{"id":142041,"date":"2018-02-26T00:00:23","date_gmt":"2018-02-26T03:00:23","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=142041"},"modified":"2018-02-25T21:51:59","modified_gmt":"2018-02-26T00:51:59","slug":"agencia-internacional-de-energia-atomica-prospecta-parceria-cientifica-no-inpa","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/02\/26\/142041-agencia-internacional-de-energia-atomica-prospecta-parceria-cientifica-no-inpa.html","title":{"rendered":"Ag\u00eancia Internacional de Energia At\u00f4mica prospecta parceria cient\u00edfica no Inpa"},"content":{"rendered":"

Estudos desenvolvidos no Instituto Nacional de Pesquisas da Amaz\u00f4nia (Inpa\/ MCTIC) de como os organismos se adaptam aos ambientes e \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas despertaram a aten\u00e7\u00e3o da Ag\u00eancia Internacional de Energia At\u00f4mica (AIEA) que prospecta na institui\u00e7\u00e3o futuras parcerias. Organiza\u00e7\u00e3o aut\u00f4noma com rela\u00e7\u00f5es diretas com a Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU), a Ag\u00eancia tem interesse na aplica\u00e7\u00e3o do uso da energia nuclear em \u00e1reas tem\u00e1ticas como biologia, agricultura e sa\u00fade.<\/p>\n

Dois diretores da AIEA, o Dr. Luis Carlos Longoria e o Dr. David Osborne, visitaram o Inpa na manh\u00e3 desta quarta-feira (21), al\u00e9m de tr\u00eas oficiais da Marinha, o Contra-Almirante e Secret\u00e1rio de Coordena\u00e7\u00e3o de Sistemas do Gabinete de Seguran\u00e7a Institucional, Noriaki Wada; o Capit\u00e3o de Fragata Jo\u00e3o Ant\u00f4nio de Barros Neto e um representante do 9\u00ba Distrito Naval. A comitiva foi recebida pelo chefe de Gabinete do Inpa Sergio Fonseca Guimar\u00e3es e coordenadores da institui\u00e7\u00e3o. O Diretor o Inpa, Luiz Renato de Fran\u00e7a, est\u00e1 afastado por problemas de sa\u00fade.<\/p>\n

\u201cVejo essa visita como oportunidade de aproxima\u00e7\u00e3o com a Ag\u00eancia de Energia At\u00f4mica que por incr\u00edvel que pare\u00e7a n\u00e3o cuida s\u00f3 da parte nuclear, mas tamb\u00e9m da parte de meio ambiente, clim\u00e1tica. Existem muitas possibilidades. \u00c9 por isso que o Dr. Aldo Malavasi, que \u00e9 um brasileiro e um dos diretores do mais alto n\u00edvel nessa ag\u00eancia, vislumbrou possibilidades de parcerias\u201d, disse Noriaki.<\/p>\n

David Osborne \u00e9 diretor do\u00a0Nuclear Applications Environmental Laboratories <\/em>e est\u00e1 no Brasil a convite da Marinha do Brasil para visitar tr\u00eas laborat\u00f3rios da rede no pa\u00eds. No Brasil, a AIEA recebe os projetos encaminhados pela Comiss\u00e3o Nacional de Energia Nuclear (CNEN<\/a>) para colabora\u00e7\u00e3o b\u00e1sica (investiga\u00e7\u00e3o), regional (exemplo Panamaz\u00f4nia) e de regi\u00f5es mundiais (\u00c1frica, \u00c1sia, Pac\u00edfico).<\/p>\n

Conforme o coordenador de Pesquisas do Inpa, Paulo Maur\u00edcio Alencastro, o Instituto n\u00e3o tem tradi\u00e7\u00e3o no uso de energia nuclear em suas pesquisas e a aproxima\u00e7\u00e3o com a AIEA ser\u00e1 uma oportunidade para desenvolver novas pesquisas, com t\u00e9cnicas avan\u00e7adas e com alta aplicabilidade em \u00e1reas da sa\u00fade, alimentos e ambiental, por exemplo, interligada ao ciclo de carbono.<\/p>\n

\u201cUma parceria com Ag\u00eancia pode estimular novas \u00e1reas de conhecimentos, estudos que possam ser gerados no Inpa utilizando t\u00e9cnicas de energia nuclear, como o uso de tra\u00e7adores com radiois\u00f3topos em processos ecol\u00f3gicos ou em processos fisiol\u00f3gicos de organismos\u201d, contou Alencastro.<\/p>\n

