{"id":141571,"date":"2018-01-31T00:00:03","date_gmt":"2018-01-31T02:00:03","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=141571"},"modified":"2018-01-30T22:03:01","modified_gmt":"2018-01-31T00:03:01","slug":"ruralometro-atuacao-de-60-dos-deputados-federais-prejudica-meio-ambiente-indigenas-e-trabalhadores-rurais","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/01\/31\/141571-ruralometro-atuacao-de-60-dos-deputados-federais-prejudica-meio-ambiente-indigenas-e-trabalhadores-rurais.html","title":{"rendered":"Rural\u00f4metro: Atua\u00e7\u00e3o de 60% dos deputados federais prejudica meio ambiente, ind\u00edgenas e trabalhadores rurais"},"content":{"rendered":"

Pelo menos 313 deputados federais, ou 61% da C\u00e2mara, t\u00eam atua\u00e7\u00e3o parlamentar — em vota\u00e7\u00f5es ou na elabora\u00e7\u00e3o de projetos de lei — desfavor\u00e1vel \u00e0 agenda socioambiental, que envolve a preserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente, os direitos dos trabalhadores rurais e a defesa de comunidades tradicionais, ind\u00edgenas e quilombolas.<\/p>\n

Os dados s\u00e3o resultado de um levantamento in\u00e9dito feito pela Rep\u00f3rter Brasil por meio do Rural\u00f4metro, banco de dados e ferramenta interativa que avalia o comportamento dos deputados eleitos em 2014 diante da agenda socioambiental. O Rural\u00f4metro foi lan\u00e7ado nesta ter\u00e7a-feira (30 de janeiro) \u00a0no site da Rep\u00f3rter Brasil, e tem acesso gratuito:\u00a0http:\/\/ruralometro.reporterbrasil.org.br.<\/a><\/p>\n

O levantamento avaliou 131 projetos de lei cujos autores s\u00e3o deputados eleitos em 2014 e 14 vota\u00e7\u00f5es nominais (em que deputados registram seu voto). Todos apresentam algum tipo de impacto ao meio ambiente, povos ind\u00edgenas e trabalhadores rurais.<\/p>\n

Oito organiza\u00e7\u00f5es independentes do terceiro setor classificaram essas vota\u00e7\u00f5es e projetos de lei como favor\u00e1veis ou desfavor\u00e1veis (\u00e0 agenda socioambiental), o que permitiu avaliar e pontuar os parlamentares. S\u00e3o elas: Instituto Socioambiental (ISA), Comiss\u00e3o Pastoral da Terra (CPT), Confedera\u00e7\u00e3o Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Confedera\u00e7\u00e3o Nacional dos Trabalhadores Assalariados(as) Rurais (Contar), Conselho Indigenista Mission\u00e1rio (Cimi), Federa\u00e7\u00e3o de \u00d3rg\u00e3os para Assist\u00eancia Social e Educacional (Fase), Greenpeace e Funda\u00e7\u00e3o Abrinq pelos Direitos da Crian\u00e7a e do Adolescente.<\/p>\n

Deputados mal pontuados<\/h3>\n

Entre os deputados com pior \u00a0pontua\u00e7\u00e3o – representados no Rural\u00f4metro com temperaturas febris variando de 37,4\u2070C a 42\u2070C graus de febre -, h\u00e1 ministros do atual governo, ex-ministros e pr\u00e9-candidatos. Dos 313 deputados que tiveram comportamento legislativo desfavor\u00e1vel \u00e0 agenda socioambiental, quase a metade (49%) \u00e9 da bancada ruralista, ou seja, s\u00e3o integrantes da Frente Parlamentar Agropecu\u00e1ria (FPA).<\/p>\n

O deputado pior avaliado \u00e9 o presidente da bancada ruralista, Nilson Leit\u00e3o (PSDB-MT), que foi pontuado com 42\u2070C de febre. Leit\u00e3o \u00e9 autor de nove projetos de lei desfavor\u00e1veis e votou \u2018sim\u2019 em sete medidas provis\u00f3rias ou projetos de lei considerados desfavor\u00e1veis ao setor socioambiental.<\/p>\n

