{"id":142728,"date":"2018-03-30T00:00:18","date_gmt":"2018-03-30T03:00:18","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=142728"},"modified":"2018-03-29T21:16:19","modified_gmt":"2018-03-30T00:16:19","slug":"nova-especie-de-ra-e-descoberta-em-serra-entre-colombia-e-venezuela","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/03\/30\/142728-nova-especie-de-ra-e-descoberta-em-serra-entre-colombia-e-venezuela.html","title":{"rendered":"Nova esp\u00e9cie de r\u00e3 \u00e9 descoberta em serra entre Col\u00f4mbia e Venezuela"},"content":{"rendered":"
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Foto do dia 27 de mar\u00e7o mostra r\u00e3 da esp\u00e9cie Hyloscirtus Japreria (Foto: Fernando Rojas-Runjaic\/La Salle Natural History Museum of Venezuela\/AFP)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Cientistas da Venezuela e da Col\u00f4mbia identificaram uma nova esp\u00e9cie de r\u00e3 na Serra de Perij\u00e1, uma vasta cadeia montanhosa compartilhada pelos dois pa\u00edses e lar de esp\u00e9cies end\u00eamicas como este pequeno anf\u00edbio.<\/p>\n<\/div>\n

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Com uma pele multicolorida e canto \u00fanico, a\u00a0Hyloscirtus japreria<\/em>, que habita rios e cursos d’\u00e1gua a mais de 1 mil metros de altitude, foi descoberta durante expedi\u00e7\u00f5es realizadas h\u00e1 uma d\u00e9cada.<\/p>\n<\/div>\n

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Seu nome presta homenagem aos j\u00e1rerias, um grupo \u00e9tnico de Perij\u00e1, no estado de Zulia (noroeste da Venezuela).<\/p>\n<\/div>\n

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Com essa descoberta \u2013 publicada na revista cient\u00edfica “Zootaxa” – s\u00e3o 37 esp\u00e9cies as identificadas do g\u00eanero\u00a0Hyloscirtus<\/em>.<\/p>\n<\/div>\n

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Menores, os machos medem entre 2,8 e 3,2 cent\u00edmetros e as f\u00eameas de 3,5 a 3,9 cm.<\/p>\n<\/div>\n

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O caminho para concluir a investiga\u00e7\u00e3o come\u00e7ou em 2008.<\/p>\n<\/div>\n

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“Passaram-se v\u00e1rios anos antes que pud\u00e9ssemos obter evid\u00eancias suficientes de que se tratava de uma nova esp\u00e9cie”, indicou o bi\u00f3logo Fernando Rojas-Runjaic, coordenador do estudo.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Depois de determinar que “era uma r\u00e3 de torrentes, tivemos que verificar que n\u00e3o era o Hyloscirtus platydactylus, outra esp\u00e9cie registrada em Perij\u00e1 em 1994”, acrescentou.<\/p>\n<\/div>\n

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Conforme avan\u00e7avam as expedi\u00e7\u00f5es, foram incorporadas c\u00e2meras fotogr\u00e1ficas e gravadores de som de alta defini\u00e7\u00e3o para documentar a colora\u00e7\u00e3o e submeter os cantos a uma “an\u00e1lise bioac\u00fastica”.<\/p>\n<\/div>\n

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Os sons que emite, que podem ser ouvidos a cerca de 15 metros de dist\u00e2ncia, s\u00e3o uma das suas caracter\u00edsticas distintivas, indicou Edwin Infante, companheiro de Rojas nas excurs\u00f5es.<\/p>\n<\/div>\n

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“Quando apareceu pela primeira vez – um macho adulto – foi um orgasmo intelectual”, lembra Infante.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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O esp\u00e9cime foi reconhecido por seu canto particular: um “piu prolongado”.<\/p>\n<\/div>\n

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A H. jareria tamb\u00e9m \u00e9 caracterizada pelas suas costas amarelo-claras, com manchas castanhas escuras e pequenas manchas castanho-avermelhadas.<\/p>\n<\/div>\n

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Tamb\u00e9m possui listras esbranqui\u00e7adas em certas regi\u00f5es dos olhos, orelhas, coxas e pernas.<\/p>\n<\/div>\n

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A \u00edris \u00e9 cinza com uma reticula\u00e7\u00e3o preta fina.<\/p>\n<\/div>\n

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Junto com Rojas-Runjaic, do Museu de Hist\u00f3ria Natural La Salle, em Caracas, trabalharam o bi\u00f3logo colombiano Fabio Meza-Joya e os venezuelanos Infante e Patricia Salerno.<\/p>\n<\/div>\n

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Foto do dia 27 de mar\u00e7o mostra r\u00e3 da esp\u00e9cie Hyloscirtus Japreria (Foto: Fernando Rojas-Runjaic\/La Salle Natural History Museum of Venezuela\/AFP)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Ci\u00eancia gra\u00e7as \u00e0 paz<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Meza-Joya havia encontrado a mesma r\u00e3 no lado colombiano, mas s\u00f3 se deu conta disso quando conheceu Rojas em um curso no Equador. Em 2013, decidiram unir for\u00e7as.<\/p>\n<\/div>\n

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Foi assim que descreveu a esp\u00e9cie “a partir de indiv\u00edduos coletados em tr\u00eas \u00e1reas da encosta oriental da Serra de Perij\u00e1 (Venezuela) e em uma cidade na encosta ocidental (Col\u00f4mbia)”, disse \u00e0 AFP o herpetologista colombiano.<\/p>\n<\/div>\n

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Para os intrincados habitats s\u00f3 era poss\u00edvel chegar a p\u00e9 ou de mula depois de v\u00e1rios dias de travessia.<\/p>\n<\/div>\n

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O acesso \u00e0 Serra de Perij\u00e1 da Col\u00f4mbia foi restringido por d\u00e9cadas pelo conflito armado, “o que produziu v\u00e1cuos de informa\u00e7\u00e3o”, explicou Meza-Joya, que enfatizou que a assinatura da paz com as guerrilhas amplia o horizonte para novas descobertas.<\/p>\n<\/div>\n

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O processo de paz com as FARC \u2013 que come\u00e7ou em 2012 e levou ao desarmamento do grupo e \u00e0 convers\u00e3o em um partido pol\u00edtico em 2017 \u2013 “abriu uma janela para entrar em \u00e1reas inacess\u00edveis, com a paz aumentando o conhecimento sobre a biodiversidade”, disse.<\/p>\n<\/div>\n

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Meza-Joya enfatiza que os anf\u00edbios s\u00e3o fundamentais nos ecossistemas, pois atuam como reguladores de popula\u00e7\u00f5es de insetos que, por sua vez, podem ser pragas ou vetores de doen\u00e7as.<\/p>\n<\/div>\n

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Al\u00e9m disso, “algumas esp\u00e9cies t\u00eam uma acentuada vulnerabilidade \u00e0s mudan\u00e7as ambientais, raz\u00e3o pela qual s\u00e3o consideradas excelentes indicadores da sa\u00fade dos ecossistemas”, acrescentou o especialista.<\/p>\n

Fonte: France Presse<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"