{"id":143299,"date":"2018-04-26T00:05:21","date_gmt":"2018-04-26T03:05:21","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=143299"},"modified":"2018-04-25T20:40:03","modified_gmt":"2018-04-25T23:40:03","slug":"enzima-superpoderosa-que-come-plastico-encontrada-acidentalmente","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/04\/26\/143299-enzima-superpoderosa-que-come-plastico-encontrada-acidentalmente.html","title":{"rendered":"Enzima superpoderosa que come pl\u00e1stico encontrada acidentalmente"},"content":{"rendered":"

Uma recente descoberta da ci\u00eancia pode ter encontrado um\u00a0importante aliado no combate \u00e0 polui\u00e7\u00e3o por pl\u00e1stico em todo o mundo: uma enzima superpoderosa. Esta subst\u00e2ncia seria capaz de digerir o pl\u00e1stico, comumente encontrado em grandes quantidades poluindo nosso meio ambiente.<\/p>\n

A descoberta poderia resultar em uma solu\u00e7\u00e3o de reciclagem que pode processar milh\u00f5es de toneladas de pl\u00e1stico, feito de polietileno tereftalato (tamb\u00e9m conhecido como PET), que atualmente persiste no meio ambiente por centenas de anos.<\/p>\n

A pesquisa foi conduzida por equipes da Universidade de Portsmouth e do Laborat\u00f3rio Nacional de Energia Renov\u00e1vel (NREL) do Departamento de Energia dos EUA, com os resultados sendo publicados na Academia Nacional de Ci\u00eancias (PNAS).<\/p>\n

Esta enzima teria evolu\u00eddo para digerir pl\u00e1stico PET, frequentemente usado na produ\u00e7\u00e3o de garrafas pl\u00e1sticas, recipientes para alimentos e at\u00e9 mesmo fibras de roupas. O professor John McGeehan, da Universidade de Portsmouth, e Gregg Beckham, do NREL, estudaram a estrutura cristalina dessa enzima para entender como ela funciona.<\/p>\n

Golpe de sorte<\/h3>\n

Durante o estudo, a equipe projetou acidentalmente uma vers\u00e3o mutante que \u00e9 ainda melhor em degradar o pl\u00e1stico do que aquela que evoluiu na natureza.<\/p>\n

Os pesquisadores agora est\u00e3o trabalhando para melhorar ainda mais a efic\u00e1cia da enzima, de modo que ela possa ser aplicada a usos industriais, onde pode quebrar o pl\u00e1stico em uma fra\u00e7\u00e3o do tempo.<\/p>\n

McGeehan, diretor do Instituto de Ci\u00eancias Biol\u00f3gicas e Biom\u00e9dicas da Faculdade de Ci\u00eancias Biol\u00f3gicas de Portsmouth, disse: \u201cTodos n\u00f3s podemos desempenhar um papel significativo ao lidar com o problema do pl\u00e1stico, mas a comunidade cient\u00edfica que criou esses ‘materiais maravilhosos’ deve agora usar toda a tecnologia \u00e0 sua disposi\u00e7\u00e3o para desenvolver solu\u00e7\u00f5es reais.\u201d<\/p>\n

Evolu\u00e7\u00e3o enzim\u00e1tica<\/h3>\n

O avan\u00e7o veio atrav\u00e9s do exame da estrutura da enzima que havia evolu\u00eddo na natureza e foi considerada como sendo descoberta em um local de reciclagem no Jap\u00e3o. O objetivo era entender como a enzima evoluiu e ver se seria poss\u00edvel melhor\u00e1-la. Durante o estudo, no entanto, a equipe acidentalmente projetou uma enzima que era ainda melhor em degradar o pl\u00e1stico PET.<\/p>\n

“A sorte muitas vezes desempenha um papel significativo na pesquisa cient\u00edfica fundamental e nossa descoberta aqui n\u00e3o \u00e9 exce\u00e7\u00e3o”, disse McGeehan.<\/p>\n

“Embora a melhora seja modesta, essa descoberta inesperada sugere que h\u00e1 espa\u00e7o para melhorar ainda mais essas enzimas, aproximando-nos de uma solu\u00e7\u00e3o de reciclagem para a montanha cada vez maior de pl\u00e1sticos descartados.”<\/p>\n

Pl\u00e1sticos descartados<\/h3>\n

A equipe de pesquisa pode agora aplicar as ferramentas de engenharia de prote\u00ednas e evolu\u00e7\u00e3o para continuar melhorando a enzima. A pesquisa revelou que a subst\u00e2ncia pode tamb\u00e9m degradar o furanicarboxilato de olietileno, ou PEF, um substituto de base biol\u00f3gica para pl\u00e1sticos PET que est\u00e1 sendo saudado como op\u00e7\u00e3o para garrafas de cerveja de vidro.<\/p>\n

McGeehan disse: \u201cO processo de engenharia \u00e9 praticamente o mesmo das enzimas usadas atualmente em detergentes biol\u00f3gicos e na fabrica\u00e7\u00e3o de biocombust\u00edveis, est\u00e1 bem dentro da possibilidade de que nos pr\u00f3ximos anos veremos um processo industrialmente vi\u00e1vel para transformar o PET e potencialmente outros substratos, como o PEF, o PLA e o PBS, em blocos de constru\u00e7\u00e3o originais, para que possam ser reciclados de forma sustent\u00e1vel \u201d.<\/p>\n

Fonte: National Geographic<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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