{"id":141821,"date":"2018-02-14T00:02:59","date_gmt":"2018-02-14T02:02:59","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=141821"},"modified":"2019-10-11T15:01:41","modified_gmt":"2019-10-11T18:01:41","slug":"o-passado-violento-do-oumuamua-o-asteroide-interestelar-em-forma-de-charuto","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/02\/14\/141821-o-passado-violento-do-oumuamua-o-asteroide-interestelar-em-forma-de-charuto.html","title":{"rendered":"O passado violento do Oumuamua, o asteroide interestelar em forma de charuto"},"content":{"rendered":"
Esta \u00e9 a conclus\u00e3o de uma pesquisa que analisou em detalhes o brilho gerado pelo objeto interestelar, que tem formato de charuto. Ele foi descoberto em 19 de outubro, e sua velocidade e trajet\u00f3ria sugerem que se originou em um sistema planet\u00e1rio que orbita ao redor de outra estrela, e n\u00e3o o Sol.<\/p>\n
“Em algum momento, houve uma colis\u00e3o”, diz Wes Fraser, da Queen’s University, em Belfast, na Irlanda do Norte.<\/p>\n
Inicialmente, pensava-se que o objeto podia ser um cometa, mas ele n\u00e3o apresenta caracter\u00edsticas t\u00edpicas desse tipo de corpo celeste, como uma cauda de part\u00edculas de gelo.<\/p>\n
Por outro lado, o Oumuamua apresenta todos os aspectos de um asteroide, com exce\u00e7\u00e3o do formato fora do comum, provocado, ao que tudo indica, por um passado “turbulento”, com pelo menos uma grande colis\u00e3o.<\/p>\n
Astr\u00f4nomos t\u00eam se empenhado em observar essa rocha espacial \u00fanica antes que ela desapare\u00e7a do nosso campo de vis\u00e3o.<\/p>\n
Para identificar a exata cad\u00eancia da rota\u00e7\u00e3o do objeto espacial, os pesquisadores da Queen’s University analisaram a varia\u00e7\u00e3o na luminosidade dele ao longo do tempo.<\/p>\n
Quase de imediato, Fraser e seus colegas de pesquisa perceberam que o Oumuamua n\u00e3o estava girando periodicamente, como acontece com muitos pequenos asteroides, mas sim caoticamente, praticamente fazendo acrobacias.<\/p>\n
A explica\u00e7\u00e3o mais plaus\u00edvel para o formato e comportamento do asteroide \u00e9 que ele foi atingido por outro objeto em algum momento de sua hist\u00f3ria.<\/p>\n
Os pesquisadores explicam que colis\u00f5es costumam ocorrer quando planetas est\u00e3o se formando e crescendo, mas n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel saber o momento exato em que o Oumuamua adquiriu o formato de charuto e passou a girar.<\/p>\n
O que eles sabem \u00e9 que o asteroide pode continuar a fazer as “acrobacias” por, pelo menos, um bilh\u00e3o de anos.<\/p>\n
Embora o Oumuamua tenha se formado ao redor de outra estrela, os pesquisadores acreditam que ele vagou pela Via L\u00e1ctea, sem estar atrelado a qualquer Sistema Solar, por milh\u00f5es de anos antes de adentrar o nosso.<\/p>\n
A “ca\u00e7a” agora \u00e9 por mais objetos semelhantes a esse asteroide. Acredita-se que existam cerca de 10 mil outros passando pelo Sistema Solar. O problema \u00e9 que eles s\u00e3o pequenos e escuros, o que os torna dif\u00edceis de localizar.<\/p>\n
Um novo observat\u00f3rio em constru\u00e7\u00e3o, que ser\u00e1 chamado de Telesc\u00f3pio de Grande Observa\u00e7\u00e3o Sin\u00f3ptica, pode vir a facilitar esse tipo de descoberta.<\/p>\n
Com uma lente de 8,4 metros e uma c\u00e2mera digital muito potente, ele vai permitir a visualiza\u00e7\u00e3o de toda a extens\u00e3o do c\u00e9u do local onde ser\u00e1 posicionado, no Chile.<\/p>\n
Se algo se mover ou cruzar o c\u00e9u, dificilmente passar\u00e1 despercebido das lentes desse novo telesc\u00f3pio.<\/p>\n
“\u00c9 o equipamento perfeito para achar objetos como o Oumuamua”, diz Fraser.<\/p>\n
Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
O asteroide Oumuamua – “mensageiro de muito longe que chega primeiro”, em havaiano – est\u00e1 girando caoticamente pelo espa\u00e7o e pode continuar assim por mais de um bilh\u00e3o de anos.<\/p>\n