{"id":141759,"date":"2018-02-09T00:01:00","date_gmt":"2018-02-09T02:01:00","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=141759"},"modified":"2018-02-08T21:49:32","modified_gmt":"2018-02-08T23:49:32","slug":"iniciativa-gera-renda-e-preservacao-do-meio-ambiente-em-avenida-de-campo-grande","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/02\/09\/141759-iniciativa-gera-renda-e-preservacao-do-meio-ambiente-em-avenida-de-campo-grande.html","title":{"rendered":"Iniciativa gera renda e preserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente em avenida de Campo Grande"},"content":{"rendered":"
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A economia tamb\u00e9m chegou no lixo, literalmente. Ao longo da avenida Tamandar\u00e9, em Campo Grande, a diversidade de lixeiras se destacam pelos materiais sustent\u00e1veis, ideias criativas e que garantiram economia aos seus “criadores”. O gerente Marcelo dos Reis Fonseca, de 31 anos, conta que foi al\u00e9m e agora est\u00e1 ganhando dinheiro ao utilizar antenas para o descarte de lixo.<\/p>\n<\/div>\n

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“Eu fiz primeiro para o com\u00e9rcio em que eu trabalho e depois mais 3 vizinhos pediram para fazer na casa deles. Meu irm\u00e3o tamb\u00e9m comprou uma casa recentemente e fez uma encomenda da lixeira de antena. \u00c9 algo que eu entrei em contato e disseram que n\u00e3o buscam, pois, quando muda a casa, muda tamb\u00e9m a parte el\u00e9trica e a antena n\u00e3o \u00e9 reaproveitada”, explicou.<\/p>\n<\/div>\n

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De acordo com Marcelo, a parte redonda da antena ganha um suporte de concreto ou madeira e ele cobra R$ 100 pela instala\u00e7\u00e3o. A primeira dos seus exemplares est\u00e1 na avenida, pr\u00f3ximo ao cruzamento com a rua Mirabela.<\/p>\n<\/div>\n

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“Antes de pensar na lixeira, eu levei em um local e me ofereceram R$ 0,20. Neste momento, tive a ideia de come\u00e7ar a reaproveitar as coisas e agora aproveito garrafas pet e pneus para a jardinagem, plantando coqueiros, entre outras plantas. A internet me ajudou muito com v\u00eddeos”, afirmou.<\/p>\n<\/div>\n

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Pouco antes de iniciar o projeto de “recupera\u00e7\u00e3o” das antenas, ele conta que a irm\u00e3 comprou uma lixeira de alum\u00ednio por R$ 350. “Ela colocou em um dia e, no outro, mesmo com o concreto, os ladr\u00f5es levaram. Agora, com as minhas ideias, ela n\u00e3o quer gastar mais nada”, brincou.<\/p>\n

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No caso da costureira Eva Garcia, de 49 anos, a lixeira foi feita pelo seu patr\u00e3o. Depois de muito bife na chapa, ela conta que a roda de pneu foi utilizada para o descarte de lixo. “\u00c9 algo sustent\u00e1vel, ele mesmo soldou. Meu patr\u00e3o \u00e9 algu\u00e9m bem curioso, faz muitas coisas. Al\u00e9m da lixeira, ele j\u00e1 inventou um ralador de milho el\u00e9trico, aproveita panela de press\u00e3o estragada para fazer uma comum, entre outras”, disse.<\/p>\n<\/div>\n

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Renata Pereira Mendes, que est\u00e1 confeccionando vestimenta para o Carnaval, ressalta que a cria\u00e7\u00e3o do vizinho, uma lixeira feita com resto de port\u00e3o, tamb\u00e9m \u00e9 muito \u00fatil e sustent\u00e1vel. “\u00c9 moderno e diferente, na minha opini\u00e3o. O ferro poderia ir para o lixo, mas, est\u00e1 sendo usado para guardar lixo constantemente”, comentou.<\/p>\n<\/div>\n

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J\u00e1 a aposentada Adelaide Cordeiro, de 69 anos, diz que ficou atra\u00edda por uma lixeira de tambor reaproveitado. “Eu comprei e estou achando \u00f3tima. Ela \u00e9 muito resistente e ajuda o meio ambiente”, falou.<\/p>\n

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Conscientiza\u00e7\u00e3o<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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A bi\u00f3loga, mestre em ecologia e conserva\u00e7\u00e3o, Maria Silvia Gerv\u00e1sio, ressalta que a a\u00e7\u00e3o de construir lixeiras sustent\u00e1veis \u00e9 interessante, em diversos momentos. “No aspecto da reciclagem, podemos entender que a reutiliza\u00e7\u00e3o de algo que iria para o lixo, tendo uma iniciativa da pr\u00f3pria popula\u00e7\u00e3o, significa que muitos j\u00e1 se conscientizaram para o reaproveitamento, com benef\u00edcios est\u00e9ticos e econ\u00f4micos”, argumentou.<\/p>\n

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Conforme Gerv\u00e1sio, a iniciativa gera tamb\u00e9m um “olhar curioso” de quem passa pelo local. “Todo mundo ganha com isso. Alguns pensam que tamb\u00e9m poderiam fazer isso em casa, outros pensam que podem aprender a reciclar e ganhar dinheiro, por exemplo. Infelizmente, ainda existe gente muito mal educada e este tipo de produ\u00e7\u00e3o racionaliza os custos, resultando em uma forma eficiente que gasta menos energia, deixa menos res\u00edduos e pode at\u00e9 criar uma identidade para a rua, beneficiando inclusive o com\u00e9rcio local e mobilizando a sociedade”, finalizou.<\/p>\n

Fonte: G1<\/p>\n<\/div>\n

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