gal\u00e1xia <\/a>mais pr\u00f3xima de n\u00f3s, Andr\u00f4meda.<\/p>\nA descoberta foi feita por cientistas do Departamento de Astronomia da Universidade de Michigan a partir de um detalhado estudo das estrelas que circundam Andr\u00f4meda.<\/p>\n
Por muitos anos, acreditou-se que essa aur\u00e9ola de estrelas tivesse sido formada a partir da fus\u00e3o de Andr\u00f4meda com pequenas gal\u00e1xias.<\/p>\n
Mas, usando modelos e simula\u00e7\u00f5es de computador, os pesquisadores Richard D’Souza e Eric Bell conseguiram juntar ind\u00edcios suficientes para concluir que grande parte desse rastro \u00e9 o que restou de uma \u00fanica gal\u00e1xia massiva que foi “canibalizada”.<\/p>\n
A “irm\u00e3” engolida da Via L\u00e1ctea foi apelidada de M32p.<\/p>\n
Como a pesquisa surgiu<\/h2>\n
D’Souza explicou \u00e0 BBC News Brasil que a descoberta foi feita quando ele e Bell comparavam as “aur\u00e9olas” de gal\u00e1xias distantes.<\/p>\n
“Durante essas observa\u00e7\u00f5es, percebemos que a o halo estelar de Andr\u00f4meda s\u00f3 poderia ser formado pela fus\u00e3o com uma \u00fanica gal\u00e1xia de grande porte”, disse.<\/p>\n
“N\u00e3o havia gal\u00e1xias menores suficientes no universo para se chocar com Andr\u00f4meda durante o curso de vida dela e formar uma aur\u00e9ola daquele tamanho.”<\/p>\n
A pesquisa, publicada nesta semana na revista cient\u00edfica\u00a0Nature Astronomy<\/em>, mostra que a M32p era, pelo menos, 20 vezes maior que qualquer gal\u00e1xia que j\u00e1 se fundiu com a Via L\u00e1ctea.<\/p>\n<\/div>\n
Direito de imagemUNIVERSIDADE DE MICHIGANImage captionImagem de sat\u00e9lite mostra Andr\u00f4meda e linhas utilizadas durante o estudo de D’Souza e Bell<\/div>\n
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“Quando percebemos isso, ficamos em \u00eaxtase, porque essa descoberta poderia explicar v\u00e1rios outros mist\u00e9rios associados a Andr\u00f4meda”, afirmou o pesquisador \u00e0 BBC News Brasil.<\/p>\n
Um desses mist\u00e9rios \u00e9 a origem da M32, uma gal\u00e1xia sat\u00e9lite que orbita Andr\u00f4meda.<\/p>\n
D’Souza e Bell afirmam que a compacta e densa M32 \u00e9 a parte central da M32p, que teria sobrevivido \u00e0 fus\u00e3o com Andr\u00f4meda. Ela seria, conforme analogia feita pelos cientistas, “como o caro\u00e7o de uma ameixa que sobra ap\u00f3s a fruta ser comida”.<\/p>\n
Estudo muda o entendimento sobre colis\u00e3o de gal\u00e1xias<\/h2>\n
O estudo tamb\u00e9m coloca em xeque o entendimento vigente de que colis\u00f5es de “larga escala” entre gal\u00e1xias destroem o formato original delas.<\/p>\n
A pesquisa da Universidade de Michigan mostra que o disco de Andr\u00f4meda persiste, embora agora se saiba que ela se fundiu com outra gal\u00e1xia de grande porte h\u00e1 2 bilh\u00f5es de anos.<\/p>\n
“Esse estudo muda o entendimento sobre como as gal\u00e1xias sobrevivem a colis\u00f5es. Achava-se que uma fus\u00e3o assim destruiria a gal\u00e1xia principal, transformando-a de uma gal\u00e1xia em disco para uma el\u00edptica”, explicou D’Souza.<\/p>\n
“Agora, sabemos que Andr\u00f4meda sobreviveu \u00e0 colis\u00e3o, embora ainda n\u00e3o saibamos como. Novos estudos v\u00e3o nos ajudar a compreender as raz\u00f5es disso.”<\/p>\n
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Direito de imagemUNIVERSIDADE DE MICHIGANImage captionImagem mostra Andr\u00f4meda antes e depos de ‘engolir’ a M32p. A gal\u00e1xia manteve o formato em disco, embora tenha se chocado com outra de grande porte<\/div>\n
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Via L\u00e1ctea em rota de colis\u00e3o<\/h2>\n
A nossa pr\u00f3pria gal\u00e1xia est\u00e1 em rota de colis\u00e3o com Andr\u00f4meda, mas isso s\u00f3 deve ocorrer daqui a cerca de 4 bilh\u00f5es de anos. As duas gal\u00e1xias est\u00e3o se aproximando devido \u00e0 gravidade que exercem uma sobre a outra.<\/p>\n
Elas est\u00e3o separadas por uma dist\u00e2ncia de 2,5 milh\u00f5es de anos-luz, mas est\u00e3o convergindo a uma velocidade de aproximadamente 400 mil quil\u00f4metros por hora.<\/p>\n
Como Andr\u00f4meda tem o dobro do tamanho da Via L\u00e1ctea e a nossa gal\u00e1xia, por sua vez, \u00e9 maior que a M32p, a expectativa \u00e9 que o “estrago” seja bem maior.<\/p>\n
“Andr\u00f4meda e a nossa gal\u00e1xia s\u00e3o compar\u00e1veis em termos de massa e tamanho a um fator 2, portanto, a colis\u00e3o ser\u00e1 bem mais en\u00e9rgica”, explicou D’Souza \u00e0 BBC News Brasil.<\/p>\n
E quem deve “sair perdendo” nesse impacto \u00e9 a Via L\u00e1ctea.<\/p>\n
“Achamos que a Via L\u00e1ctea, por ser menor, ser\u00e1 destro\u00e7ada e, eventualmente, se tornar\u00e1 parte do halo estelar de Andr\u00f4meda”, disse.<\/p>\n
“Mas, como tamb\u00e9m somos uma gal\u00e1xia de grande porte, \u00e9 poss\u00edvel que deformemos Andr\u00f4meda, fazendo com que se transforme de uma gal\u00e1xia em disco para uma gal\u00e1xia el\u00edptica gigante.”<\/p>\n
Fonte: BBC<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
A Via L\u00e1ctea j\u00e1 teve uma “irm\u00e3” que foi engolida h\u00e1 2 bilh\u00f5es de anos pela gal\u00e1xia mais pr\u00f3xima de n\u00f3s, Andr\u00f4meda.<\/p>\n
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