{"id":143226,"date":"2018-04-23T00:02:07","date_gmt":"2018-04-23T03:02:07","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=143226"},"modified":"2018-04-22T22:00:32","modified_gmt":"2018-04-23T01:00:32","slug":"clamidia-ameaca-coalas-e-cientistas-buscam-novo-tratamento","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/04\/23\/143226-clamidia-ameaca-coalas-e-cientistas-buscam-novo-tratamento.html","title":{"rendered":"Clam\u00eddia amea\u00e7a coalas e cientistas buscam novo tratamento"},"content":{"rendered":"
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Coalas est\u00e3o diminuindo na Austr\u00e1lia devido \u00e0 perda de habitat e \u00e0 invas\u00e3o humana.<\/div>\n
FOTO DE\u00a0DOUG GIMESY, NATIONAL GEOGRAPHIC CREATIVE<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n
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O ic\u00f4nico coala da Austr\u00e1lia tem um problema que continua a crescer.<\/p>\n

A clam\u00eddia, um tipo de doen\u00e7a sexualmente transmiss\u00edvel tamb\u00e9m encontrada em humanos, atingiu duramente os coalas selvagens \u2013 a taxa de infec\u00e7\u00e3o de algumas popula\u00e7\u00f5es \u00e9 de 100%.<\/p>\n

As bact\u00e9rias infecciosas geralmente n\u00e3o s\u00e3o fatais, mas podem afetar severamente a sa\u00fade de um coala. Isso \u00e9 uma preocupa\u00e7\u00e3o, j\u00e1 que a Uni\u00e3o Internacional para Conserva\u00e7\u00e3o da Natureza\u00a0considera o mam\u00edfero vulner\u00e1vel \u00e0 extin\u00e7\u00e3o<\/a>, principalmente devido \u00e0 perda de habitat.<\/p>\n

Coalas jovens na bolsa tamb\u00e9m n\u00e3o conseguem comer papa de sua m\u00e3e, uma “mat\u00e9ria fecal muito nutritiva e densa” que os pequenos comem ap\u00f3s a amamenta\u00e7\u00e3o, mas antes de come\u00e7arem a comer folhas de eucalipto, diz ela. A papa permite que os micr\u00f3bios do intestino do coala fa\u00e7am a digest\u00e3o dos taninos t\u00f3xicos no eucalipto, a principal fonte de alimento da esp\u00e9cie.<\/p>\n

Por mais de duas d\u00e9cadas<\/a>, cientistas levaram coalas para hospitais de animais selvagens para tratar a clam\u00eddia com antibi\u00f3ticos. A desvantagem \u00e9 que os antibi\u00f3ticos podem estar alterando os micr\u00f3bios intestinais que permitem que os coalas comam eucalipto, observa\u00a0Katherine Dahlhausen<\/a>, aluna de doutorado da Universidade da Calif\u00f3rnia em Davis.<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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MARSUPIAL AUSTRALIANO EXTINTO \u00c9 REDESCOBERTO<\/div>\n
Um pequeno mam\u00edfero peludo h\u00e1 muito tempo extinto em Nova Gales do Sul, Austr\u00e1lia, foi redescoberto. O mulgara-cauda-de-escova, um marsupial carn\u00edvoro, n\u00e3o era visto na \u00e1rea h\u00e1 mais de 100 anos. Sabe-se que ele ainda existe em outras partes centrais da Austr\u00e1lia.<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n
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\u00c9 por isso que Dahlhausen conduziu um\u00a0estudo recente investigando os microbiomas de coalas durante o tratamento com antibi\u00f3ticos.<\/a> Ela descobriu que a presen\u00e7a de uma bact\u00e9ria n\u00e3o identificada, intimamente relacionada a um conhecido degradador de taninos, a\u00a0Lonepinella koalarum<\/em>, um fator significativo para determinar se um coala sobrevive ao tratamento antibi\u00f3tico.<\/p>\n

Esta descoberta pode ajud\u00e1-la a descobrir como manter o micr\u00f3bio protetor vivo no coala durante a aplica\u00e7\u00e3o de antibi\u00f3ticos.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, v\u00e1rios tratamentos alternativos s\u00e3o poss\u00edveis, observa Dahlhausen. Entre eles, uma abordagem n\u00e3o antibi\u00f3tica, adicionando probi\u00f3ticos ao tratamento para restaurar as bact\u00e9rias saud\u00e1veis,\u00a0transplantes fecais<\/a> \u2013 nos quais as fezes de um doador saud\u00e1vel s\u00e3o transplantadas para restaurar boas bact\u00e9rias \u2013 e uma\u00a0vacina de clam\u00eddia<\/a>, espec\u00edfica para o coala, que se desenvolveu bem em experimentos cl\u00ednicos.<\/p>\n

Estressado<\/h3>\n

Tratamentos alternativos s\u00e3o especialmente importantes, pois o manejo de coalas selvagens infectados pode estressar os animais que j\u00e1 est\u00e3o com a sa\u00fade prec\u00e1ria.<\/p>\n

“Toda vez que voc\u00ea lida com um animal selvagem, uma certa quantidade de estresse diminuir\u00e1 sua fun\u00e7\u00e3o imunol\u00f3gica”, diz\u00a0Dalen Agnew<\/a>, professor associado do Departamento de Patobiologia e Investiga\u00e7\u00e3o Diagn\u00f3stica da Universidade do Estado de Michigan.<\/p>\n

Os coalas tamb\u00e9m precisam lidar cada vez mais com um ambiente natural pouco confi\u00e1vel, como a\u00a0seca provocada pelas mudan\u00e7as clim\u00e1tica<\/a>s e a constru\u00e7\u00e3o de rodovias, que os expulsam das \u00e1rvores e os deixam na frente de carros e predadores.<\/p>\n

Menos espa\u00e7o \u00fatil pode colocar os coalas em grupos menores e mais isolados, dificultando a busca por alimentos e parceiros saud\u00e1veis e geneticamente diferentes.<\/p>\n

Fonte: National Geographic<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"