{"id":147586,"date":"2018-10-16T02:13:20","date_gmt":"2018-10-16T05:13:20","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=147586"},"modified":"2018-10-15T23:13:45","modified_gmt":"2018-10-16T02:13:45","slug":"abelhas-ficam-paradas-durante-um-eclipse-solar-total-diz-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/10\/16\/147586-abelhas-ficam-paradas-durante-um-eclipse-solar-total-diz-estudo.html","title":{"rendered":"Abelhas ficam paradas durante um eclipse solar total, diz estudo"},"content":{"rendered":"
\"Abelha-europeia
ABELHA-EUROPEIA (APIS MELLIFERA), UMA DAS MAIS COMUNS NESTA PESQUISA (FOTO: RICHARD BARTZ, MUNICH MAKRO FREAK & BEEMASTER HUBERT SEIBRING\/WIKIMEDIA COMMONS)<\/figcaption><\/figure>\n

D<\/span>urante um eclipse solar total, as abelhas param de voar e ficam completamente em sil\u00eancio, segundo nova pesquisa da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos. Mais de 400 cientistas analisaram o comportamento do inseto no\u00a0eclipse solar total de 21 de agosto de 2017, vis\u00edvel na Am\u00e9rica do Norte.<\/p>\n

Foram instaladas 16 esta\u00e7\u00f5es de monitoramento ac\u00fastico nos estados de Oregon, Idaho e Missouri, usadas para ouvir e registrar qualquer zumbido de abelhas. O sistema, recentemente testado em campo pela bi\u00f3loga Candace Galen, para registrar a atividade de poliniza\u00e7\u00e3o atrav\u00e9s da escuta de sons do inseto, consistia em pequenos microfones USB.<\/p>\n

Estes foram pendurados em \u00e1reas afastadas do tr\u00e1fego de pedestres, com altos n\u00edveis de atividade de poliniza\u00e7\u00e3o por abelhas, ao lado de sensores de luz e de temperatura em alguns locais.<\/p>\n

“Parecia o ajuste perfeito”, disse Galen. “Os min\u00fasculos microfones e sensores de temperatura puderam ser colocados perto de flores horas antes do eclipse.”<\/p><\/blockquote>\n

Quando o fen\u00f4meno acabou, os aparelhos foram devolvidos ao laborat\u00f3rio de Galen, onde os dados dos zumbidos coincidiam com o tempo do eclipse. Embora n\u00e3o houvesse maneira de saber quais esp\u00e9cies de abelhas estavam zumbindo, as mais comuns nas \u00e1reas eram zang\u00f5es do g\u00eanero Bombus e abelhas-europeias (Apis mellifera).<\/p>\n

“N\u00f3s antecipamos, com base em alguns relatos na literatura, que a atividade das abelhas diminuiria conforme a luz ca\u00edsse durante o eclipse e atingisse o m\u00ednimo da sua totalidade”, afirmou Galen. “Mas n\u00e3o esper\u00e1vamos que a mudan\u00e7a fosse t\u00e3o abrupta, que as abelhas continuassem voando at\u00e9 a totalidade e ent\u00e3o parassem completamente. Isso nos surpreendeu.”<\/p><\/blockquote>\n

Em todos os 16 locais, apenas um zumbido de abelha foi registrado durante a totalidade do eclipse. As abelhas voaram por mais tempo, o que Galen interpretou como uma velocidade de v\u00f4o mais lenta. \u00c9 uma explica\u00e7\u00e3o prov\u00e1vel, visto que este inseto tende a voar mais devagar ao anoitecer enquanto retorna \u00e0 colmeia.<\/p>\n

De acordo com o portal\u00a0Science Alert<\/em>, o\u00a0estudo, publicado na revista\u00a0Annals of the Entomological Society of America<\/em>, tamb\u00e9m diz algo novo sobre a maneira como as abelhas operam.<\/p>\n

“O eclipse nos deu a oportunidade de perguntar se o novo contexto ambiental, meio c\u00e9u\u00a0 aberto, alteraria a resposta comportamental das abelhas \u00e0 pouca luz”, falou Galen. “Como descobrimos, a escurid\u00e3o completa provoca o mesmo comportamento nas abelhas, independentemente do tempo ou do contexto. E essa \u00e9 uma nova informa\u00e7\u00e3o sobre a cogni\u00e7\u00e3o delas.”<\/p><\/blockquote>\n

O pr\u00f3ximo eclipse solar total na Am\u00e9rica do Norte vai ocorrer em 8 de abril de 2024. At\u00e9 l\u00e1, a pesquisadora Galen espera ter aperfei\u00e7oado seu sistema de \u00e1udio para que possa distinguir entre os tipos de voos de abelhas: se est\u00e3o voando para forragens ou voltando para casa. A inten\u00e7\u00e3o \u00e9 determinar se as abelhas realmente v\u00e3o para a colm\u00e9ia antes de um eclipse.<\/p>\n

Fonte: Revista Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"