O f\u00f3ssil ajuda a entender por que as cobras s\u00e3o criaturas t\u00e3o bem sucedidas<\/figcaption><\/figure>\nA criatura est\u00e1 preservada assim h\u00e1 99 milh\u00f5es de anos e estava viva quando os dinossauros ainda n\u00e3o haviam sido extintos.<\/p>\n
“Esse \u00e9 o primeiro f\u00f3ssil de cobra beb\u00ea que j\u00e1 encontramos”, disse Michael Caldwell, da Universidade de Alberta, no Canad\u00e1, \u00e0 BBC News, um dos cientistas envolvidos na descoberta, anunciada no peri\u00f3dico Science Advances.<\/p>\nIlustra\u00e7\u00e3o mostra como seria r\u00e9ptil pr\u00e9-hist\u00f3rico 'Xiaophis myanmarensis' encontrado em Mianmar<\/figcaption><\/figure>\nA cobra beb\u00ea viveu nas florestas de Mianmar durante o per\u00edodo Cret\u00e1ceo. Ela foi batizada como\u00a0Xiaophis myanmarensis<\/em>, ou cobra-da-aurora-de-Mianmar.<\/p>\nTamb\u00e9m foi descoberto um segundo f\u00f3ssil em \u00e2mbar, que parece conter parte da pele de uma cobra muito maior. N\u00e3o se sabe ainda se ambos os animais s\u00e3o da mesma esp\u00e9cie.<\/p>\nA pele de um segundo esp\u00e9cime foi encontrada<\/figcaption><\/figure>\nComo a cobra ficou presa em \u00e2mbar?<\/h2>\n O animal ficou preso em seiva de \u00e1rvore, uma subst\u00e2ncia grudenta que pode preservar pele, escamas, pelos, penas e at\u00e9 mesmo criaturas inteiras.<\/p>\n
“\u00c9 a supercola dos f\u00f3sseis”, disse Caldwell. “\u00c2mbar \u00e9 algo totalmente \u00fanico – o que ele toca fica congelado no tempo dentro de uma resina parecida com pl\u00e1stico.”<\/p>\n
A ideia de f\u00f3sseis preservados em \u00e2mbar est\u00e1 no cerne da trama do famoso filme\u00a0Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros<\/em>, em que cientistas extraem DNA de dinossauro de mosquitos pr\u00e9-hist\u00f3ricos achados na resina endurecida de \u00e1rvores.<\/p>\n \nOs primeiros f\u00f3sseis<\/h2>\n Cobras: <\/strong>O mais antigo f\u00f3ssil de cobra conhecido data de 140 milh\u00f5es a 167 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s e vem do Reino Unido. A\u00a0Eophis underwoodi<\/em> era pequena, provavelmente um filhote, e vivia em locais pantanosos.<\/p>\nLagartos: <\/strong>Um pequeno lagarto descoberto nas rochas dos Alpes italianos foi confirmado neste ano como o exemplar mais antigo do tipo. O\u00a0Megachirella wachtleri<\/em> viveu no per\u00edodo Tri\u00e1ssico. A descoberta aponta que o grupo ao qual os lagartos pertencem evolu\u00edram antes do que se pensava.<\/p>\nDinossauros: <\/strong>Os f\u00f3sseis mais antigos datam da mesma \u00e9poca dos lagartos. O\u00a0Nyasasaurus<\/em> tinha dois ou tr\u00eas metros de comprimento e foi encontrado na Tanz\u00e2nia, na \u00c1frica. Mas s\u00f3 restaram alguns ossos do animal, ent\u00e3o se sabe pouco sobre ele ou sua hist\u00f3ria. O grupo ao qual ele pertencia dominou a Terra por 165 milh\u00f5es de anos.<\/p>\nCavalos: <\/strong>O mam\u00edfero mais antigo que se parece com um cavalo \u00e9 o\u00a0Eohippus<\/em>, que foi encontrado na Am\u00e9rica do Norte, em locais como a bacia do rio Wind, nos Estados Unidos. Ele viveu h\u00e1 cerca de 52 milh\u00f5es de anos e tinha o tamanho de uma raposa. Mas cavalos de verdade s\u00f3 surgiram h\u00e1 cerca de 20 milh\u00f5es de anos, quando tinham o tamanho de p\u00f4neis.<\/p>\nHumanos: <\/strong>Depende do que voc\u00ea chama de humano. Mas se aplicamos esse conceito a esp\u00e9cies do grupo biol\u00f3gico\u00a0Homo<\/em>, o exemplar mais antigo \u00e9 um fragmento de mand\u00edbula achado na Eti\u00f3pia e que data de 2,8 a 2,75 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s.<\/p>\n \nO que a nova descoberta diz sobre essas fant\u00e1sticas criaturas?<\/h2>\n O corpo de uma cobra pode ser visto dentro de um peda\u00e7o de \u00e2mbar, composto de 97 v\u00e9rtebras, al\u00e9m das costelas. Curiosamente, a cabe\u00e7a da cobra n\u00e3o est\u00e1 ali.<\/p>\n
Os ossos foram analisados por meio de um poderoso equipamento de raios-X e comparado ao de cobras atuais. A anatomia aponta que a espinha dorsal de cobras mudou pouco em quase 100 milh\u00f5es de anos.<\/p>\n
Cientistas dizem que essa esp\u00e9cie de cobra pode ter sobrevivido por dezenas de milhares de anos em estado primitivo antes de ser extinta.<\/p>\nA cobra \u00e9 similiar em tamanho a esp\u00e9cies atuais como as 'Cylindrophiidae'<\/figcaption><\/figure>\nO que sabemos sobre onde a cobra vivia?<\/h2>\n Mianmar \u00e9 considerado um verdadeiro ba\u00fa de tesouros de f\u00f3sseis do per\u00edodo Cret\u00e1ceo, de entre 145 milh\u00f5es a 66 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s.<\/p>\n
Descobertas recentes incluem a cauda de um dinossauro com penas, um aracn\u00eddeo e uma s\u00e9rie de sapos pr\u00e9-hist\u00f3ricos.<\/p>\n
Fragmentos de plantas e insetos achados dentro do mesmo \u00e2mbar confirmam que a cobra vivia em florestas. Isso \u00e9 in\u00e9dito para essa \u00e9poca, j\u00e1 que os poucos f\u00f3sseis de cobras foram achados em rochas associadas a rios ou o mar.<\/p>\n
Ricardo P\u00e9rez-de la Fuente, do Museu de Hist\u00f3ria Natural da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que n\u00e3o tem liga\u00e7\u00e3o com a equipe por tr\u00e1s da descoberta, diz que ela “fornece dados preciosos sobre a evolu\u00e7\u00e3o e o desenvolvimento de cobras antigas”.<\/p>\nCriatura presa dentro do \u00e2mbar viveu na \u00e9poca em que os dinossauros ainda n\u00e3o haviam sido extintos<\/figcaption><\/figure>\nFonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
O f\u00f3ssil de uma cobra beb\u00ea recoberto por \u00e2mbar “incrivelmente raro”, segundo cientistas, foi descoberto em Mianmar. \n <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[3800,3801,3802],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/145132"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=145132"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/145132\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":145133,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/145132\/revisions\/145133"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=145132"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=145132"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=145132"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}