl\u00e1sticos nos mares s\u00f3 pode causar mais danos \u00e0 vida marinha, mas sugerem que as solu\u00e7\u00f5es mais efetivas podem ser medidas regulat\u00f3rias ou fabricantes atuando por conta pr\u00f3pria.<\/p>\n

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“Eu acredito que precisamos promover o uso respons\u00e1vel do produto antes de recorrer a medidas dr\u00e1sticas, como uma proibi\u00e7\u00e3o legal”, diz Horton.<\/p>\n

Para isso, a Lush Ltd., uma varejista de cosm\u00e9ticos no Reino Unido, substituiu o glitter de pl\u00e1stico usado em seus produtos, feitos de tereftalato de polietileno (PET), por mica sint\u00e9tica e glitter mineral e “brilho \u00e0 base de amido”, e est\u00e1 fazendo marketing de sua mudan\u00e7a em seu website. “Para evitar ser parte do problema do micropl\u00e1stico, comece por verificar os r\u00f3tulos de todos os seus produtos cosm\u00e9ticos para determinar se eles cont\u00eam materiais baseados em pl\u00e1stico”, afirma Lush em sua\u00a0p\u00e1gina inicial<\/a> (em ingl\u00eas).<\/a><\/p>\n

Os Estados Unidos\u00a0proibiram<\/a> (em ingl\u00eas) a produ\u00e7\u00e3o de produtos cosm\u00e9ticos e de cuidados pessoais que cont\u00eam microcontas desde de julho do ano passado. A mesma lei pro\u00edbe as vendas de produtos cosm\u00e9ticos contendo microcontas a partir de julho deste ano\u00a0e f\u00e1rmacos de venda livre contendo part\u00edculas de pl\u00e1stico a partir de julho de 2019.\u00a0J\u00e1 o\u00a0Canad\u00e1 proibiu o uso de microcontas em junho passado. O Reino Unido est\u00e1 se preparando para proibir as microcontas no ano que vem. Na Europa, a Cosmetics Europe, uma organiza\u00e7\u00e3o comercial que representa empresas de cosm\u00e9ticos, recomendou que as microcontas sejam descontinuadas.\u00a0Na Nova Zel\u00e2ndia, Farrelly elogiou a aten\u00e7\u00e3o agora focada no glitter por causa da proibi\u00e7\u00e3o da pr\u00e9-escola, especialmente pelo seu uso pr\u00f3ximo ao Natal.\u00a0No Brasil, a proibi\u00e7\u00e3o do uso de micropl\u00e1sticos est\u00e1 ainda na forma de Projeto de Lei desde 2016.<\/p>\n

“\u00c9 apenas um pequeno componente de micropl\u00e1sticos”, diz Horton. “As microfibras s\u00e3o muito maiores, mas se o glitter est\u00e1 recebendo mais aten\u00e7\u00e3o no momento, ent\u00e3o, acho que isso \u00e9 uma coisa fant\u00e1stica”.<\/p>\n

Fonte: National Geographic<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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