{"id":144987,"date":"2018-07-26T00:04:48","date_gmt":"2018-07-26T03:04:48","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=144987"},"modified":"2018-07-25T21:01:18","modified_gmt":"2018-07-26T00:01:18","slug":"o-que-e-a-canicula-e-como-ela-explica-a-onda-de-calor-extremo-em-varias-partes-do-mundo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/07\/26\/144987-o-que-e-a-canicula-e-como-ela-explica-a-onda-de-calor-extremo-em-varias-partes-do-mundo.html","title":{"rendered":"O que \u00e9 a can\u00edcula e como ela explica a onda de calor extremo em v\u00e1rias partes do mundo"},"content":{"rendered":"
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\"Inc\u00eandiosDireito de imagemAFPImage captionMais de 80 pessoas j\u00e1 morreram na Gr\u00e9cia em decorr\u00eancia de inc\u00eandios florestais<\/div>\n
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Inc\u00eandios fora de controle j\u00e1 deixaram mais de\u00a080 mortos<\/a> na Gr\u00e9cia, focos de inc\u00eandio se alastraram pela Su\u00e9cia e o C\u00edrculo Polar \u00c1rtico, dezenas de mortes foram provocadas pelas altas temperaturas na Coreia do Sul e recordes de calor foram registrados na Calif\u00f3rnia, no Texas e na \u00c1frica.<\/p>\n

De acordo com o Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa (GISS, na sigla em ingl\u00eas), os epis\u00f3dios recentes s\u00e3o resultado de um dos meses de junho mais quentes da hist\u00f3ria – e a expectativa \u00e9 que julho tamb\u00e9m registre temperaturas recorde.<\/p>\n

\u00c9 quando come\u00e7a a can\u00edcula, \u00e9poca do ano em que o calor do ver\u00e3o se intensifica no hemisf\u00e9rio norte.<\/p>\n

Mas esse per\u00edodo, que tradicionalmente se estende entre os meses de julho e agosto, tem sido particularmente escaldante neste ano.<\/p>\n

No Canad\u00e1, as temperaturas superaram 30\u00b0C por mais de 20 dias. No Reino Unido, a onda de calor derreteu o teto do Centro de Ci\u00eancias de Glasgow, na Esc\u00f3cia. E na Finl\u00e2ndia, as autoridades decretaram estado de emerg\u00eancia.<\/p>\n

No Jap\u00e3o, onde j\u00e1 foram registradas mais de 60 mortes, o governo considera o calor um “desastre natural”. Autoridades do M\u00e9xico come\u00e7aram a dar orienta\u00e7\u00f5es \u00e0 popula\u00e7\u00e3o sobre como enfrentar os dias de can\u00edcula.<\/p>\n

Mas o que \u00e9 esse fen\u00f4meno? E por que esse ver\u00e3o est\u00e1 t\u00e3o forte no hemisf\u00e9rio norte?<\/p>\n

Origem da can\u00edcula<\/h2>\n

O nome ‘can\u00edcula’ remete \u00e0 Gr\u00e9cia Antiga.<\/p>\n

Assim era chamada a \u00e9poca do ano em que a constela\u00e7\u00e3o C\u00e3o Maior alcan\u00e7ava uma posi\u00e7\u00e3o central no c\u00e9u, o que correspondia aos dias mais quentes do ano no hemisf\u00e9rio norte, conhecidos como “dias de c\u00e3o”, conforme explicou o astr\u00f4nomo Larry Ciupik \u00e0\u00a0National Geographic<\/em>.<\/p>\n

\"Constela\u00e7\u00e3o\"Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionA can\u00edcula tem esse nome por causa da constela\u00e7\u00e3o C\u00e3o Maior<\/div>\n
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O fen\u00f4meno, que dura cerca de 40 dias at\u00e9 o fim de agosto, \u00e9 caracterizado pela forte seca, porque \u00e9 a \u00e9poca do ano em que a probabilidade de chuva diminui.<\/p>\n

No entanto, embora as temperaturas aumentem historicamente nesse per\u00edodo, a situa\u00e7\u00e3o deste m\u00eas de julho tem sido at\u00edpica, se comparada a anos anteriores.<\/p>\n

