{"id":147199,"date":"2018-10-04T15:05:30","date_gmt":"2018-10-04T18:05:30","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=147199"},"modified":"2018-10-04T15:05:56","modified_gmt":"2018-10-04T18:05:56","slug":"floresta-colombiana-esta-aberta-para-exploracao","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/10\/04\/147199-floresta-colombiana-esta-aberta-para-exploracao.html","title":{"rendered":"Ap\u00f3s d\u00e9cadas nas m\u00e3os das FARC, floresta colombiana est\u00e1 aberta para explora\u00e7\u00e3o"},"content":{"rendered":"
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Uma equipe de cientistas procura por corujas em uma floresta remota da Col\u00f4mbia, que s\u00f3 p\u00f4de ser averiguada ap\u00f3s anos de conflito. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n

MUNIC\u00cdPIO DE ANOR\u00cd, COL\u00d4MBIA<\/strong>\u00a0Isolados de todos por mais de 40 anos, a n\u00e3o ser de um pequeno grupo de guerrilheiros armados, 520 quil\u00f4metros quadrados de algumas das mais ricas florestas tropicais do planeta foram recentemente abertos para que uma pequena por\u00e7\u00e3o de visitantes sortudos realizassem o levantamento da biodiversidade local.<\/p>\n

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Um helic\u00f3ptero da ONU decola de um acampamento anteriormente utilizado por rebeldes das FARC, alguns dos quais est\u00e3o levando cientistas at\u00e9 a floresta. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n

A expedi\u00e7\u00e3o aconteceu no munic\u00edpio rural de Anor\u00ed, quase 130 quil\u00f4metros ao nordeste da segunda maior cidade da Col\u00f4mbia,\u00a0Medell\u00edn. Ela reuniu uma equipe de guerrilheiros desmobilizados das For\u00e7as Armadas Revolucion\u00e1rias da Col\u00f4mbia (Farc), pesquisadores universit\u00e1rios, pacificadores da ONU e membros da comunidade local.<\/p>\n

O plano? Realizar o levantamento em uma floresta tropical de esp\u00e9cies de plantas, aves, mam\u00edferos, insetos, r\u00e9pteis e anf\u00edbios que, at\u00e9 2017 e, em alguns aspectos, at\u00e9 hoje, \u00e9 praticamente inacess\u00edvel para o mundo exterior.<\/p>\n

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Bi\u00f3logos examinam uma esp\u00e9cie de tar\u00e2ntula colombiana que encontraram, a Xenesthis immanis. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n
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A esp\u00e9cie colombiana \u00e9 uma grande tar\u00e2ntula com uma popula\u00e7\u00e3o que \u00e9 pouco conhecida. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n
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Juan Fernando Diaz, especialista em mam\u00edferos e l\u00edder da expedi\u00e7\u00e3o, retira cuidadosamente um morcego da rede com a ajuda de dois ex-rebeldes das FARC. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n
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Os morcegos s\u00e3o alguns dos mam\u00edferos menos compreendidos, mas exercem fun\u00e7\u00f5es vitais em seus ecossistemas. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n
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Juan Camilo Arredondo, herpetologista da expedi\u00e7\u00e3o, examina um pequeno sapo que ele acredita ser da fam\u00edlia Centrolenidae, mas que requer mais pesquisas. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n
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Cientistas fotografam uma Xenodon rabdocephalus, ou falsa fer-de-lance, uma cobra opist\u00f3glifa venenosa. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n
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A Bothrops punctatus \u00e9 uma esp\u00e9cie de crotal\u00ednea venenosa. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n
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Cientistas capturaram este grilo, da fam\u00edlia Tettigoniidae, em seu per\u00edodo de muda. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n

A\u00a0Col\u00f4mbia\u00a0apresenta o segundo maior \u00edndice de biodiversidade do mundo, atr\u00e1s apenas do Brasil. E o munic\u00edpio de Anor\u00ed se encontra em meio a dois polos de biodiversidade.<\/p>\n

