{"id":142730,"date":"2018-03-30T00:00:21","date_gmt":"2018-03-30T03:00:21","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=142730"},"modified":"2018-03-29T21:18:34","modified_gmt":"2018-03-30T00:18:34","slug":"cientistas-descobrem-81-aldeias-perdidas-que-podem-recontar-a-historia-da-amazonia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/03\/30\/142730-cientistas-descobrem-81-aldeias-perdidas-que-podem-recontar-a-historia-da-amazonia.html","title":{"rendered":"Cientistas descobrem 81 aldeias ‘perdidas’ que podem recontar a hist\u00f3ria da Amaz\u00f4nia"},"content":{"rendered":"
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\"Arque\u00f3logos<\/div>\n<\/div>\n
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Arque\u00f3logos do Brasil e do Reino Unido descobriram que quase 1 milh\u00e3o de pessoas habitaram \u00e1reas da Amaz\u00f4nia entre os anos 1200 e 1450, em \u00e1reas distantes de rios (Foto: University of Exeter)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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O desmatamento \u00e9 uma amea\u00e7a \u00e0 Amaz\u00f4nia, mas desta vez foi pe\u00e7a chave para uma descoberta arqueol\u00f3gica que pode recontar a hist\u00f3ria da maior floresta do mundo.<\/p>\n<\/div>\n

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Gra\u00e7as a imagens a\u00e9reas de \u00e1reas desmatadas no Mato Grosso, um grupo de arque\u00f3logos da Universidade de Exeter, no Reino Unido, descobriu 81 aldeias que, segundo seus c\u00e1lculos, foram habitadas por entre 500 mil e 1 milh\u00e3o de pessoas entre os anos de 1200 e 1450.<\/p>\n<\/div>\n

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Um aspecto interessante da descoberta \u00e9 que os assentamentos ficam distantes dos principais rios, o que contraria a tese de que as maiores popula\u00e7\u00f5es anteriores \u00e0 chegada dos europeus na Am\u00e9rica se concentravam em torno de grandes fontes de \u00e1gua.<\/p>\n<\/div>\n

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At\u00e9 pouco tempo atr\u00e1s se estimava que, antes da coloniza\u00e7\u00e3o, viviam 8 milh\u00f5es de pessoas nos 5,5 milh\u00f5es de quil\u00f4metros quadrados da Amaz\u00f4nia.<\/p>\n<\/div>\n

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\"Valas<\/div>\n<\/div>\n
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Valas em formatos geom\u00e9tricos chamaram a aten\u00e7\u00e3o dos pesquisadores em \u00e1reas desmatadas da Amaz\u00f4nia (Foto: University of Exeter)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Mas a rec\u00e9m-descoberta \u00e1rea de tribos sugere que s\u00f3 em 2 mil quil\u00f4metros quadrados viviam cerca de 750 mil pessoas.<\/p>\n<\/div>\n

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“Esta \u00e9 s\u00f3 mais uma pe\u00e7a no quebra-cabe\u00e7as da Amaz\u00f4nia”, disse \u00e0 BBC o arque\u00f3logo brasileiro Jonas Gregorio de Souza, coautor do estudo, publicado nesta semana na revista “Nature Communications”.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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“H\u00e1 regi\u00f5es da Amaz\u00f4nia sobre as quais n\u00e3o se sabia absolutamente nada. Essas \u00e1reas desmatadas nos ajudam a entender melhor as popula\u00e7\u00f5es que viviam aqui e como se relacionavam com a paisagem.”<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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Conforme o pesquisador, possivelmente esses povos combinavam agricultura em pequena escala com o manejo de \u00e1rvores frut\u00edferas, como castanheiras.<\/p>\n<\/div>\n

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\"Descoberta<\/div>\n<\/div>\n
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Descoberta sugere que muito mais gente do que se pensava vivia no continente americano antes da chegada dos europeus (Foto: University of Exeter)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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C\u00edrculos, quadrados e hex\u00e1gonos<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Do c\u00e9u, o que chamou a aten\u00e7\u00e3o dos pesquisadores foram os geoglifos, que s\u00e3o valas cavadas na terra em formatos geom\u00e9tricos, como c\u00edrculos, quadrados e hex\u00e1gonos.<\/p>\n<\/div>\n

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Acredita-se que estas valas eram utilizadas para demarcar as vilas fortificadas. No solo, os pesquisadores encontraram o que \u00e9 conhecido como terra preta, um tipo de solo muito f\u00e9rtil que se forma em locais onde humanos tenham se assentado durante muito tempo.<\/p>\n<\/div>\n

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Ao escavar, encontraram restos de cer\u00e2mica e objetos como machados fabricados com pedra talhada.<\/p>\n<\/div>\n

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Antes, j\u00e1 haviam sido encontrados assentamentos similares centenas de quil\u00f4metros ao oeste destas aldeias. Alguns relatos hist\u00f3ricos tamb\u00e9m mencionam que esta \u00e1rea era povoada, o que sugere que n\u00e3o eram povoados isolados, mas sim um corredor habitado de maneira cont\u00ednua por v\u00e1rias culturas.<\/p>\n<\/div>\n

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Para Souza, estes assentamentos abrem caminho para novas investiga\u00e7\u00f5es e descobertas. “Continuar a investigar essas culturas nos permitir\u00e1 aprender qual a melhor forma de garantir a conviv\u00eancia sustent\u00e1vel de grandes popula\u00e7\u00f5es com o meio ambiente.”<\/p>\n<\/div>\n

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Souza s\u00f3 espera que as novas descobertas n\u00e3o ocorram gra\u00e7as ao desmatamento de amplas zonas de floresta.<\/p>\n

Fonte:\u00a0 BBC<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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