{"id":143100,"date":"2018-04-16T00:04:43","date_gmt":"2018-04-16T03:04:43","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=143100"},"modified":"2018-04-15T21:24:16","modified_gmt":"2018-04-16T00:24:16","slug":"as-tartarugas-marinhas-usam-o-campo-magnetico-da-terra-como-um-gps-para-encontrar-seu-local-de-nascimento","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/04\/16\/143100-as-tartarugas-marinhas-usam-o-campo-magnetico-da-terra-como-um-gps-para-encontrar-seu-local-de-nascimento.html","title":{"rendered":"As tartarugas marinhas usam o campo magn\u00e9tico da Terra como um GPS para encontrar seu local de nascimento"},"content":{"rendered":"

Embora eles possam n\u00e3o ter visto ou sido ao seu local de nidifica\u00e7\u00e3o h\u00e1 d\u00e9cadas, tartarugas cabe\u00e7udas (C aretta caretta ) sabem como voltar para casa com uma precis\u00e3o impressionante que rivaliza com o GPS artificial. Agora, um novo estudo descobriu exatamente como as tartarugas gerem esse feito: elas usam o campo magn\u00e9tico da Terra para navegar por quil\u00f4metros e quil\u00f4metros.<\/p>\n

Durante anos, as madeireiras nadaram em loops de seus locais de nidifica\u00e7\u00e3o na Carolina do Norte e na Fl\u00f3rida at\u00e9 o norte da \u00c1frica. Apesar das vastas dist\u00e2ncias que cobrem, as tartarugas sempre conseguem encontrar o caminho de volta para casa, retornando \u00e0s praias de seus ninhos em cerca de 40 a 80 quil\u00f4metros de onde nasceram originalmente.<\/p>\n

\u201cTartarugas marinhas s\u00e3o criaturas fascinantes que come\u00e7am suas vidas migrando sozinhas atrav\u00e9s do Oceano Atl\u00e2ntico e de volta\u201d, diz Kenneth Lohmann, professor de biologia na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill.<\/p>\n

\"Tartarugas<\/a>Tartarugas marinhas | Cr\u00e9dito: dom\u00ednio p\u00fablico.<\/p>\n

\u201cEventualmente, eles voltam a se aninhar na praia onde nasceram \u2013 ou ent\u00e3o, como se v\u00ea, em uma praia com um campo magn\u00e9tico muito similar.\u201d<\/p>\n

De acordo com pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, as cabe\u00e7as-de-pau empregam a chamada impress\u00e3o geomagn\u00e9tica para navegar em seus arredores \u2013 o mesmo processo empregado por algumas aves e peixes. Segundo a equipe de pesquisadores, as tartarugas podem sentir tanto a intensidade do campo magn\u00e9tico como o \u00e2ngulo de inclina\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Os cientistas chegaram a essa conclus\u00e3o depois de estudar a composi\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica de mais de 800 parceiros da Fl\u00f3rida. Eles mostraram que as tartarugas que nidificam em praias com assinaturas magn\u00e9ticas semelhantes eram tamb\u00e9m geneticamente similares \u00e0s tartarugas que nidificam em praias fisicamente pr\u00f3ximas umas das outras. Normalmente, voc\u00ea esperaria que animais que nascem geograficamente pr\u00f3ximos um do outro fossem mais relacionados do que aqueles concebidos em locais geograficamente distantes \u2013 mas o oposto era verdadeiro aqui.<\/p>\n

N\u00e3o s\u00f3 a varia\u00e7\u00e3o do campo magn\u00e9tico da Terra em torno de um local de nidifica\u00e7\u00e3o foi um melhor preditor de diferencia\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica do que a dist\u00e2ncia geogr\u00e1fica, mas tamb\u00e9m foi um melhor preditor do que as condi\u00e7\u00f5es ambientais tipicamente importantes, como a temperatura da praia.<\/p>\n

Embora as descobertas do estudo sejam limitadas, uma vez que s\u00e3o baseadas em dados gen\u00e9ticos, e n\u00e3o em evid\u00eancias experimentais, um estudo mais definido n\u00e3o \u00e9 realmente uma op\u00e7\u00e3o. As lutas demoram cerca de 20 anos para se tornarem sexualmente ativas e se reproduzirem, e apenas 1 em cada 1.000 filhotes chegam a essa idade. \u00c9 irrealista fazer esse experimento por tanto tempo. Mas, no final do dia, voc\u00ea n\u00e3o precisa que as coisas sejam definitivas para que sejam evidentes.<\/p>\n

Os esfor\u00e7os de conserva\u00e7\u00e3o devem considerar a import\u00e2ncia do campo magn\u00e9tico de uma praia para atrair tartarugas marinhas. Por exemplo, muros mar\u00edtimos, linhas de energia e grandes edif\u00edcios \u00e0 beira-mar s\u00e3o apenas alguns exemplos de fatores perturbadores que podem alterar os campos magn\u00e9ticos que as tartarugas encontram.<\/p>\n

\u201cEsta \u00e9 uma nova vis\u00e3o importante sobre como as tartarugas marinhas navegam durante suas migra\u00e7\u00f5es de longa dist\u00e2ncia. Pode ter aplica\u00e7\u00f5es importantes para a conserva\u00e7\u00e3o de tartarugas marinhas, bem como outros animais migrat\u00f3rios, como salm\u00e3o, tubar\u00f5es e certas aves \u201d, diz Lohmann.<\/p>\n

Fonte: Meio Ambiente Rio<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

\u201cEventualmente, eles voltam a se aninhar na praia onde nasceram \u2013 ou ent\u00e3o, como se v\u00ea, em uma praia com um campo magn\u00e9tico muito similar.\u201d
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