\u201cEm termos de biodiversidade, estamos em um lugar espetacular. Quando observamos o mapa da biodiversidade da Col\u00f4mbia, vemos que h\u00e1 dois lugares que se destacam: os Andes e a regi\u00e3o de Choc\u00f3, no Pac\u00edfico\u201d, diz o professor de biologia Juan Fernando Diaz. \u201cAnor\u00ed fica localizado exatamente onde os dois se encontram\u201d, ele diz, o que foi conveniente para a localiza\u00e7\u00e3o de muitas esp\u00e9cies, sendo algumas delas possivelmente novas.<\/p>\n

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Dois bi\u00f3logos da equipe cruzam o rio em tirolesas utilizadas pelos agricultores todos os dias. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n

A conserva\u00e7\u00e3o deste \u201cmilagre da biodiversidade\u201d foi uma consequ\u00eancia acidental resultante dos conflitos armados com o maior e mais antigo grupo de guerrilha da Am\u00e9rica Latina, diz Carlos Ivan Lopera, coordenador regional do Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).<\/p>\n

Desde a d\u00e9cada de 1970, o conflito entre rebeldes esquerdistas, paramilitares de direita e autoridades do estado j\u00e1 matou mais de 260 mil pessoas, com 83 mil ainda desaparecidas e 7,4 milh\u00f5es for\u00e7adas a sa\u00edrem de suas casas. A situa\u00e7\u00e3o tornou imposs\u00edvel para bi\u00f3logos visitarem a \u00e1rea e realizarem o levantamento das esp\u00e9cies da regi\u00e3o. Mas um hist\u00f3rico acordo de paz em 2016 permitiu que membros desmobilizados das Farc\u00a0levassem grupos seletos \u00e0s florestas remotas, disse Lopera.<\/p>\n

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Carolina Velez, uma entomologista da expedi\u00e7\u00e3o, examina uma brilhante borboleta azul conhecida como Morpho helenor peleides. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n
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Cientistas utilizam armadilhas como esta para capturar borboletas para pesquisa. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n
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Um Machaeropterus regulus, ou tangar\u00e1-rajado (esquerda), e um Ceratopipra erythrocephala, tamb\u00e9m conhecido como cabe\u00e7a-de-ouro, pousam na m\u00e3o de um pesquisador. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n
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A ornit\u00f3loga Maria Isabel Casta\u00f1o trabalha em uma esta\u00e7\u00e3o para p\u00e1ssaros improvisada no meio da floresta. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n

A presen\u00e7a das Farc\u00a0em Anor\u00ed impediu o desenvolvimento em larga escala, mas impediu tamb\u00e9m uma desenfreada destrui\u00e7\u00e3o ambiental.<\/p>\n

\u201cO foco desta expedi\u00e7\u00e3o \u00e9 desvendar a riqueza natural de tesouros da biodiversidade que n\u00e3o foram explorados por agentes institucionais e cientistas como consequ\u00eancia do conflito armado na Col\u00f4mbia\u201d diz Lopera. \u201cSem o acordo de paz e a colabora\u00e7\u00e3o com os ex-combatentes, sinceramente, esta miss\u00e3o n\u00e3o seria poss\u00edvel\u201d.<\/p><\/blockquote>\n

A expedi\u00e7\u00e3o \u00e9 uma entre outras 20 promovidas pelo governo colombiano atrav\u00e9s do programa Col\u00f4mbia Bio, cujo objetivo \u00e9 promover a conscientiza\u00e7\u00e3o e o melhor entendimento da biodiversidade e recursos naturais do pa\u00eds. Outro objetivo \u00e9 o uso sustent\u00e1vel de tais recursos atrav\u00e9s da ci\u00eancia, tecnologia e inova\u00e7\u00e3o, principalmente em \u00e1reas que, como Anor\u00ed, mantiveram-se isoladas durante o conflito colombiano.<\/p>\n

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Um \u00f4nibus rural chamado “Chiva” transporta os pesquisadores e ex-rebeldes das FARC de Anor\u00ed para La Tirana, onde iniciaram a jornada. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n

