A plataforma virtual ABC \u2013 Agricultura de Baixo Carbono \u2013, que monitora as emiss\u00f5es de gases de efeito estufa \u2013, e a plataforma Webambiente, com solu\u00e7\u00f5es tecnol\u00f3gicas e servi\u00e7os para fazer cumprir o C\u00f3digo Florestal brasileiro foram lan\u00e7adas na quarta-feira (28), em Bras\u00edlia.<\/p>\n
As duas ferramentas foram desenvolvidas pelo Minist\u00e9rio da Agricultura, Pecu\u00e1ria e Abastecimento (MAPA), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu\u00e1ria (Embrapa) e o Minist\u00e9rio do Meio Ambiente.<\/p>\n
Em seu discurso, o ministro Blairo Maggi disse que “o Brasil est\u00e1 muito \u00e0 frente dos demais pa\u00edses na quest\u00e3o da preserva\u00e7\u00e3o ambiental. Essas duas ferramentas comprovam o que est\u00e1 acontecendo nas propriedades rurais”.<\/p>\n
Maggi explicou que agora ser\u00e1 poss\u00edvel responder de forma inequ\u00edvoca aos questionamentos sobre as a\u00e7\u00f5es do Brasil no desenvolvimento de uma agricultura sustent\u00e1vel.<\/p>\n
“A partir de agora vamos monitorar as emiss\u00f5es de gases de efeito estufa”, disse o ministro, “porque quando diz\u00edamos o que est\u00e1vamos fazendo, \u00e9ramos questionados: e como voc\u00eas demonstram isso? como voc\u00eas garantem que \u00e9 isso o que est\u00e1 acontecendo? Agora, nessa intera\u00e7\u00e3o do Minist\u00e9rio da Agricultura com o Minist\u00e9rio do Meio Ambiente, e mais a Embrapa, que \u00e9 ligada ao MAPA, n\u00f3s vamos poder demonstrar e certificar que est\u00e3o aqui os nossos dados, que \u00e9 isto o que n\u00f3s monitoramos, que sabemos exatamente o que est\u00e1 acontecendo e onde est\u00e1 acontecendo.”<\/p>\n
A Plataforma ABC \u00e9 mais uma ferramenta digital a ser utilizada pelo Governo Federal na execu\u00e7\u00e3o da Pol\u00edtica Nacional sobre Mudan\u00e7as do Clima (PNMC) e do Plano Setorial para Consolida\u00e7\u00e3o de uma economia de Baixa Emiss\u00e3o de Carbono na Agricultura (Plano ABC), lan\u00e7ado em 2010.<\/p>\n
A Plataforma WebAmbiente, via internet, agrega informa\u00e7\u00f5es sobre os biomas brasileiros classificados em m\u00f3dulos de cadastro de \u00e1reas, diagn\u00f3stico interativo, esp\u00e9cies nativas indicadas e seu potencial econ\u00f4mico, t\u00e9cnicas e modelos dispon\u00edveis (viveiros, mudas, cursos) an\u00e1lise de custos e biblioteca digital.<\/p>\n
As duas plataformas s\u00e3o consideradas fundamentais para viabilizar o Plano ABC e o Novo C\u00f3digo Florestal, assim como cumprir os compromissos assumidos na 15\u00aa Confer\u00eancia das Partes (COP-15), realizada em dezembro de 2009, em Copenhague, e, posteriormente, na 21\u00aa Confer\u00eancia do Clima (COP-21), em dezembro de 2015, em Paris.<\/p>\n
O presidente da Embrapa, Maur\u00edcio Lopes, explicou que n\u00e3o se faz pesquisa in loco nas propriedades rurais de um pa\u00eds gigantesco como o Brasil, j\u00e1 que existem m\u00e9todos cient\u00edficos por amostragem que podem modelar e calcular os impactos do Plano ABC.<\/p>\n
“A plataforma ABC identificar\u00e1 regi\u00f5es do Brasil que s\u00e3o representativas das diferentes condi\u00e7\u00f5es de produ\u00e7\u00e3o”, afirmou Lopes.<\/p>\n
“Levantar\u00e1 os dados e far\u00e1 uma modelagem para o Brasil todo e assim, em 2020, estaremos plenamente aptos para mostrar em qualquer ambiente internacional os impactos reais da pol\u00edtica p\u00fablica do chamado plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC).<\/p>\n
A plataforma j\u00e1 estava prevista na formula\u00e7\u00e3o original do plano ABC, com a estrutura\u00e7\u00e3o de uma rede de laborat\u00f3rios iniciada em 2013 e conclu\u00edda em 2016.<\/p>\n
“Estamos lan\u00e7ando agora a governan\u00e7a”, explicou o presidente da Embrapa, “porque essa \u00e9 uma plataforma que envolve muitas institui\u00e7\u00f5es trabalhando de forma integrada e, desde agora, at\u00e9 2020, teremos de levantar dados e informa\u00e7\u00f5es que demonstrem o impacto do plano ABC.<\/p>\n
Ao longo desses anos, o Brasil aplicou recursos, estimulou os nossos produtores a incorporarem tecnologias como a integra\u00e7\u00e3o lavoura-pecu\u00e1ria, lavoura-pecu\u00e1ria-floresta e fixa\u00e7\u00e3o biol\u00f3gica de nitrog\u00eanio.<\/p>\n
Agora n\u00f3s temos que demonstrar que essas tecnologias aplicadas produziram ganho na redu\u00e7\u00e3o da emiss\u00e3o de carbono e tornaram nossa agricultura mais sustent\u00e1vel.”<\/p>\n
A plataforma Webambiente j\u00e1 est\u00e1 acess\u00edvel nos sites do Minist\u00e9rio do Meio Ambiente e da Embrapa.<\/p>\n
Segundo Juliana Ferreira Sim\u00f5es, Secret\u00e1ria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustent\u00e1vel do Minist\u00e9rio do Meio Ambiente, a Webambiente \u00e9 muito f\u00e1cil de usar e serve para apoiar o produtor na recomposi\u00e7\u00e3o e recupera\u00e7\u00e3o de locais degradados de reserva legal e de \u00c1rea de Prote\u00e7\u00e3o Permanente (APP).<\/p>\n
“A plataforma”, disse Sim\u00f5es, “informa como o produtor rural pode trabalhar a \u00e1rea para fazer reconstru\u00e7\u00e3o, sugere as melhores tecnologias e tamb\u00e9m indica as melhores e mais adequadas esp\u00e9cies para recomposi\u00e7\u00e3o da reserva legal e da APP”.<\/p>\n
Fonte: Dourados Agora<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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