![\"\"](\"https:\/\/hypescience.com\/wp-content\/uploads\/2018\/06\/materia-comum-meio-intergalactico-838x746.jpg\")
Uma simula\u00e7\u00e3o da teia c\u00f3smica, os filamentos de g\u00e1s conectando gal\u00e1xias atrav\u00e9s do universo<\/p>\n<\/div>\nPesquisadores de uma equipe internacional, liderados por Fabrizio Nicastro do Instituto Nacional de Astrof\u00edsica da It\u00e1lia e do Centro de Astrof\u00edsica Harvard-Smithsonian nos EUA, encontraram o \u00faltimo reservat\u00f3rio de mat\u00e9ria comum escondido no universo.<\/p>\n
A mat\u00e9ria comum (os \u201cb\u00e1rions\u201d) \u00e9 a que comp\u00f5e todos os objetos f\u00edsicos existentes, desde seres humanos at\u00e9 as estrelas e os n\u00facleos dos buracos negros.<\/p>\n
At\u00e9 agora, os astrof\u00edsicos tinham conseguido localizar apenas cerca de dois ter\u00e7os da quantidade que previam ter sido criada pelo Big Bang.<\/p>\n
Na nova pesquisa, os cientistas descobriram onde est\u00e1 o \u00faltimo ter\u00e7o desaparecido: no espa\u00e7o entre as gal\u00e1xias. Essa mat\u00e9ria existe como filamentos de g\u00e1s oxig\u00eanio a temperaturas de cerca de 1 milh\u00e3o de graus Celsius.<\/p>\n
Hip\u00f3tese<\/h2>\n
A nova descoberta \u00e9 um passo importante para a astrof\u00edsica. \u201cEste \u00e9 um dos principais pilares para testar a teoria do Big Bang: descobrir o censo de hidrog\u00eanio e h\u00e9lio e tudo mais na tabela peri\u00f3dica\u201d, disse Michael Shull, do Departamento de Ci\u00eancias Astrof\u00edsicas e Planet\u00e1rias da Universidade do Colorado, um dos autores do novo estudo.<\/p>\n
Sabemos onde est\u00e1 a maior parte da mat\u00e9ria comum \u2013 que n\u00e3o deve ser confundida com a mat\u00e9ria escura, ainda n\u00e3o localizada \u2013 do universo: cerca de 10% se encontra nas gal\u00e1xias e 60% nas nuvens difusas de g\u00e1s entre gal\u00e1xias.<\/p>\n
Em 2012, Shull e seus colegas previram que os 30% dos b\u00e1rions faltantes provavelmente estavam em um padr\u00e3o de teia no espa\u00e7o chamado de meio intergal\u00e1ctico quente (na sigla em ingl\u00eas, WHIM).<\/p>\n
Para testar a hip\u00f3tese, ou seja, procurar por \u00e1tomos naquela regi\u00e3o entre as gal\u00e1xias, a equipe apontou uma s\u00e9rie de sat\u00e9lites a um quasar chamado 1ES 1553, um buraco negro no centro de uma gal\u00e1xia que est\u00e1 consumindo e cuspindo enormes quantidades de g\u00e1s. A radia\u00e7\u00e3o do quasar pelo espa\u00e7o funciona como um \u201cfarol muito brilhante\u201d que permite que os cientistas enxerguem atrav\u00e9s da \u201cn\u00e9voa\u201d.<\/p>\n
Eureca!<\/h2>\n
Primeiro, os pesquisadores usaram o Espectr\u00f3grafo de Origens C\u00f3smicas do Telesc\u00f3pio Espacial Hubble para ter uma ideia de onde encontrar os b\u00e1rions ausentes.<\/p>\n
Depois, localizaram os b\u00e1rions usando o sat\u00e9lite X-MN-Newton da Ag\u00eancia Espacial Europeia (XMM-Newton).<\/p>\n
A equipe encontrou as assinaturas de um tipo de g\u00e1s oxig\u00eanio altamente ionizado entre o quasar e nosso sistema solar. O g\u00e1s foi visto em uma densidade suficientemente alta para representar os \u00faltimos 30% da mat\u00e9ria comum, quando a extrapolamos para todo o universo.<\/p>\n
Os pesquisadores suspeitam que gal\u00e1xias e quasares lan\u00e7aram esse g\u00e1s no espa\u00e7o profundo ao longo de bilh\u00f5es de anos. De acordo com Shull, mais estudos precisam confirmar as descobertas utilizando sat\u00e9lites para espiar quasares mais brilhantes.<\/p>\n
Um artigo sobre a descoberta foi publicado na prestigiada revista\u00a0Nature<\/a>.<\/p>\n Fonte: Hypescience<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Pesquisadores de uma equipe internacional, liderados por Fabrizio Nicastro do Instituto Nacional de Astrof\u00edsica da It\u00e1lia e do Centro de Astrof\u00edsica Harvard-Smithsonian nos EUA, encontraram o \u00faltimo reservat\u00f3rio de mat\u00e9ria comum escondido no universo. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[1701,3383,2560],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/144399"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=144399"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/144399\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":144401,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/144399\/revisions\/144401"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=144399"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=144399"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=144399"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}