Al\u00e9m de uma apresenta\u00e7\u00e3o sobre a atua\u00e7\u00e3o do Inpa, fez parte da visita conhecer a estrutura e pesquisas desenvolvidas no Laborat\u00f3rio de Ecofisiologia Evolu\u00e7\u00e3o Molecular (LEEM), onde tamb\u00e9m funciona o Instituto Nacional de Ci\u00eancia e Tecnologia Adapta\u00e7\u00f5es da Biota Aqu\u00e1tica na Amaz\u00f4nia (INCT Adapta \/MCTIC\/Inpa), coordenado pelo pesquisador Adalberto Val.<\/p>\n

De acordo com Val, h\u00e1 muitos anos o LEEM usa is\u00f3topos radioativos de elementos b\u00e1sicos, como s\u00f3dio, pot\u00e1ssio e c\u00e1lcio, para entender como os peixes da Amaz\u00f4nia interagem com os ambientes em que eles vivem. \u201cEsses elementos radioativos permitem que a gente trace o comportamento deles na \u00e1gua e no peixe e de que forma eles interagem. Portanto, \u00e9 uma ferramenta de alt\u00edssimo n\u00edvel, ainda que muito cara, para entender essa intera\u00e7\u00e3o dos peixes com os seus ambientes\u201d, explicou.<\/p>\n

Os elementos radioativos s\u00e3o chamados de tra\u00e7adores biol\u00f3gicos e ajudam a contar a hist\u00f3ria dos organismos com seus ambientes. Conforme Val, em momentos em que se vive um per\u00edodo de mudan\u00e7as clim\u00e1ticas intensas ter essas ferramentas mais sofisticadas \u00e9 vital para entender melhor como os organismos se adaptam aos ambientes e \u00e0s mudan\u00e7as que est\u00e3o ocorrendo.<\/p>\n

\u201cEles ficaram impressionados com o nosso laborat\u00f3rio. De fato, nosso laborat\u00f3rio \u00e9 o que chamamos de estado da arte, comparado com os melhores do mundo na \u00e1rea em que estamos estudando\u201d, contou. \u201cEles propuseram que desenvolvamos algum trabalho em conjunto. Agora vou esperar o contato deles e se n\u00e3o houver eu mesmo vou contat\u00e1-los, pois estamos vivendo um momento em que a ci\u00eancia se faz por meio de colabora\u00e7\u00e3o\u201d, completou.<\/p>\n

Adapta<\/strong><\/p>\n

Uma das perguntas que atualmente o Adapta procura responder \u00e9: o que tem esp\u00e9cies diferentes de peixes, crust\u00e1ceos, plantas, fungos, microorganismos e insetos em comum enfrentando o mesmo desafio ambiental? Segundo Val, se os cientistas conseguem entender qual \u00e9 o princ\u00edpio que unifica as respostas dos organismos a um dado desafio ambiental, isso contribuir\u00e1 com o entendimento em outros grupos de organismos incluindo o homem.<\/p>\n

Outra frente que pesquisadores se debru\u00e7am \u00e9: o que tem um \u00fanico organismo de uma esp\u00e9cie em comum quando ela enfrente diferentes desafios ambientais? Ela ativa o mesmo tipo de mecanismo ou ela usa mecanismos diferentes para os diferentes desafios ambientais?<\/p>\n

\u201cPode parecer uma pergunta muito simples, mas o que a gente aprendeu ao longo desses anos, estudando o tambaqui e outros organismos, \u00e9 que n\u00e3o se pode generalizar as respostas, considerando a diversidade biol\u00f3gica que temos na Amaz\u00f4nia. Por tr\u00e1s dessa diversidade h\u00e1 um amplo leque de respostas adaptativas aos diferentes desafios ambientais. Portanto, ao longo do tempo vamos aprendendo como os organismos respondem aos desafios ambientais naturais e aqueles impostos pelo homem. Vamos respondendo perguntas, vamos fazendo ci\u00eancia e socializando a informa\u00e7\u00e3o para a inclus\u00e3o social\u201d, explicou.<\/p>\n

Fonte: Inpa<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Aproxima\u00e7\u00e3o com a AIEA ser\u00e1 uma oportunidade para desenvolver novas pesquisas, com t\u00e9cnicas avan\u00e7adas e com alta aplicabilidade em \u00e1reas de atua\u00e7\u00e3o do Inpa<\/p>\n

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