{"id":145386,"date":"2018-08-16T00:03:24","date_gmt":"2018-08-16T03:03:24","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=145386"},"modified":"2018-08-15T21:29:28","modified_gmt":"2018-08-16T00:29:28","slug":"as-7-cidades-mais-populosas-do-mundo-em-2100","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/08\/16\/145386-as-7-cidades-mais-populosas-do-mundo-em-2100.html","title":{"rendered":"As 7 cidades mais populosas do mundo em 2100"},"content":{"rendered":"
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\"Lagos
Segundo estudo, a cidade de Lagos, na Nig\u00e9ria, ser\u00e1 a mais populosa do mundo em 2100<\/figcaption><\/figure>\n

Apocal\u00edpticas ou dist\u00f3picas, submersas pelo mar ou cheias de carros voadores\u2026 n\u00e3o importa como voc\u00ea imagina os centros urbanos no futuro, mas o certo \u00e9 que a velocidade com que a popula\u00e7\u00e3o cresce em alguns deles vai mudar a geografia do planeta.<\/p>\n

Um estudo recente aponta que as regi\u00f5es metropolitanas que hoje s\u00e3o as mais populosas do mundo n\u00e3o devem permanecer no topo do ranking no ano de 2100. A proje\u00e7\u00e3o foi feita pelos pesquisadores Daniel Hoornweg, da Universidade de Ont\u00e1rio, no Canad\u00e1, e por Kevin Pope, da Universidade Memorial da Newfoundland, no mesmo pa\u00eds.<\/p>\n

T\u00f3quio, por exemplo, atualmente \u00e9 o centro metropolitano mais populoso do mundo, com 36 milh\u00f5es de habitantes. O estudo aponta que ela cair\u00e1 para a 28\u00ba coloca\u00e7\u00e3o nessa lista, com 26 milh\u00f5es de pessoas em 2100.<\/p>\n

\"T\u00c3\u00b3quio,
A regi\u00e3o metropolitana de T\u00f3quio \u00e9 hoje a mais populosa do mundo, com 36 milh\u00f5es de pessoas<\/figcaption><\/figure>\n

J\u00e1 a Cidade do M\u00e9xico, atualmente na segunda posi\u00e7\u00e3o, com pouco mais com 20 milh\u00f5es, deve ver sua popula\u00e7\u00e3o crescer em dois milh\u00f5es at\u00e9 2100, mas cair\u00e1 para a posi\u00e7\u00e3o 34, de acordo com as proje\u00e7\u00f5es feitas pelos dem\u00f3grafos canadenses.<\/p>\n

S\u00e3o Paulo, considerada a quinta maior regi\u00e3o metropolitana pelos pesquisadores, com 19,5 milh\u00f5es, despencaria para a 44\u00aa posi\u00e7\u00e3o, com uma popula\u00e7\u00e3o ligeiramente menor, de 19,1 milh\u00f5es.<\/p>\n

Assim, os primeiros lugares ser\u00e3o assumidos por cidades de pa\u00edses africanos – Lagos, na Nig\u00e9ria, Kinshasa, na Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo, e Dar es Salaam, na Tanz\u00e2nia -, rearranjo que deve provocar uma s\u00e9rie de mudan\u00e7as demogr\u00e1ficas, migrat\u00f3rias, socioecon\u00f4micas, pol\u00edticas e ambientais.<\/p>\n

Mumbai e Nova D\u00e9li, ambas na \u00cdndia, s\u00e3o as \u00fanicas que permanecem entre as sete maiores. A primeira, que hoje conta com 18,8 milh\u00f5es de habitantes, passaria do terceiro para o quarto lugar, enquanto Nova D\u00e9li, que soma 17 milh\u00f5es de pessoas, ganharia duas posi\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

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Regi\u00f5es metropolitanas mais populosas em 2100<\/th>\n(milh\u00f5es de habitantes)<\/th>\n<\/tr>\n
Lagos (Nig\u00e9ria)<\/td>\n88<\/td>\n<\/tr>\n
Kinshasa (Congo)<\/td>\n83<\/td>\n<\/tr>\n
Dar es Salaam (Tanz\u00e2nia)<\/td>\n73<\/td>\n<\/tr>\n
Mumbai (\u00cdndia)<\/td>\n67<\/td>\n<\/tr>\n
Nova D\u00e9li (\u00cdndia)<\/td>\n57<\/td>\n<\/tr>\n
Cartum (Sud\u00e3o)<\/td>\n56<\/td>\n<\/tr>\n
Niamey (N\u00edger)<\/td>\n56<\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n<\/div>\n

“O poderes econ\u00f4mico e pol\u00edtico seguem transitando pelas grandes cidades”, diz Daniel Hoornweg \u00e0 BBC News Mundo, servi\u00e7o da BBC em espanhol. “Essas megacidades fazem uma diferen\u00e7a gigantesca e desproporcional para as economias locais e global. Tamb\u00e9m influenciam a concentra\u00e7\u00e3o de riqueza e a polui\u00e7\u00e3o.”<\/p>\n

Os pesquisadores utilizaram como base de c\u00e1lculo os dados populacionais do Banco Mundial, de 2006. Os n\u00fameros divergem dos dados da ONU, que utiliza metodologia distinta em rela\u00e7\u00e3o ao ano base para o c\u00e1lculos – as Na\u00e7\u00f5es Unidas tamb\u00e9m t\u00eam uma defini\u00e7\u00e3o diferente para os limites geogr\u00e1ficos das cidades.<\/p>\n

