{"id":143907,"date":"2018-05-29T00:03:21","date_gmt":"2018-05-29T03:03:21","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=143907"},"modified":"2018-05-28T22:40:55","modified_gmt":"2018-05-29T01:40:55","slug":"grande-barreira-de-corais-resistiu-a-cinco-eventos-de-quase-extincao-diz-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/05\/29\/143907-grande-barreira-de-corais-resistiu-a-cinco-eventos-de-quase-extincao-diz-estudo.html","title":{"rendered":"Grande Barreira de Corais resistiu a cinco eventos de quase extin\u00e7\u00e3o, diz estudo"},"content":{"rendered":"
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\"Trecho<\/div>\n<\/div>\n
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Trecho da Grande Barreira de Corais, na Austr\u00e1lia (Foto: Sarah Lai\/AFP)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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A Grande Barreira de Corais da Austr\u00e1lia, sob estresse severo com um oceano mais quente e \u00e1cido, se recuperou de situa\u00e7\u00f5es de quase extin\u00e7\u00e3o cinco vezes no passado nos \u00faltimos 30 mil anos, revelaram pesquisadores nesta segunda-feira (28).<\/p>\n<\/div>\n

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Embora a pesquisa sugira que os corais possam ser mais resilientes do que se pensava antes, provavelmente estes seres vivos nunca enfrentaram uma agress\u00e3o t\u00e3o severa quanto hoje, acrescenta.<\/p>\n<\/div>\n

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“Tenho s\u00e9rias preocupa\u00e7\u00f5es sobre a capacidade de sobreviv\u00eancia dos corais em sua forma atual ao ritmo de mudan\u00e7as provocadas pelos muitos estresses atuais e \u00e0queles projetados para o futuro pr\u00f3ximo”, afirmou Jody Webster, da Universidade de Sydney, coautor do artigo, publicado na revista cient\u00edfica “Nature Geoscience”.<\/p>\n<\/div>\n

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No passado, o coral moveu-se ao longo do leito marinho para enfrentar mudan\u00e7as em seu ambiente \u2013 em dire\u00e7\u00e3o ao mar ou para a terra, dependendo de se o n\u00edvel dos oceanos se elevava ou diminu\u00eda, descobriram os pesquisadores.<\/p>\n<\/div>\n

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Com base em dados f\u00f3sseis de amostras coletadas em 16 locais do leito marinho, os cientistas conclu\u00edram que a Grande Barreira de Corais conseguiu migrar entre 20 cent\u00edmetros e 1,5 metro ao ano.<\/p>\n<\/div>\n

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A taxa pode n\u00e3o ser suficiente para suportar a torrente atual de desafios ambientais.<\/p>\n<\/div>\n

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O coral “provavelmente n\u00e3o enfrentou mudan\u00e7as na TSM (temperatura da superf\u00edcie do mar) e na acidifica\u00e7\u00e3o nesta propor\u00e7\u00e3o”, disse Webster \u00e0 AFP. As taxas de mudan\u00e7a “provavelmente s\u00e3o muito mais r\u00e1pidas agora e nas proje\u00e7\u00f5es futuras”, alertou.<\/p>\n<\/div>\n

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A Grande Barreira de Corais, que integra o Patrim\u00f4nio Mundial da Humanidade e atrai milh\u00f5es de turistas, sofre os efeitos sucessivos de branqueamento coralino devido \u00e0 eleva\u00e7\u00e3o das temperaturas do mar, relacionada com as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n<\/div>\n

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\"Tartaruga\"Tartaruga<\/div>\n<\/div>\n
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Tartaruga nada sobre corais descoloridos na ilha Heron, englobada pela Grande Barreira de Coral na Austr\u00e1lia. A Grande Barreira passa pelo mais grave processo de branqueamento j\u00e1 registrado, com 93% dos recifes afetados (Foto: AFP\/XL Catlin Seaview Survey)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Webster e uma equipe internacional de pesquisadores quiseram entender o supl\u00edcio atual da Barreira de Corais em um contexto de longo prazo.<\/p>\n<\/div>\n

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Durante dez anos, eles estudaram como a estrutura respondeu a mudan\u00e7as provocadas pela expans\u00e3o de plataformas de gelo continentais e o aquecimento ao longo de 30 mil anos.<\/p>\n<\/div>\n

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Ber\u00e7\u00e1rio de peixes<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
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Seu estudo abrange um per\u00edodo de antes do “\u00daltimo M\u00e1ximo Glacial”, ou UMG \u2013 o auge do congelamento cerca de 21 mil anos atr\u00e1s durante a \u00faltima Era Glacial.<\/p>\n<\/div>\n

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O n\u00edvel m\u00e9dio do mar na \u00e9poca era 120 metros mais baixo do que hoje.<\/p>\n<\/div>\n

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\u00c0 medida que os n\u00edveis do mar ca\u00edram perto do UGM, houve dois “eventos mortais” maci\u00e7os, cerca de 30 mil e 22 mil anos atr\u00e1s, descobriu a equipe.<\/p>\n<\/div>\n

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Eles foram causados pela exposi\u00e7\u00e3o do coral ao ar. O que restou dele avan\u00e7ou para o mar para se recuperar depois.<\/p>\n<\/div>\n

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Quando as plataformas de gelo derreteram depois do UMG, duas extin\u00e7\u00f5es \u2013 17 mil e 13 mil anos atr\u00e1s \u2013 foram atribu\u00eddas \u00e0 eleva\u00e7\u00e3o do n\u00edvel do mar, descobriram. Nestes casos, o coral se moveu em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 terra.<\/p>\n<\/div>\n

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O quinto evento mortal ocorreu cerca de dez mil anos atr\u00e1s, aparentemente devido a uma deposi\u00e7\u00e3o maci\u00e7a de sedimentos devido a um n\u00edvel do mar mais elevado.<\/p>\n<\/div>\n

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Webster disse que a Grande Barreira de Corais “provavelmente vai morrer de novo nos pr\u00f3ximos milhares de anos de qualquer forma, se seguir seu padr\u00e3o geol\u00f3gico”, assim como se acredita que a Terra vai passar por outra Era Glacial.<\/p>\n<\/div>\n

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“Mas \u00e9 preciso verificar se a mudan\u00e7a clim\u00e1tica provocada pelo homem vai acelerar essa morte”, afirmou.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

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As mudan\u00e7as nas temperaturas e na acidez do mar fazem os corais sofrerem um “branqueamento” \u2013 ejetando as algas que vivem em seu tecido e que lhe fornecem alimento.<\/p>\n<\/div>\n

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Corais que sofrem branqueamento s\u00e3o mais suscet\u00edveis a doen\u00e7as e sem tempo suficiente para se recuperar, podem desaparecer para sempre.<\/p>\n<\/div>\n

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Os recifes de coral s\u00e3o o lar de cerca de um quarto da vida marinha e servem de ber\u00e7\u00e1rio para muitas esp\u00e9cies de peixes.<\/p>\n

Fonte: AFP<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"