{"id":143915,"date":"2018-05-30T00:04:04","date_gmt":"2018-05-30T03:04:04","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=143915"},"modified":"2018-05-29T21:13:17","modified_gmt":"2018-05-30T00:13:17","slug":"furacao-maria-causou-mais-de-46-mil-mortes-em-porto-rico-diz-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/05\/30\/143915-furacao-maria-causou-mais-de-46-mil-mortes-em-porto-rico-diz-estudo.html","title":{"rendered":"Furac\u00e3o Maria causou mais de 4,6 mil mortes em Porto Rico, diz estudo"},"content":{"rendered":"
\"Furac\u00e3o<\/a>Furac\u00e3o Maria deixou um rastro de destrui\u00e7\u00e3o em Porto Rico<\/p>\n<\/div>\n
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A passagem do furac\u00e3o Maria no ano passado em Porto Rico deixou mais de 4,6 mil mortos, segundo um estudo divulgado nesta ter\u00e7a-feira (29\/05). O n\u00famero \u00e9 72 vezes maior do que o divulgado pelas autoridades.<\/p>\n

“Nossos resultados indicam que o n\u00famero oficial de 64 \u00e9 uma subavalia\u00e7\u00e3o substancial da verdadeira mortalidade causada pelo furac\u00e3o Maria”, diz o estudo elaborado pela Escola de Sa\u00fade P\u00fablica da Universidade de Harvard, em colabora\u00e7\u00e3o com as universidades Carlos Albizu e Ponce, em Porto Rico.<\/p>\n

O estudo se baseou em uma pesquisa aleat\u00f3ria de 3.299 fam\u00edlias em Porto Rico, cujos membros foram perguntados sobre as mortes e as causas desses falecimentos entre a chegada da tempestade e o fim do ano. A partir deste trabalho de campo, os pesquisadores constataram que, nos tr\u00eas meses seguintes ao furac\u00e3o, a taxa de mortalidade na regi\u00e3o aumentou 62% em compara\u00e7\u00e3o com os n\u00edveis registrados no mesmo per\u00edodo em 2016.<\/p>\n

Diante destas estat\u00edsticas, os pesquisadores estimam que mais de 4,6 mil mortes s\u00e3o resultados direitos e indiretos do pior desastre natural de Porto Rico dos \u00faltimos 90 anos. Essas mortes ocorreram entre o dia 20 de setembro, data em que a tempestade tocou terra na ilha caribenha, e dezembro de 2017. Um ter\u00e7o das v\u00edtimas morreu devido a atrasos ou interrup\u00e7\u00f5es em tratamentos m\u00e9dicos.<\/p>\n

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A destrui\u00e7\u00e3o causada pelo furac\u00e3o Maria, um dos maiores a passar por Porto Rico em um s\u00e9culo<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n

Com rajadas de ventos de quase 250 km\/h e fortes chuvas que causaram inunda\u00e7\u00f5es catastr\u00f3ficas, a passagem do furac\u00e3o, que oscilou entre as categorias 4 e 5 (a mais elevada) quando atingiu a ilha, deixou um rasto de destrui\u00e7\u00e3o e dezenas de milhares de pessoas desabrigadas. Muitos habitantes ficaram sem acesso \u00e0 eletricidade, \u00e1gua, telefone ou transporte.<\/p>\n

“A nossa estimativa \u00e9 coerente com os artigos publicados na imprensa que avaliaram o n\u00famero de mortes no primeiro m\u00eas ap\u00f3s o furac\u00e3o”, afirmam os pesquisadores no estudo que foi publicado na revista cient\u00edfica\u00a0The New England Journal of Medicine<\/em> (NEJM).<\/p>\n

As autoridades locais contabilizaram oficialmente 64 mortes relacionadas com o furac\u00e3o, mas este n\u00famero foi rapidamente contestado. Em dezembro passado, o jornal americano\u00a0The New York Times<\/em>analisou as certid\u00f5es de \u00f3bito registadas em Porto Rico e constatou que os dados indicavam que mais de 1.000 mortes tinham ocorrido nos 40 dias seguintes \u00e0 tempestade.<\/p>\n

Segundo o estudo, para integrar o balan\u00e7o oficial do desastre natural, a morte tinha de ser confirmada pelo Instituto de Medicina Legal de Porto Rico, algo que se tornou dif\u00edcil por causa da destrui\u00e7\u00e3o das estradas e da escassez de transportes. Assim, as certid\u00f5es de \u00f3bitos registradas nos meses seguintes n\u00e3o mencionavam necessariamente se as mortes estavam relacionadas com o furac\u00e3o.<\/p>\n

Os pesquisadores afirmaram que “esses n\u00fameros servir\u00e3o como um importante comparativo independente em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s estat\u00edsticas oficiais de mortes registradas, que est\u00e3o atualmente sendo revisadas, e evidenciam a falta de aten\u00e7\u00e3o do governo dos EUA \u00e0s infraestruturas fr\u00e1geis de Porto Rico”.<\/p>\n

Nesse sentido, o estudo destacou que 83% das fam\u00edlias entrevistadas ficaram sem acesso \u00e0 energia el\u00e9trica durante os \u00faltimos tr\u00eas meses do ano passado.<\/p>\n

Se esses dados forem confirmados, Maria teria provocado mais mortes que o Katrina, que arrasou Nova Orleans em 2005 e deixou um saldo de mais de 1.880 mortos.<\/p>\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"