{"id":143872,"date":"2018-05-26T00:04:35","date_gmt":"2018-05-26T03:04:35","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=143872"},"modified":"2018-05-25T20:40:20","modified_gmt":"2018-05-25T23:40:20","slug":"desmatamento-da-mata-atlantica-e-o-menor-registrado-desde-1985","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/05\/26\/143872-desmatamento-da-mata-atlantica-e-o-menor-registrado-desde-1985.html","title":{"rendered":"Desmatamento da Mata Atl\u00e2ntica \u00e9 o menor registrado desde 1985"},"content":{"rendered":"

O desmatamento da Mata Atl\u00e2ntica entre 2016 e 2017 teve queda de 56,8% em rela\u00e7\u00e3o ao per\u00edodo anterior (2015-2016). No \u00faltimo ano, foram destru\u00eddos 12.562 hectares (ha), ou 125 Km\u00b2, nos 17 estados do bioma. Entre 2015 e 2016, o desmatamento foi de 29.075 ha.<\/p>\n

Este \u00e9 o menor valor total de desmatamento da s\u00e9rie hist\u00f3rica do monitoramento, realizado pela Funda\u00e7\u00e3o SOS Mata Atl\u00e2ntica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O levantamento come\u00e7ou identificando as altera\u00e7\u00f5es no per\u00edodo de 1985 a 1990 e a divulga\u00e7\u00e3o dos dados ocorreu a partir de 1992.<\/p>\n

Marcia Hirota, coordenadora do Atlas e diretora-executiva da SOS Mata Atl\u00e2ntica, destaca que, apesar de o desmatamento continuar, h\u00e1 motivo para comemora\u00e7\u00e3o. \u201cEm um momento pol\u00edtico e eleitoral importante para o Pa\u00eds, a Mata Atl\u00e2ntica d\u00e1 o seu recado: \u00e9 poss\u00edvel reduzir o desmatamento. Com o compromisso e o di\u00e1logo entre toda a sociedade, incluindo propriet\u00e1rios de terras, governos e empresas, podemos alcan\u00e7ar o desmatamento ilegal zero, j\u00e1 presente em sete estados\u201d, vislumbra ela.<\/p>\n

Sete estados beiram o desmatamento zero, com desflorestamento em torno de 100 hectares (1 Km\u00b2). O Cear\u00e1 e Esp\u00edrito Santo, com 5 hectares (ha), s\u00e3o os estados com o menor total de desmatamento no per\u00edodo. S\u00e3o Paulo (90 ha) e Esp\u00edrito Santo ganharam destaque pela maior redu\u00e7\u00e3o do desmatamento em rela\u00e7\u00e3o ao per\u00edodo anterior. Foram 87% e 99% de queda, respectivamente. Os demais estados no n\u00edvel do desmatamento zero foram: Mato Grosso do Sul (116 ha), Para\u00edba (63 ha), Rio de Janeiro (19 ha) e Rio Grande do Norte (23 ha).<\/p>\n

Para Fl\u00e1vio Jorge Ponzoni, pesquisador e coordenador t\u00e9cnico do estudo pelo INPE, n\u00e3o se pode afirmar que h\u00e1 tend\u00eancia de queda, pois o desmatamento reduziu depois de tr\u00eas anos com aumento consecutivo. Al\u00e9m disso, ap\u00f3s a queda de 2010-2011, o ritmo do desmatamento vinha oscilando bastante. \u201cA \u00faltima queda foi no per\u00edodo entre 2013 e 2014, chegando a 18.267 hectares, 24% a menos que o per\u00edodo anterior. Antes disso, o menor \u00edndice de desmatamento havia sido registrado entre 2010 e 2011, com 14.090 hectares. De l\u00e1 para c\u00e1, n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel comprovar uma tend\u00eancia\u201d.<\/p>\n

Os novos dados do Atlas da Mata Atl\u00e2ntica indicam que as a\u00e7\u00f5es de alguns estados para coibir o desmatamento \u2013 como maior controle e fiscaliza\u00e7\u00e3o, autua\u00e7\u00e3o ao desmatamento ilegal e morat\u00f3ria para autoriza\u00e7\u00e3o de supress\u00e3o de vegeta\u00e7\u00e3o (caso de Minas Gerais) \u2013 trazem resultados positivos. Por outro lado, as imagens de sat\u00e9lite dispon\u00edveis de per\u00edodos passados permitem observar que o desmatamento em alguns estados \u2013 sul da Bahia, noroeste de Minas Gerais, centro-sul do Paran\u00e1 e interior do Piau\u00ed \u2013 ocorre no mesmo local nos \u00faltimos anos, com avan\u00e7os da mancha de degrada\u00e7\u00e3o. \u201cIsso evidencia as chances de frear ainda mais o desmatamento. Nossos mapas est\u00e3o dispon\u00edveis para que as autoridades busquem melhorar o controle em cada estado”.<\/p>\n

Neste levantamento, 65% dos 17 estados da Mata Atl\u00e2ntica tiveram queda do desflorestamento, incluindo os quatro maiores desmatadores. A Bahia, primeiro estado do ranking de desmatamento, suprimiu 4.050 hectares, mas teve queda de 67%; Minas Gerais (3.128 ha), reduziu 58%; o Paran\u00e1 (1.643 ha), \u00e9 o terceiro, e reduziu 52% e Piau\u00ed (1.478 ha), o quarto, que reduziu 53%.<\/p>\n

A crise econ\u00f4mica \u00e9 um fator que pode ter contribu\u00eddo para a queda, ao afetar os investimentos dos setores produtivos e reduzir seu poder econ\u00f4mico, mas seriam necess\u00e1rios novos estudos para comprovar essa rela\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Acesse o relat\u00f3rio completo em:\u00a0https:\/\/goo.gl\/4pzZ1p<\/a>.
\nFonte: Inpe<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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