{"id":148395,"date":"2018-11-09T12:19:49","date_gmt":"2018-11-09T14:19:49","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=148395"},"modified":"2018-11-09T00:20:02","modified_gmt":"2018-11-09T02:20:02","slug":"a-floresta-amazonica-esta-em-risco-por-conta-das-mudancas-climaticas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/11\/09\/148395-a-floresta-amazonica-esta-em-risco-por-conta-das-mudancas-climaticas.html","title":{"rendered":"A Floresta Amaz\u00f4nica est\u00e1 em risco por conta das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas"},"content":{"rendered":"
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FLORESTA AMAZ\u00d4NICA N\u00c3O ACOMPANHA AS MUDAN\u00c7AS CLIM\u00c1TICAS (FOTO: WIKIPEDIA \/ SHAO)<\/figcaption><\/figure>\n

Uma equipe formada por mais de 100 cientistas vem avaliando o impacto do\u00a0aquecimento global\u00a0em milhares de esp\u00e9cies de \u00e1rvores da Floresta Amaz\u00f4nica. O resultado, publicado no peri\u00f3dico Global Change Biology,\u00a0mostrou que, nos \u00faltimos 30 anos, as esp\u00e9cies arb\u00f3reas est\u00e3o tentando se adaptar \u00e0s novas temperaturas, mas n\u00e3o conseguem faz\u00ea-lo r\u00e1pido.<\/p>\n

Liderada por cientistas da Universidade de Leeds, do Reino Unido, a pesquisa avaliou registros da Rede de Invent\u00e1rio da Floresta Amaz\u00f4nica (RAINFOR) para rastrear o desenvolvimento de cada \u00e1rvore individualmente. A an\u00e1lise mostrou que desde a d\u00e9cada de 1980, os efeitos das mudan\u00e7as ambientais (como secas mais fortes, aumento de temperaturas e altos n\u00edveis de di\u00f3xido de carbono na atmosfera) t\u00eam impactado lentamente o crescimento e a mortalidade de alguma esp\u00e9cies.<\/p>\n

De acordo com os pesquisadores, as \u00e1rvores que s\u00e3o mais adaptadas a climas \u00famidos est\u00e3o morrendo com maior frequ\u00eancia. Por\u00e9m, as que est\u00e3o mais acostumadas com climas secos n\u00e3o est\u00e3o sendo capazes de substitu\u00ed-las t\u00e3o r\u00e1pido.<\/p>\n

“A resposta do ecossistema est\u00e1 atrasada em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 taxa de mudan\u00e7a clim\u00e1tica. Os dados nos mostraram que as secas que atingiram a bacia amaz\u00f4nica nas \u00faltimas d\u00e9cadas tiveram s\u00e9rias consequ\u00eancias para a composi\u00e7\u00e3o da floresta, com maior mortalidade das esp\u00e9cies arb\u00f3reas mais vulner\u00e1veis”, explicou Adriane Esquivel Muelbert, da Escola de Geografia de Leeds.<\/p>\n

A equipe tamb\u00e9m concluiu que \u00e1rvores de copa \u2013 que s\u00e3o aquelas bem altas que ficam em um n\u00edvel superior \u00e0s outras \u2013 se adaptaram melhor \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e isso fez com que come\u00e7assem a competir com as “baixinhas”. Isso porque elas t\u00eam mais benef\u00edcios com o aumento do di\u00f3xido de carbono. Outras esp\u00e9cies arb\u00f3reas que est\u00e3o se dando bem com essas altera\u00e7\u00f5es s\u00e3o as chamadas \u201cpioneiras\u201d, que s\u00e3o as que brotam rapidamente em clareiras deixadas por outras que morreram.<\/p>\n

O coautor do estudo, Oliver Phillips, professor de Ecologia Tropical em Leeds e fundador da RAINFOR, declarou: “O aumento em algumas \u00e1rvores pioneiras condiz com as mudan\u00e7as observadas na din\u00e2mica da floresta. Ele tamb\u00e9m pode, em \u00faltima an\u00e1lise, ser impulsionado pelo aumento dos n\u00edveis de di\u00f3xido de carbono”.<\/p>\n

J\u00e1 Kyle Dexter, da Universidade de Edimburgo, explicou que o impacto das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas nas comunidades florestais tem consequ\u00eancias importantes para a biodiversidade das florestas tropicais. “As esp\u00e9cies mais vulner\u00e1veis \u00e0s secas est\u00e3o duplamente em risco, pois est\u00e3o localizadas no cora\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia, o que as torna mais propensas a serem extintas se esse processo continuar.”<\/p>\n

Os especialistas ressaltam que as descobertas mostram a necessidade de medidas rigorosas para proteger as partes da floresta que ainda est\u00e3o intactas. “O\u00a0desmatamento para agricultura e pecu\u00e1ria \u00e9 conhecido por intensificar as secas nesta regi\u00e3o, o que est\u00e1 aumentando os efeitos j\u00e1 causados pela mudan\u00e7a clim\u00e1tica global”, finaliza Dexter.<\/p>\n

Fonte: Revista Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"