{"id":146380,"date":"2018-09-17T00:02:58","date_gmt":"2018-09-17T03:02:58","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=146380"},"modified":"2018-09-16T20:02:08","modified_gmt":"2018-09-16T23:02:08","slug":"a-escala-das-picadas-mais-dolorosas-de-insetos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/09\/17\/146380-a-escala-das-picadas-mais-dolorosas-de-insetos.html","title":{"rendered":"A escala das picadas mais dolorosas de insetos"},"content":{"rendered":"

\"03<\/p>\n

Ser picado por\u00a0uma abelha ou uma formiga \u00e9 sempre desagrad\u00e1vel, mas a dor pode variar \u2013\u00a0e muito. O que nem todos sabem \u00e9\u00a0que essas dores tamb\u00e9m podem ser classificadas numa escala, conhecida como \u00cdndice Schmidt de Dores de Picadas, em homenagem ao seu criador, o\u00a0entom\u00f3logo americano Justin Schmidt.<\/p>\n

Ele \u00e9 pesquisador no Southwest Biological Institute (SBSC), no Arizona, onde\u00a0estuda os mecanismos de defesa qu\u00edmicos de formigas, abelhas e vespas. Trata-se de uma atividade dolorosa, pois, durante suas pesquisas, Schmidt\u00a0foi picado por cerca de 150 tipos de insetos.<\/p>\n

Para manter uma vis\u00e3o geral, j\u00e1 nos anos 1960 ele come\u00e7ou\u00a0a categorizar as diferentes picadas pela intensidade da dor, e passou a registrar a dura\u00e7\u00e3o exata e a intensidade de cada uma delas, o que foi feito numa forma bastante peculiar e divertida.<\/p>\n

Em 2015, Schmidt recebeu o pr\u00eamio Ig Nobel pelo seu empenho e dedica\u00e7\u00e3o \u00e0 ci\u00eancia, o que chamou a aten\u00e7\u00e3o para as suas pesquisas.<\/p>\n

Primeiro n\u00edvel de dor<\/strong><\/p>\n

S\u00f3 os fracos choram por causa dessas picadas. Dores de primeiro n\u00edvel passam em cinco minutos e sua intensidade \u00e9 m\u00ednima. Um exemplo s\u00e3o as picadas das abelhas da esp\u00e9cie\u00a0anthophora<\/em>.<\/p>\n

\"Auenbuckelbiene\"
A picada da sphecodes albilabris causa pouca dor<\/figcaption><\/figure>\n

Mesmo assim, nem todo mundo vai concordar com a descri\u00e7\u00e3o de Schmidt, que qualifica essa ferroada de\u00a0“quase agrad\u00e1vel” e a compara\u00a0\u00e0\u00a0mordiscada um pouco mais forte de um namorado ou namorada no l\u00f3bulo de uma orelha.<\/p>\n

Tamb\u00e9m po\u00e9tica \u00e9 a descri\u00e7\u00e3o da picada da abelha\u00a0sphecodes albilabris<\/em>. Segundo Schmidt, ela seria uma picada “leve, ef\u00eamera, quase frutada, como se um fa\u00edsca min\u00fascula queimasse um \u00fanico pelo do bra\u00e7o”.<\/p>\n

Segundo n\u00edvel de dor<\/strong><\/p>\n

Aqui a coisa come\u00e7a a ficar desagrad\u00e1vel. Picadas e ferroadas de segundo n\u00edvel persistem de 5 a 10 minutos. Nesse n\u00edvel est\u00e3o classificadas a maioria das picadas da ordem\u00a0hymenopteras<\/em>, que inclui as vespas. Schmidt descreve essas picadas como “densas, vigorosas e quentes”.<\/p>\n

A picada da abelha-comum recebe palavras menos elogiosas e se parece com “a cabe\u00e7a de um f\u00f3sforo que est\u00e1 queimando na pele”.<\/p>\n

Terceiro n\u00edvel de dor<\/strong><\/p>\n

\"Tarantula
Esta vespa se chama pepsis formosa ou pepsis grossa e se alimenta de tar\u00e2ntulas<\/figcaption><\/figure>\n

O ponto cr\u00edtico se aproxima. A partir deste n\u00edvel, as picadas doem\u00a0muito, e por at\u00e9 30 minutos. “C\u00e1ustica, ardente e impiedosa, como se algu\u00e9m usasse uma furadeira para cortar uma unha encravada ou\u00a0jogasse um copo de \u00e1cido clor\u00eddrico num\u00a0corte da pele”\u00a0\u2013 assim o Justin Schmidt descreve a picada das vespas conhecidas como formiga-feiticeira ou formiga aveludada.<\/p>\n

Quarto n\u00edvel de dor<\/strong><\/p>\n

O topo da classifica\u00e7\u00e3o. S\u00f3 picadas brutais e\u00a0que causam dores paralisantes\u00a0pertencem a essa categoria. A\u00a0pepsis grossa<\/em>\u00a0ou\u00a0pepsis formosa<\/em>, uma vespa que ca\u00e7a tar\u00e2ntulas, tem a honra de pertencer a esse grupo especial.<\/p>\n

Segundo Schmidt, a picada dela \u00e9 “virulenta, cegante, horrivelmente el\u00e9trica, como se algu\u00e9m jogasse um secador de cabelo ligado no seu\u00a0banho de espuma.” Pelo menos a dor\u00a0passa depois de cinco \u2013 certamente longos \u2013 minutos.<\/p>\n

\"Tropische
A sua picada \u00e9 a pior: a formiga-cabo-verde<\/figcaption><\/figure>\n

J\u00e1 a\u00a0formiga-cabo-verde, tamb\u00e9m conhecida como tocandira, nan\u00e1, saracutinga e formig\u00e3o-preto, \u00e9 um caso \u00e0 parte \u2013 ela \u00e9 a rainha de todas as dores. A sua picada tortura a v\u00edtima por at\u00e9 24 horas com “uma dor pura, intensa e irradiante, como se algu\u00e9m corresse em cima da brasa ardente\u00a0com um prego enferrujado de 7 cm enfiado no calcanhar”. O nome ingl\u00eas dessa esp\u00e9cie \u00e9\u00a0bullet ant<\/em>, ou “formiga-bala-de-rev\u00f3lver”, uma compara\u00e7\u00e3o que j\u00e1 diz\u00a0tudo.<\/p>\n

Avalia\u00e7\u00f5es de dores podem at\u00e9 ser subjetivas, mas Schmidt n\u00e3o \u00e9 o \u00fanico a categorizar picadas de insetos. O entom\u00f3logo Christopher K. Starr tamb\u00e9m desenvolveu uma escala de dor nos anos 1980. O resultado: Starr e Schmidt identificam as mesmas picadas de insetos como as mais dolorosas.<\/p>\n

Para quem foi picado ou tomou uma ferroada \u2013 e, mais do que saber a qual categoria ela pertence, quer que ela passe logo \u2013\u00a0os especialistas t\u00eam uma dica:\u00a0pense em alguma outra coisa. Pesquisas j\u00e1 mostraram que, quanto mais uma pessoa se concentra numa dor, mais essa dor d\u00f3i.<\/p>\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

\u00cdndice Schmidt leva em conta a dura\u00e7\u00e3o e a intensidade para criar escala de dores para picadas de abelhas, formigas e vespas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":146383,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[392,36,1480,384],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/146380"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=146380"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/146380\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":146381,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/146380\/revisions\/146381"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/146383"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=146380"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=146380"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=146380"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}