Enquanto Leit\u00e3o tem 42\u2103 de febre, a aspirante a ministra do Trabalho, Cristiane Brasil, tem 39,3\u2103, e os ministros Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Leonardo Picciani (Esportes) t\u00eam 40\u2103 e 40,2\u2103 respectivamente. Dos pr\u00e9-candidatos, Jair Bolsonaro (presid\u00eancia) tem 38,7\u2070C e Celso Russomanno (governo de S\u00e3o Paulo), tem 39,8\u2070C de febre.<\/p>\n

Rural\u00f4metro revela rela\u00e7\u00e3o entre parlamentares e financiadores de campanha<\/h3>\n

Al\u00e9m da pontua\u00e7\u00e3o dos deputados, o Rural\u00f4metro mostra quem recebeu financiamento de campanha, em 2014, de empresas autuadas pelo Ibama ou que j\u00e1 entraram no cadastro de empregadores flagrados por m\u00e3o de obra an\u00e1loga \u00e0 de escravo (tamb\u00e9m conhecida como \u201clista suja do trabalho escravo\u201d, publicada desde 2003 pelo Minist\u00e9rio do Trabalho).<\/p>\n

Segundo o levantamento, 57% dos eleitos receberam, ao todo, R$ 58,9 milh\u00f5es em doa\u00e7\u00f5es de empresas autuadas pelo Ibama por cometerem infra\u00e7\u00f5es ambientais. Outros 10% foram financiados com R$ 3,5 milh\u00f5es doados por empresas autuadas por trabalho escravo.<\/p>\n

Outras informa\u00e7\u00f5es disponibilizadas pela ferramenta<\/h3>\n

A ferramenta permite ainda ver quais s\u00e3o os deputados eleitos em 2014 que foram multados pelo Ibama por infra\u00e7\u00f5es ambientais e quantos parlamentares possuem empresas que n\u00e3o repassaram, \u00e0 Previd\u00eancia Social, a contribui\u00e7\u00e3o previdenci\u00e1ria referente a seus trabalhadores (inclui d\u00edvidas ao Funrural \u2013 o INSS Rural).<\/p>\n

Eleitor poder\u00e1 usar Rural\u00f4metro nas elei\u00e7\u00f5es<\/h3>\n

Essas informa\u00e7\u00f5es referentes a cada um dos deputados s\u00e3o apresentadas de uma forma intuitiva, resumida e tamb\u00e9m detalhada \u2013 onde \u00e9 poss\u00edvel ver como cada um votou e quais projetos de lei elaborou.<\/p>\n

Ao revelar e cruzar essas informa\u00e7\u00f5es, o Rural\u00f4metro oferece uma ferramenta in\u00e9dita de pesquisa para a campanha eleitoral de 2018, j\u00e1 que muitos desses parlamentares concorrem \u00e0 reelei\u00e7\u00e3o ou a outros cargos no Executivo.<\/p>\n

Estados do Centro-Oeste s\u00e3o os que mais t\u00eam deputados febris<\/h3>\n

O maior percentual de deputados febris \u00e9 de Goi\u00e1s (88%), seguido por Mato Grosso, Piau\u00ed, Rond\u00f4nia, Roraima e Tocantins, todos na segunda coloca\u00e7\u00e3o com 87,5%. Quatro partidos t\u00eam todos os seus deputados com temperatura de febre: MDB, PEN, PHS PSL, seguidos por PSD e DEM, com 94% dos seus pol\u00edticos febris e 89%, respectivamente.<\/p>\n

Fonte: Rep\u00f3rter Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Pelo menos 313 deputados federais, ou 61% da C\u00e2mara, t\u00eam atua\u00e7\u00e3o parlamentar — em vota\u00e7\u00f5es ou na elabora\u00e7\u00e3o de projetos de lei — desfavor\u00e1vel \u00e0 agenda socioambiental, que envolve a preserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente, os direitos dos trabalhadores rurais e a defesa de comunidades tradicionais, ind\u00edgenas e quilombolas.<\/p>\n

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