Dentro da floresta<\/strong><\/h3>\n

A equipe de pesquisa partiu de um acampamento monitorado pela ONU chamado La Plancha em um \u00f4nibus Chiva, e passou por casebres de madeira pichados com mensagens que sinalizavam que um grupo rebelde ainda se mantinha ativo na regi\u00e3o: \u201cELN 52 anos de luta… bem-vindos\u201d. O Ex\u00e9rcito de Liberta\u00e7\u00e3o Nacional (ELN), o \u00faltimo grupo de guerrilha que restou na Col\u00f4mbia, vem conduzindo negocia\u00e7\u00f5es de paz com o governo pelos \u00faltimos 18 meses em Havana, Cuba.<\/p>\n

Ap\u00f3s quatro horas em uma estrada estreita e n\u00e3o pavimentada, a primeira parada foi no vilarejo de La Tirana. O presidente do conselho municipal Ricardo Su\u00e1rez (que teve seu nome trocado para proteger sua identidade) explicou que a economia local baseia-se na pecu\u00e1ria e na minera\u00e7\u00e3o do ouro, boa parte dele ilegal. Ambas as ind\u00fastrias exercem press\u00e3o intensa no ecossistema da floresta.<\/p>\n

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Uma mula chega ao acampamento com o equipamento para a expedi\u00e7\u00e3o. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n

Ningu\u00e9m gosta que tiremos as colheres de suas bocas\u201d diz Su\u00e1rez. \u201cSeria muito f\u00e1cil me imaginar sendo amea\u00e7ado, ferido ou expulso caso me pronunciasse contra a destrui\u00e7\u00e3o\u201d.<\/p>\n

Conforme um relat\u00f3rio da organiza\u00e7\u00e3o sem fins lucrativos\u00a0Global Witness, a Col\u00f4mbia \u00e9 o terceiro pa\u00eds mais perigoso do mundo para ativistas ambientais, com pelo menos 30 assassinatos apenas em 2017.<\/p>\n

Alguns dias depois, a equipe finalmente obteve permiss\u00e3o para entrar na floresta, onde queriam realizar a pesquisa, e partiram na companhia de mulas completamente carregadas.<\/p>\n

Estradas cobertas de pedras atravessavam vales profundos e subiam trechos quase verticais, enterrados em uma lama espessa. Cinco horas de caminhada levaram a equipe at\u00e9 seu acampamento, preparado pelo residente Obed Quiroz.<\/p>\n

\u201cVejam o que trouxemos ontem\u201d disse Quiroz, apontando na dire\u00e7\u00e3o de uma folha de palmeira de tons prateados com folhas em forma de l\u00e2minas que radiavam do centro em c\u00edrculo.<\/p>\n

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Jorge Blanco Escobar prepara seu equipamento dentro de sua tenda no acampamento da expedi\u00e7\u00e3o. Blanco Escobar \u00e9 um agricultor de Solano e faz parte de uma equipe de guias locais que auxiliam a expedi\u00e7\u00e3o pela selva inexplorada. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n

Dino Tuberquia, professor de biologia da Universidade CES, em Medell\u00edn, explicou que a planta seria provavelmente a primeira evid\u00eancia de uma palmeira\u00a0Chelyocarpus dianeurus<\/em>\u00a0na regi\u00e3o, e poderia at\u00e9 mesmo ser uma nova esp\u00e9cie. A palmeira pode crescer at\u00e9 seis metros de altura com enormes folhas circulares que chegam a dois metros de di\u00e2metro. A \u00e1rvore era conhecida por crescer apenas em uma pequena parte da costa do Pac\u00edfico na Col\u00f4mbia.<\/p>\n

Quiroz, que foi criado na regi\u00e3o por seus av\u00f3s, disse que sempre teve um relacionamento especial com as palmeiras.<\/p>\n

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Obed Quiroz (esquerda) e Lina Bolivar (direita), que fazem parte da equipe de bot\u00e2nicos, dizem que estas folhas se assemelham \u00e0 Chelyocarpus dianeurus, mas apresentam diferen\u00e7as morfol\u00f3gicas significativas, sugerindo que podem vir de uma nova esp\u00e9cie. A equipe acredita ter encontrado pelo menos cinco novas esp\u00e9cies de plantas na expedi\u00e7\u00e3o, mas s\u00e3o necess\u00e1rias mais pesquisas para confirmar. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n