A can\u00edcula de 2018 coincide com o que alguns especialistas chamam de “onda de calor global”, cujos efeitos se espalharam por um grande n\u00famero de pa\u00edses.<\/p>\n

M\u00faltiplas causas<\/h2>\n

Os especialistas afirmam que \u00e9 dif\u00edcil identificar a intensidade demonstrada pelo fen\u00f4meno neste ano, dada a complexidade dos sistemas clim\u00e1ticos planet\u00e1rios.<\/p>\n

Para muitos, no entanto, o principal motivo \u00e9 a interfer\u00eancia das a\u00e7\u00f5es humanas no clima da Terra.<\/p>\n

“O que estamos vendo como uma anomalia \u00e9 o que pode passar a acontecer com frequ\u00eancia daqui a 30 anos, como resultado da mudan\u00e7a clim\u00e1tica”, diz o meteorologista brit\u00e2nico Peter Stott \u00e0 BBC.<\/p>\n

\"Inc\u00eandiosDireito de imagemAFPImage captionEspecialistas alertam que o que hoje \u00e9 uma exce\u00e7\u00e3o pode se normalizar dentro de 30 anos<\/div>\n
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Mas, embora quase nenhum especialista negue a influ\u00eancia da mudan\u00e7a clim\u00e1tica, muitos tamb\u00e9m acreditam que o que est\u00e1 acontecendo agora \u00e9 muito mais complexo, sendo resultado de uma combina\u00e7\u00e3o de fatores.<\/p>\n

Segundo o meteorologista Tim Osborn, da universidade brit\u00e2nica de East Anglia, um deles \u00e9 o enfraquecimento das correntes de jato – ventos que fluem do oeste para o leste e desempenham um papel fundamental na defini\u00e7\u00e3o do clima na Am\u00e9rica do Norte e da Europa.<\/p>\n

O especialista explica que essas correntes de ar ocorrem de sete a dez quil\u00f4metros acima da superf\u00edcie da Terra e, quando se intensificam, d\u00e3o origem a chuvas e tempestades.<\/p>\n

Em contrapartida, quando enfraquecem, provocam tempo quente e seco.<\/p>\n

“Como resultado, \u00e1reas de alta press\u00e3o atmosf\u00e9rica permanecem por um longo per\u00edodo no mesmo lugar e isso gera uma alta concentra\u00e7\u00e3o de calor”, diz Osborn.<\/p>\n

\"Fran\u00e7a\"Direito de imagemAFPImage captionEm muitos pa\u00edses da Europa, os chafarizes s\u00e3o um convite para se refrescar<\/div>\n
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Segundo a Nasa, ag\u00eancia espacial americana, as correntes de jato podem estar sendo influenciadas pelas temperaturas no Atl\u00e2ntico Norte, que nos \u00faltimos tempos t\u00eam sido relativamente quentes nos subtr\u00f3picos e mais frias no sul da Groenl\u00e2ndia.<\/p>\n

Trata-se de um fen\u00f4meno chamado de oscila\u00e7\u00e3o multidecadal do Atl\u00e2ntico (AMO, na sigla em ingl\u00eas). Ele \u00e9 respons\u00e1vel pela varia\u00e7\u00e3o da temperatura do oceano em um intervalo de 70 anos, ao longo do qual \u00e9 registrada uma temperatura m\u00e1xima e m\u00ednima da superf\u00edcie do mar.<\/p>\n

Apesar da combina\u00e7\u00e3o de fatores, Osborn reitera que a quest\u00e3o da mudan\u00e7a clim\u00e1tica n\u00e3o deve ser ignorada, quando consideradas as causas por tr\u00e1s dessa situa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

“Na Europa, j\u00e1 tivemos situa\u00e7\u00f5es como essa algumas vezes a cada s\u00e9culo. Agora, isso acontece algumas vezes a cada d\u00e9cada. E n\u00e3o h\u00e1 d\u00favida de que a mudan\u00e7a clim\u00e1tica est\u00e1 aumentando a probabilidade de ondas de calor”, conclui.<\/p>\n

Fonte: BBC<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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