{"id":143169,"date":"2018-04-19T00:03:31","date_gmt":"2018-04-19T03:03:31","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=143169"},"modified":"2018-04-18T20:50:59","modified_gmt":"2018-04-18T23:50:59","slug":"asteroide-inesperado-passa-perto-da-terra","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/04\/19\/143169-asteroide-inesperado-passa-perto-da-terra.html","title":{"rendered":"Asteroide inesperado passa perto da Terra"},"content":{"rendered":"
\"Simula\u00e7\u00e3o<\/a>Simula\u00e7\u00e3o digital do trajeto do asteroide 2018 CB<\/p>\n<\/div>\n
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No \u00faltimo fim de semana, astr\u00f4nomos foram pegos de surpresa. Apenas 21 horas depois de ser descoberto por especialistas da Nasa no Arizona, um asteroide de grandes propor\u00e7\u00f5es passou a somente 200 mil quil\u00f4metros da Terra, o que equivale \u00e0 metade da dist\u00e2ncia que nos separa da Lua. Batizado de 2018 GE3, o asteroide tem um di\u00e2metro estimado de 50 a 100 metros.<\/p>\n

Trata-se do segundo acontecimento do tipo neste ano. Em 9 de fevereiro, o asteroide 2018 CB, com di\u00e2metro de 20 a 40 metros, passou pela Terra \u2013 muito mais perto que o do \u00faltimo fim de semana: 64.500 quil\u00f4metros. Mas no caso do 2018 CB, ele foi descoberto alguns dias antes de chegar pr\u00f3ximo ao planeta.<\/p>\n

Astr\u00f4nomos vasculham o c\u00e9u dia e noite, buscando objetos desconhecidos pr\u00f3ximos da Terra. Telesc\u00f3pios varrem o firmamento automaticamente, mas \u00e9 poss\u00edvel que asteroides menores, com di\u00e2metros de 20 a 100 metros, escapem ao radar.<\/p>\n

“Esses objetos menores s\u00f3 s\u00e3o detectados quando j\u00e1 chegaram relativamente perto da Terra”, explica o astr\u00f4nomo Manfred Gaida, do Centro Aeroespacial Alem\u00e3o (DLR), com sede em Bonn.<\/p>\n

No entanto, n\u00e3o \u00e9 s\u00f3 tamanho que determina com quanta anteced\u00eancia e precis\u00e3o os astr\u00f4nomos detectam novos corpos celestes: tamb\u00e9m a dire\u00e7\u00e3o de onde partem tem um papel decisivo. Quando v\u00eam no sentido contr\u00e1rio ao do Sol, refletem seus raios, tendo mais probabilidade de serem descobertos do que se v\u00eam diretamente de onde a estrela se encontra.<\/p>\n

“Do ponto de vista humano, \u00e9 antes um acaso quando se descobrem tais objetos pr\u00f3ximos da Terra”, afirma Gaida.<\/p>\n

O 2018 CB pertence ao grupo dos asteroides Apolo, que cruzam a \u00f3rbita terrestre em dois pontos. A descoberta acidental de que ele passou t\u00e3o perto da Terra \u00e9 certamente uma peculiaridade estat\u00edstica, mas que n\u00e3o representa qualquer perigo.<\/p>\n

Tempo para afastar os perigos maiores<\/p>\n

No caso do asteroide Apophis, o sistema de radar dos astr\u00f4nomos funcionou bem mais cedo. Segundo c\u00e1lculos, em 13 de abril de 2029 ele passar\u00e1 perto do planeta abaixo do cintur\u00e3o de sat\u00e9lites geoestacion\u00e1rios, portanto bem mais perto do que os dois asteroides que surprenderam astr\u00f4nomos neste ano.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, com 300 metros de di\u00e2metro, o Apophis \u00e9 mais de 100 vezes maior do que o 2018 CB e mais de tr\u00eas vezes maior que o 2018 GE3. Para os seres humanos contudo, mesmo munidos de bin\u00f3culos, ele n\u00e3o passar\u00e1 de um ponto m\u00ednimo no c\u00e9u.<\/p>\n

Um asteroide do tamanho do rec\u00e9m-detectado 2018 GE3 poderia provocar danos significativos, sobretudo se ca\u00edsse sobre uma \u00e1rea habitada. Sup\u00f5e-se que ele seja maior que o que provocou o chamado Evento de Tunguska, em 1908. Na \u00e9poca, milh\u00f5es de \u00e1rvores ca\u00edram ap\u00f3s uma explos\u00e3o na Sib\u00e9ria. Estima-se que a energia da explos\u00e3o de Tunguska tenha sido at\u00e9 mil vezes maior que a da bomba at\u00f4mica de Hiroshima.<\/p>\n

Gaida reconhece que “realmente emocionante \u00e9 detectar objetos que trazem consequ\u00eancias catastr\u00f3ficas ao se chocar contra a Terra”. Mas n\u00e3o h\u00e1 raz\u00e3o para p\u00e2nico: quando pesquisadores descobrem asteroides perigosos assim, pode levar de dez a 15 anos at\u00e9 eles chegarem ao nosso planeta.<\/p>\n

O astr\u00f4nomo Detlef Koschny, da Ag\u00eancia Espacial Europeia (ESA), est\u00e1 seguro de que, nesse caso, haveria tempo suficiente para desviar um desses corpos celestes amea\u00e7adores. Para tal, bastaria enviar uma grande massa para se chocar com ele, tirando-o minimamente de \u00f3rbita. O tempo que ele ainda teria para voar garantiria que n\u00e3o atingisse a Terra.<\/p>\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"