{"id":144192,"date":"2018-06-14T00:03:48","date_gmt":"2018-06-14T03:03:48","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=144192"},"modified":"2018-06-13T21:56:56","modified_gmt":"2018-06-14T00:56:56","slug":"corais-sobrevivem-a-oceanos-acidos-ao-mudar-para-o-modo-de-corpo-macio","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/06\/14\/144192-corais-sobrevivem-a-oceanos-acidos-ao-mudar-para-o-modo-de-corpo-macio.html","title":{"rendered":"Corais sobrevivem a oceanos \u00e1cidos ao mudar para o modo de corpo macio"},"content":{"rendered":"
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As mudan\u00e7as clim\u00e1ticas n\u00e3o se tratam apenas do aquecimento da superf\u00edcie e do derretimento glacial. \u00a0O di\u00f3xido de carbono que a atividade humana est\u00e1 liberando na atmosfera tamb\u00e9m se dissolve nos oceanos do mundo, aumentando lentamente sua acidez ao longo do tempo. E isso \u00e9 sinal de problema para os corais.<\/p>\n

Os corais podem parecer rochas im\u00f3veis, mas estas fortalezas r\u00edgidas s\u00e3o o lar de animais de corpos macios. Estas criaturas \u2013 os p\u00f3lipos de corais \u2013 constroem seus recifes poderosos com carbonato de c\u00e1lcio, usando \u00edons carbonato retirados da \u00e1gua circundante. Por\u00e9m, \u00e0 medida que o n\u00edvel de pH da \u00e1gua cai, esses \u00edons esgotam-se e os corais come\u00e7am a ficar sem sua argamassa qu\u00edmica. O resultado \u00e9 que, na \u00e1gua \u00e1cida, os corais t\u00eam dificuldade para construir suas casas.<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Os cientistas previram que, se os n\u00edveis de di\u00f3xido de carbono duplicarem, os poderes de constru\u00e7\u00e3o de recifes dos corais do mundo podem ter uma diminui\u00e7\u00e3o de at\u00e9 80%. Se eles n\u00e3o puderem reconstruir com a rapidez suficiente para corresponder aos processos naturais de decomposi\u00e7\u00e3o e eros\u00e3o, os recifes come\u00e7ar\u00e3o a desaparecer.<\/p>\n

Hoje,\u00a0Maoz Fine<\/a> e\u00a0Dan Tchernov<\/a>, do Interuniversity Institute of Marine Science, em Israel, descobriram que eles t\u00eam uma maneira de lidar com essa falta de moradia. Eles cultivaram alguns fragmentos que formam duas esp\u00e9cies de corais da Europa sob as condi\u00e7\u00f5es normais do Mediterr\u00e2neo, e outros em \u00e1guas ligeiramente mais \u00e1cidas, por apenas 0,7 unidades de pH.<\/p>\n

Aqueles que passaram um m\u00eas no tanque \u00e1cido foram rapidamente transformados.<\/p>\n

O esqueleto se dissolveu e a col\u00f4nia se dividiu. Os p\u00f3lipos expostos e solit\u00e1rios, parecendo pequenas an\u00eamonas-do-mar, ainda permaneceram presos \u00e0s superf\u00edcies rochosas. Quando as coisas se complicam, os mais macios claramente se d\u00e3o bem.<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Mesmo sem seus esqueletos protetores, eles sobreviveram por mais de um ano e parecem levar a vida da maneira habitual. Eles prosperaram, reproduziram-se normalmente e ainda mant\u00eam as algas simbi\u00f3ticas que lhes possibilita produzir energia por meio da fotoss\u00edntese. E quando foram colocados de volta \u00e0s condi\u00e7\u00f5es normais, eles prontamente desistiram de sua independ\u00eancia e formaram novamente col\u00f4nias e conchas duras.<\/p>\n

Os achados de Fine e Tchernov sugerem que os corais podem ser aptos a sobreviverem \u00e0s futuras mudan\u00e7as clim\u00e1ticas ao adotar corpos macios e estilos de vida livre. E h\u00e1 evid\u00eancias de que eles j\u00e1 usaram esse truque antes. As conchas duras dos recifes de corais fossilizam facilmente, mas o registro f\u00f3ssil ainda tem grandes lacunas onde nenhum recife foi encontrado. Estas podem representar per\u00edodos de tempo quando os corais estavam ganhando tempo em sua fase de corpo macio.<\/p>\n

Mas, enquanto essa nova descoberta \u00e9 motivo de esperan\u00e7a, n\u00e3o pode ser motivo de complac\u00eancia. Mesmo que os pr\u00f3prios corais possam persistir com outra apar\u00eancia, a grande diversidade de esp\u00e9cies que dependem deles pode desaparecer para sempre de seus recifes.<\/p>\n

Refer\u00eancia: <\/strong>Fine and Tchernov. <\/strong>2007. <\/strong>Esp\u00e9cies de corais Scleractinia sobrevivem e recuperam-se da descalcifica\u00e7\u00e3o<\/a>. <\/strong>Science 315: <\/strong>1811.<\/p>\n

Fonte: National Geographic<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"