{"id":143324,"date":"2018-04-30T00:04:26","date_gmt":"2018-04-30T03:04:26","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=143324"},"modified":"2018-04-29T20:04:44","modified_gmt":"2018-04-29T23:04:44","slug":"russia-lanca-usina-nuclear-flutuante","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/04\/30\/143324-russia-lanca-usina-nuclear-flutuante.html","title":{"rendered":"R\u00fassia lan\u00e7a usina nuclear flutuante"},"content":{"rendered":"

\"Russland<\/a><\/p>\n

\n

A usina nuclear flutuante iniciou neste s\u00e1bado sua longa viagem at\u00e9 o \u00c1rtico<\/p>\n<\/div>\n

\n

A R\u00fassia lan\u00e7ou neste s\u00e1bado (28\/04) uma nova usina nuclear. Com um detalhe: a estrutura n\u00e3o foi erguida sobre o solo, mas sim em uma estrutura flutuante para poder ser operada sobre o mar.<\/p>\n

Batizada de\u00a0Akademik Lomonosov, a usina deixou\u00a0um estaleiro em S\u00e3o Petersburgo neste fim de semana e iniciou uma longa jornada que vai terminar no \u00c1rtico. Inicialmente, a estrutura vai atravessar o Mar B\u00e1ltico, depois contornar a Noruega at\u00e9 chegar ao porto de Murmansk. Nesta \u00faltima parada, os reatores nucleares v\u00e3o ser abastecidos com combust\u00edvel.<\/p>\n

De l\u00e1, a estrutura vai ser rebocada por mais de 5 mil quil\u00f4metros at\u00e9 a costa \u00e1rtica de Chukotka, pr\u00f3ximo do Alasca. Em 2019, espera-se que a usina abaste\u00e7a uma cidade portu\u00e1ria, plataformas de petr\u00f3leo e uma usina de dessaliniza\u00e7\u00e3o. A previs\u00e3o \u00e9 de que os dois reatores forne\u00e7am eletricidade para um total de 200 mil pessoas no porto de\u00a0Pewek. Hoje a cidade tem apenas 4 mil habitantes.<\/p>\n

O plano original era que a usina j\u00e1 deixasse S\u00e3o Petersburgo com os reatores abastecidos, mas queixas de v\u00e1rios pa\u00edses na rota da estrutura levaram\u00a0a empresa Rosatom \u2013\u00a0estatal russa respons\u00e1vel pelos reatores \u2013\u00a0a abandonar o plano e optar pela parada em Murmansk.<\/p>\n

O nome da usina \u00e9 uma homenagem ao cientista russo do s\u00e9culo 18 Mikhail Lomonosov.<\/p>\n

\n
\n
\n
\n
\n
\"View<\/a><\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n
\n
\n
\"\"<\/a><\/p>\n
<\/p>\n
Rosatom Global@RosatomGlobal<\/div>\n

<\/a><\/div>\n

<\/a><\/div>\n<\/div>\n
\n

\n<\/div>\n<\/blockquote>\n<\/div>\n<\/div>\n

<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

Uma Chernobyl flutuante?<\/p>\n

Ambientalistas criticaram a usina mar\u00edtima. O Greenpeace chegou a cham\u00e1-la de “Chernobyl flutuante”, em refer\u00eancia ao\u00a0desastre nuclear de 1986<\/a> que ocorreu na usina de Chernobyl, na Ucr\u00e2nia, ent\u00e3o controlada pelos sovi\u00e9ticos. Considerado\u00a0o pior acidente nuclear da hist\u00f3ria, o epis\u00f3dio provocou uma evacua\u00e7\u00e3o em massa e deixou vastas faixas da Ucr\u00e2nia e da vizinha Bielorr\u00fassia inabit\u00e1veis. O Greenpeace tamb\u00e9m usou a express\u00e3o “Titanic nuclear” para criticar o projeto.<\/p>\n

“Reatores nucleares flutuando no Oceano \u00c1rtico representam de maneira expl\u00edcita uma amea\u00e7a \u00f3bvia a um ambiente fr\u00e1gil que j\u00e1 est\u00e1 sob enorme press\u00e3o pelas mudan\u00e7as clim\u00e1ticas”, disse Jan Haverkamp, especialista em energia nuclear do Greenpeace no Leste Europeu.<\/p>\n

Segundo o especialista, a natureza da usina a torna especialmente vulner\u00e1vel a acidentes. “A usina nuclear flutuante vai operar perto da costa, em \u00e1guas rasas. Ao contr\u00e1rio das afirma\u00e7\u00f5es sobre sua seguran\u00e7a, o casco chato no fundo e a falta de propuls\u00e3o tornam a usina particularmente vulner\u00e1vel a tsunamis e ciclones”, disse Haverkamp.<\/p>\n

Nos \u00faltimos anos, o aquecimento global resultou em um r\u00e1pido derretimento do gelo do \u00c1rtico, que est\u00e1 abrindo novas rotas de navega\u00e7\u00e3o pelo norte da R\u00fassia. O pa\u00eds est\u00e1 aproveitando o fen\u00f4meno para explorar os ricos dep\u00f3sitos de petr\u00f3leo e g\u00e1s da Sib\u00e9ria. O Kremlin tamb\u00e9m busca fortalecer sua presen\u00e7a militar na regi\u00e3o.<\/p>\n

Segundo o Greenpeace, a empresa Rosatom pretende abrir uma verdadeira linha de montagem dessas usinas flutuantes e vend\u00ea-las para outros pa\u00edses. Potenciais compradores v\u00eam sendo consultados na \u00c1frica e na Am\u00e9rica do Sul.<\/p>\n

“Esse tipo de iniciativa perigosa nao \u00e9 apenas uma amea\u00e7a ao \u00c1rtico, mas, potencialmente, para regi\u00f5es densamente habitadas ou com um ambiente natural vulner\u00e1vel”, completou Haverkamp.<\/p>\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"