{"id":148543,"date":"2018-11-18T21:41:23","date_gmt":"2018-11-18T23:41:23","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=148543"},"modified":"2018-11-18T21:41:23","modified_gmt":"2018-11-18T23:41:23","slug":"particulas-finas-de-poluicao-sao-as-novas-inimigas-da-nossa-saude","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/11\/18\/148543-particulas-finas-de-poluicao-sao-as-novas-inimigas-da-nossa-saude.html","title":{"rendered":"Part\u00edculas finas de polui\u00e7\u00e3o s\u00e3o as novas inimigas da nossa sa\u00fade"},"content":{"rendered":"
\"Part\u00c3\u00adculas
PART\u00cdCULAS FINAS DE POLUI\u00c7\u00c3O S\u00c3O OS NOVOS INIMIGOS DA NOSSA SA\u00daDE, DIZEM ESPECIALISTAS EM SA\u00daDE P\u00daBLICA (FOTO: PIXABAY)<\/figcaption><\/figure>\n

O<\/span>s especialistas em sa\u00fade ambiental Douglas Brugge e Kevin James Lane alertam para um poss\u00edvel novo vil\u00e3o da sa\u00fade humana: as part\u00edculas finas de polui\u00e7\u00e3o. Com menos de 2,5 milion\u00e9simos de metro, o material particulado fino \u00e9 conhecido como PM2.5 e foi o quinto motivo de mortes no mundo em 2015. S\u00e3o aproximadamente 4,1 milh\u00f5es de mortes anualmente por causa do material. Pesquisas sugerem que o PM2.5 sozinho causa mais mortes e doen\u00e7as do que todas as outras exposi\u00e7\u00f5es ambientais juntas.<\/p>\n

\u201cOs pa\u00edses desenvolvidos fizeram progressos, nas \u00faltimas d\u00e9cdas, na redu\u00e7\u00e3o da polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica causada por part\u00edculas. Mas ainda h\u00e1 muito o que ser feito para reduzir ainda mais esse risco\u201d, afirma o professor de sa\u00fade p\u00fablica da Universidade de Tuffs, Douglas Brugge, em artigo\u00a0do\u00a0The Conversation<\/em>.<\/p>\n

Brugge explica que a situa\u00e7\u00e3o piorou nos pa\u00edses em desenvolvimento, em especial na China e na \u00cdndia. Ambos se industrializaram muito r\u00e1pido e em escalas mais amplas.<\/p>\n

Segundo a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade (OMS), mais de 90% das crian\u00e7as do mundo respiram ar t\u00e3o polu\u00eddo que colocam sua sa\u00fade e desenvolvimento em risco. Os cientistas afirmam que novas pesquisas est\u00e3o conectando a exposi\u00e7\u00e3o ao PM2.5 a uma s\u00e9rie alarmante de efeitos sobre a sa\u00fade.<\/p>\n

Nos Estados Unidos, pa\u00eds natal dos especialistas, os esfor\u00e7os do governo de Donald Trump em apoiar a ind\u00fastria de combust\u00edvel f\u00f3ssil poderiam aumentar essas emiss\u00f5es ao inv\u00e9s de reduzi-las. As part\u00edculas finas de polui\u00e7\u00e3o s\u00e3o produzidas, essencialmente, pela combust\u00e3o. Elas podem ser provenientes de atividades industriais, ve\u00edculos automoteres, queima de combust\u00edveis e at\u00e9 mesmo da cozinha.<\/p>\n

Os inc\u00eandios florestais tamb\u00e9m s\u00e3o uma fonte importante e crescente de dissemina\u00e7\u00e3o dessas part\u00edculas, contam os especialistas. Os ventos podem transportar emiss\u00f5es dessas queimas de florestas a centenas de quil\u00f4metros das regi\u00f5es de fogo. Em agosto de 2018, reguladores ambientais em Michigan relataram que part\u00edculas finas de inc\u00eandios florestais na Calif\u00f3rnia estavam afetando a qualidade do ar do seu estado.<\/p>\n

As principais consequ\u00eancias para a sa\u00fade humana, decorrente da prolifera\u00e7\u00e3o dessas part\u00edculas, s\u00e3o as doen\u00e7as respirat\u00f3rias e cardiovasculares, englobando principalmente ataques card\u00edacos e derrames. \u201cPesquisas emergentes continuam a expandir os limites dos impactos na sa\u00fade da exposi\u00e7\u00e3o \u00e0 PM2.5. Para n\u00f3s, a preocupa\u00e7\u00e3o \u00e9 que parece afetar o desenvolvimento do c\u00e9rebro e tem impactos cognitivos adversos\u201d, dizem os especialistas.<\/p>\n

Segundo Burgge e Lane, as part\u00edculas pequenas podem viajar diretamente do nariz para o c\u00e9rebro atrav\u00e9s do nervo olfativo. Acredita-se que tanto o PM2.5 quanto part\u00edculas ainda menores, as chamadas ultrafinas, afetam o sistema nervoso central das crian\u00e7as. A inala\u00e7\u00e3o desse material tamb\u00e9m pode acelerar o ritmo de decl\u00ednio cognitivo em adultos e aumentar o risco dessas pessoas desenvolverem Alzheimer.<\/p>\n

\u201cO PM2.5 ganhou grande parte da aten\u00e7\u00e3o nos \u00faltimos tempos, mas os ultrafinos, por exemplo, s\u00e3o menos explorados e, por isso, n\u00e3o s\u00e3o considerados em estimativas de risco ou regulamenta\u00e7\u00e3o do ar\u201d, afirmam os especialistas.<\/p>\n

No final de outubro de 2018, a OMS convocou uma confer\u00eancia especial para discutir a polui\u00e7\u00e3o e a sa\u00fade global do ar. \u201cO interesse cont\u00ednuo da ag\u00eancia nesse assunto parece ser motivado por estimativas de risco que mostram que a polui\u00e7\u00e3o do ar \u00e9 uma preocupa\u00e7\u00e3o de magnitude similar a metas mais tradicionais de sa\u00fade p\u00fablica, como a dieta e a atividade f\u00edsica\u201d, relatam os especialistas.<\/p>\n

Os conselheiros endossaram a meta de reduzir as mortes globais em dois ter\u00e7os at\u00e9 2030. \u201c\u00c9 um objetivo ambicioso, mas pode concentrar aten\u00e7\u00e3o em estrat\u00e9gias como a redu\u00e7\u00e3o das barreiras econ\u00f4micas que dificultam a implanta\u00e7\u00e3o de tecnologias de controle de polui\u00e7\u00e3o em pa\u00edses em desenvolvimento.\u201d<\/p>\n

Fonte: Revista Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"