Considerando estes diferentes crit\u00e9rios, a ONU publicou em relat\u00f3rio que tamb\u00e9m aponta T\u00f3quio como a cidade mais populosa do mundo, com 37 milh\u00f5es de habitantes, seguida por D\u00e9li (29 milh\u00f5es), e Xangai (26 milh\u00f5es).<\/p>\n

Nesse levantamento, as regi\u00f5es metropolitanas da Cidade do M\u00e9xico e de S\u00e3o Paulo v\u00eam logo atr\u00e1s, com 22 milh\u00f5es de pessoas cada uma.<\/p>\n

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Regi\u00f5es metropolitanas mais populosas em 2010<\/th>\n(milh\u00f5es de habitantes)<\/th>\n<\/tr>\n
T\u00f3quio (Jap\u00e3o)<\/td>\n36,1<\/td>\n<\/tr>\n
Cidade do M\u00e9xico (M\u00e9xico)<\/td>\n20,1<\/td>\n<\/tr>\n
Mumbai (\u00cdndia)<\/td>\n20<\/td>\n<\/tr>\n
Pequim (China)<\/td>\n19,6<\/td>\n<\/tr>\n
S\u00e3o Paulo (Brasil)<\/td>\n19,5<\/td>\n<\/tr>\n
Nova York (EUA)<\/td>\n19,4<\/td>\n<\/tr>\n
Nova D\u00e9li (\u00cdndia)<\/td>\n17<\/td>\n<\/tr>\n<\/tbody>\n<\/table>\n<\/div>\n

Mudan\u00e7a de tend\u00eancia<\/h2>\n
\"Cidades
Segundo proje\u00e7\u00f5es, a partir de 2030, as cidades chinesas devem diminuir sua popula\u00e7\u00e3o, enquanto as africanas v\u00e3o crescer mais rapidamente<\/figcaption><\/figure>\n

Historicamente, as maiores cidades do mundo t\u00eam desempenhado um papel-chave na economia, representando consider\u00e1veis parcelas de tudo que \u00e9 consumido e produzido nos pa\u00edses. No entanto, o futuro parece incerto. “Existe um temor de que as grandes cidades africanas possam ser uma exce\u00e7\u00e3o. Elas crescem em popula\u00e7\u00e3o, mas, em propor\u00e7\u00e3o, isso n\u00e3o acontece na economia”, diz Hoornweg.<\/p>\n

Se o crescimento n\u00e3o for equilibrado, pode haver riscos para a qualidade de vida dos habitantes.<\/p>\n

Acredita-se que, \u00e0 medida que este s\u00e9culo avance, pode ocorrer “uma mudan\u00e7a do poder pol\u00edtico para a \u00c1sia – primeiro para o leste e, em seguida, para o sul – e depois para a \u00c1frica”.<\/p>\n

O estudo estima que, at\u00e9 o ano de 2050, nenhuma cidade da China estar\u00e1 entre as dez mais populosas, e que S\u00e3o Paulo e Cidade do M\u00e9xico tamb\u00e9m devem deixar a lista.<\/p>\n

Mas por que o ranking muda?<\/h2>\n

“Todos os pa\u00edses atingem um teto de crescimento populacional, que \u00e9 uma rela\u00e7\u00e3o entre taxa de nascimento, mortalidade e migra\u00e7\u00e3o”, diz Hoornweg.<\/p>\n

“Nesse momento, R\u00fassia e Jap\u00e3o est\u00e3o acima desse teto, e isso traz consequ\u00eancias. A China, por outro lado, come\u00e7ar\u00e1 a declinar rapidamente em termos demogr\u00e1ficos a partir de 2030. A Am\u00e9rica Latina passar\u00e1 por fen\u00f4meno parecido, mas mais lentamente”, afirma.<\/p>\n

\"Metr\u00c3\u00b4
Muitas cidades n\u00e3o est\u00e3o preparadas em termos de infraestrutura para o futuro crescimento populacional<\/figcaption><\/figure>\n

O desafio das cidades sustent\u00e1veis<\/span><\/p>\n

Os pesquisadores advertem que as regi\u00f5es metropolitanas com mais 50 milh\u00f5es de pessoas ser\u00e3o um desafio monumental para os governos, pois servi\u00e7os b\u00e1sicos como saneamento, educa\u00e7\u00e3o e sa\u00fade p\u00fablica precisar\u00e3o ser ampliados exponencialmente.<\/p>\n

Projetos de infraestrutura, como estradas e sistemas de trem e metr\u00f4, tamb\u00e9m podem levar d\u00e9cadas para serem finalizados – normalmente, eles crescem em ritmo mais lento que as taxas populacionais.<\/p>\n

O crescimento urbano tamb\u00e9m pode influenciar mudan\u00e7as clim\u00e1ticas. Das 101 megacidades analisadas, 47 ficam em zonas costeiras, incluindo Lagos, Dar es Salaam e Mumbai, tida como as maiores do futuro. Estudos apontam que o n\u00edvel do mar pode subir e cobrir parte do territ\u00f3rio desses centros urbanos.<\/p>\n

J\u00e1 que muitas cidades do sul da \u00c1sia e da \u00c1frica v\u00e3o assumir as primeiras posi\u00e7\u00f5es da lista, as megal\u00f3poles que hoje est\u00e3o no topo v\u00e3o perder esse “status”. Contudo, as proje\u00e7\u00f5es populacionais podem variar conforme taxas de urbaniza\u00e7\u00e3o, mudan\u00e7as socioecon\u00f4micas, disponibilidade de recursos, sustentabilidade, conflitos e guerras, al\u00e9m de poss\u00edveis desastres naturais e clim\u00e1ticos.<\/p>\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"