{"id":146245,"date":"2018-09-13T06:47:00","date_gmt":"2018-09-13T09:47:00","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=146245"},"modified":"2018-09-12T21:50:09","modified_gmt":"2018-09-13T00:50:09","slug":"a-planta-que-sangra-metal-e-que-pode-ajudar-a-limpar-solos-contaminados","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/09\/13\/146245-a-planta-que-sangra-metal-e-que-pode-ajudar-a-limpar-solos-contaminados.html","title":{"rendered":"A planta que ‘sangra’ metal e que pode ajudar a limpar solos contaminados"},"content":{"rendered":"
\"Pesquisadores
Pesquisadores descobriram que \u00e1rvore do Pac\u00edfico Sul tem 25% de n\u00edquel em sua composi\u00e7\u00e3o \u2014 Foto: Antony van der Ent<\/figcaption><\/figure>\n
\n

Metais pesados \u200b\u200bcomo o n\u00edquel e o zinco s\u00e3o geralmente a \u00faltima coisa que as plantas querem encontrar, especialmente em altas concentra\u00e7\u00f5es, no local em que crescem.<\/p>\n<\/div>\n

\n
\n

O grupo das “hiperacumuladoras”, contudo, conseguiu, atrav\u00e9s da evolu\u00e7\u00e3o, passar a absorver elementos normalmente t\u00f3xicos em seus caules, folhas e at\u00e9 sementes.<\/p>\n<\/div>\n

\n

Pesquisadores v\u00eam estudando uma em particular, a\u00a0Pycnandra acuminata<\/em>\u00a0\u2013 que cresce na ilha de Nova Caled\u00f4nia, no sul do Pac\u00edfico \u2013, para entender como ela funciona e possivelmente us\u00e1-la para limpar solos contaminados ou permitir que terras pobres em nutrientes voltem a ser f\u00e9rteis.<\/p>\n<\/div>\n

\n

Seu l\u00e1tex tem uma cor azul-esverdeada ex\u00f3tica e uma concentra\u00e7\u00e3o de at\u00e9 25% de n\u00edquel. Os cientistas acreditam que o metal pode ser \u00fatil para a planta, que o usaria para se defender de insetos.<\/p>\n<\/div>\n

\n
\n
\n
\"De
De acordo com pesquisadores, a \u00e1rvore, que pode chegar a 20 metros de altura, est\u00e1 amea\u00e7ada pelo desmatamento \u2014 Foto: Getty Images via BBC<\/figcaption><\/figure>\n
\n

“A\u00a0Pycnandra acuminata<\/em>\u00a0\u00e9 uma \u00e1rvore rara de floresta tropical de grande porte, que pode chegar a at\u00e9 20 metros de altura”, diz o pesquisador Antony van der Ent, da Universidade de Queensland, na Austr\u00e1lia, que estuda a planta.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

\n

“Como objeto de estudo, ela \u00e9 um desafio, porque cresce muito lentamente e leva d\u00e9cadas para produzir flores e sementes. Est\u00e1 amea\u00e7ada pelo desmatamento, resultado de atividades de minera\u00e7\u00e3o e queimadas”, disse ele \u00e0 BBC.<\/p>\n<\/div>\n

\n

A afinidade incomum do arbusto com o n\u00edquel foi identificada pela primeira vez na d\u00e9cada de 1970, e desde ent\u00e3o a pesquisa sobre as plantas hiperacumuladoras s\u00f3 se expandiu.<\/p>\n<\/div>\n

\n
\n

Olhando para dentro<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
\n

Como explicar o que est\u00e1 acontecendo dentro dessas plantas?<\/p>\n<\/div>\n

\n

Para responder essa pergunta, a\u00a0Pycnandra acuminata<\/em>\u00a0e outras hiperacumuladoras foram analisadas \u200b\u200bem Hamburgo em um aparelho de luz s\u00edncrotron DESY, que usa um tipo especial de radia\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

\"Pesquisadores
Pesquisadores usaram luz s\u00edncrotron, criada por um acelerador de part\u00edculas, para analisar estrutura da \u00e1rvore \u2014 Foto: Antony van der Ent<\/figcaption><\/figure>\n
\n

“Se voc\u00ea usa um microsc\u00f3pio convencional, pode ver estruturas, mas n\u00e3o pode realmente dizer do que elas s\u00e3o feitas”, explica Kathryn Spiers, que tamb\u00e9m estuda a Pycnandra.<\/p>\n<\/div>\n

\n

Spires usou uma t\u00e9cnica que permite que a amostra seja fotografada e girada muito rapidamente, antes de ser destru\u00edda pelo feixe de raios-X.<\/p>\n<\/div>\n

\n

“No s\u00edncrotron, a fonte de luz \u00e9 muito brilhante, e nosso detector, muito r\u00e1pido. Isso significa que voc\u00ea pode escanear a amostra antes que ela desapare\u00e7a. Voc\u00ea v\u00ea que foi literalmente feito um buraco nela.”<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

\n

Fazendo isso sucessivas vezes, os pesquisadores podem ent\u00e3o montar uma imagem completa da amostra da planta, com seus diferentes componentes vis\u00edveis.<\/p>\n<\/div>\n

\n
\n

Usos futuros<\/h2>\n<\/div>\n<\/div>\n
\n

Os cientistas ainda est\u00e3o investigando por que essas plantas em particular evolu\u00edram dessa maneira e passaram a conseguir se desenvolver em condi\u00e7\u00f5es t\u00e3o adversas. Provavelmente, dizem, o processo n\u00e3o se deve \u00e0 interfer\u00eancia humana no meio ambiente.<\/p>\n<\/div>\n

\n

“A evolu\u00e7\u00e3o da hiperacumula\u00e7\u00e3o aconteceu em diversas etapas e em fam\u00edlias muito diferentes, no decorrer de milh\u00f5es de anos, provavelmente. Estas plantas s\u00e3o encontradas em solos naturalmente enriquecidos com metais”, diz van der Ent.<\/p><\/blockquote>\n<\/div>\n

\n

Alguns cientistas est\u00e3o esperan\u00e7osos, contudo, de que as hiperacumuladoras possam ser usadas \u200b\u200bpara “limpar” os solos em que h\u00e1 ac\u00famulo de material t\u00f3xico devido \u00e0 atividade humana.<\/p>\n<\/div>\n

\n

Outra poss\u00edvel aplica\u00e7\u00e3o \u00e9 a chamada fito-minera\u00e7\u00e3o – neste caso, a plantas hiperacumuladoras seriam usadas em solos pobres em nutrientes, mas ricos em metais, para extrair esses elementos e permitir, por exemplo, que o solo fique mais f\u00e9rtil para a agricultura.<\/p>\n

\"Esp\u00c3\u00a9cie
Esp\u00e9cie teria evolu\u00eddo durante milh\u00f5es de anos \u2014 Foto: Antony van der Ent<\/figcaption><\/figure>\n

Fonte: BBC<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Encontrada em ilha no Pac\u00edfico Sul, Pycnandra acuminata tem 25% de n\u00edquel em seu l\u00e1tex, que tem uma ex\u00f3tica cor azul-esverdeada. Ela faz parte do grupo das ‘hiperacumuladoras’, uma esperan\u00e7a na luta pela preserva\u00e7\u00e3o do meio ambiente. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":146247,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[313,362,1245],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/146245"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=146245"}],"version-history":[{"count":3,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/146245\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":146248,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/146245\/revisions\/146248"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/146247"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=146245"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=146245"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=146245"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}