\u201cNossa sobreviv\u00eancia dependia delas\u201d disse Quiroz. \u201cFaz\u00edamos vassouras diretamente das \u00e1rvores e, com isso, \u00e9ramos capazes de comprar comida e roupas\u201d.<\/p><\/blockquote>\n

Quiroz migrou para a extra\u00e7\u00e3o do ouro, mas gostaria de voltar para a floresta. \u201cQuando meu av\u00f4 morreu, meu trabalho com as palmeiras acabou\u201d ele disse. \u201cEu gostaria de voltar a trabalhar com as palmeiras, mas desta vez para proteg\u00ea-las e conserv\u00e1-las para as gera\u00e7\u00f5es futuras\u201d.<\/p>\n

A equipe bot\u00e2nica encontrou uma esp\u00e9cie de palmeira criticamente amea\u00e7ada (Ceroxylon sasaimae<\/em>) na regi\u00e3o pesquisada. A esp\u00e9cie ic\u00f4nica havia sido redescoberta na natureza apenas em 2011, e acredita-se que n\u00e3o haja mais que 200 delas em todo o planeta.<\/p>\n

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A admir\u00e1vel flor pertence a uma vinha chamada Thoracocarpus bissectus. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n
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Durante a viagem, a equipe de pesquisa tamb\u00e9m identificou um camundongo arbor\u00edcola, dois tipos de palmeiras flor\u00edferas e uma esp\u00e9cie de orqu\u00eddea. Algumas das descobertas podem ser in\u00e9ditas para a ci\u00eancia.<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n

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Um cientista da equipe procura por vida silvestre na copa das \u00e1rvores. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n

De olho no futuro<\/strong><\/h3>\n

A ex-combatente das Farc\u00a0Olga Torres, com nome de guerra Monica, diz que espera que as descobertas cient\u00edficas levem a benef\u00edcios a longo prazo para as florestas, os ex-combatentes e a comunidade. Torres imagina que, algum dia, os nativos poder\u00e3o desenvolver projetos de turismo cient\u00edfico, jardins bot\u00e2nicos, ou um viveiro de plantas para esp\u00e9cies raras locais, que poderiam ser vendidas para colecionadores.<\/p>\n

\u201cO estado ter\u00e1 de fazer sua parte na conserva\u00e7\u00e3o desta floresta, mas n\u00e3o atrav\u00e9s de medidas repressivas, como a retirada for\u00e7ada de mineradores ilegais\u201d diz Torres.<\/p>\n

\u201cA \u00fanica maneira de alcan\u00e7armos isso ser\u00e1 trabalhando unidos para estabelecer uma nova estrutura pol\u00edtica e econ\u00f4mica que nos permita colocar comida na mesa sem derrubar a floresta\u201d.<\/p><\/blockquote>\n

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Esta parte da Col\u00f4mbia \u00e9 uma das regi\u00f5es mais ricas em esp\u00e9cies do mundo. Os nativos esperam que seus tesouros naturais sejam protegidos enquanto surgem novas oportunidades econ\u00f4micas para os habitantes da regi\u00e3o, como o turismo e viveiros de plantas. (Foto de Frederico Rios, National Geographic)<\/figcaption><\/figure>\n

Fonte:\u00a0Taran Volckhausen – National Geographic<\/span><\/p>\n

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Fotos de\u00a0Federico Rios<\/span><\/div>\n<\/div>\n
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Cientistas encontraram esp\u00e9cies raras, e provavelmente novas, enquanto eram guiados por regi\u00f5es remotas da Col\u00f4mbia por ex-rebeldes das FARC. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":147201,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[738,509,276,461],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/147199"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=147199"}],"version-history":[{"count":4,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/147199\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":147204,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/147199\/revisions\/147204"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/147201"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=147199"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=147199"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=147199"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}