{"id":148568,"date":"2018-11-20T12:00:00","date_gmt":"2018-11-20T14:00:00","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=148568"},"modified":"2018-11-19T22:39:18","modified_gmt":"2018-11-20T00:39:18","slug":"a-terra-esta-devorando-seus-proprios-oceanos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/11\/20\/148568-a-terra-esta-devorando-seus-proprios-oceanos.html","title":{"rendered":"A Terra est\u00e1 devorando seus pr\u00f3prios oceanos"},"content":{"rendered":"
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De acordo com um novo estudo da Universidade de Washington em St Louis (EUA), \u00e0 medida que as placas tect\u00f4nicas da Terra se chocam e mergulham uma na outra, arrastam tr\u00eas vezes mais \u00e1gua para o interior do planeta do que pens\u00e1vamos anteriormente.<\/span><\/p>\n

Usando os rumores s\u00edsmicos naturais da zona de subduc\u00e7\u00e3o da Fossa das Marianas, onde a placa do Pac\u00edfico est\u00e1 deslizando sob a placa das Filipinas, os pesquisadores foram capazes de estimar a quantidade de \u00e1gua que \u00e9 incorporada nas rochas que mergulham profundamente abaixo da superf\u00edcie.<\/p>\n

A descoberta tem grandes ramifica\u00e7\u00f5es para a nossa compreens\u00e3o do ciclo das \u00e1guas profundas da Terra. A \u00e1gua abaixo da superf\u00edcie pode contribuir para o desenvolvimento do magma e pode lubrificar as falhas tect\u00f4nicas, aumentando a probabilidade de terremotos.<\/span><\/p>\n

<\/span>O estudo<\/h2>\n

A \u00e1gua \u00e9 incorporada \u00e0 crosta terrestre quando placas se formam, ou quando se dobram e racham. Este \u00faltimo processo, chamado de subduc\u00e7\u00e3o, \u00e9 a \u00fanica forma pela qual a \u00e1gua penetra profundamente na crosta e no manto, mas pouco se sabe sobre a quantidade de l\u00edquido que se move durante o fen\u00f4meno.<\/p>\n

Para tentar descobrir, os pesquisadores usaram dados coletados por uma rede de sensores s\u00edsmicos posicionados ao redor da fossa central das Marianas no oeste do Oceano Pac\u00edfico. A parte mais profunda fica a quase 11 quil\u00f4metros abaixo do n\u00edvel do mar.<\/p>\n

Os sensores detectam terremotos, e os ecos desses terremotos soam pela crosta terrestre como sinos.<\/p>\n

Chen Cai, principal autor do estudo, e sua equipe rastrearam a rapidez com que esses ecos viajavam: uma desacelera\u00e7\u00e3o na velocidade indicaria fraturas cheias de \u00e1gua que fica presa em rochas e minerais.<\/p>\n

Resultado<\/h2>\n

De fato, os pesquisadores observaram uma desacelera\u00e7\u00e3o profunda na crosta, cerca de 30 quil\u00f4metros abaixo da superf\u00edcie.<\/span><\/span><\/p>\n

Usando essas medidas de velocidade, junto com medidas conhecidas de temperatura e press\u00e3o, a equipe calculou que as zonas de subduc\u00e7\u00e3o puxam 3 bilh\u00f5es de teragramas de \u00e1gua para a crosta a cada um milh\u00e3o de anos (um teragrama \u00e9 um bilh\u00e3o de quilos).<\/span><\/p>\n

A \u00e1gua do mar \u00e9 pesada; um cubo de um metro de comprimento em cada lado pesaria 1.024 kg. A quantidade puxada por zonas de subduc\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 apenas gigantesca; tamb\u00e9m \u00e9 tr\u00eas vezes mais do que se estimava.<\/span><\/p>\n

E isso levanta algumas quest\u00f5es: essa quantidade de \u00e1gua deveria retornar \u00e0 suficiente, geralmente no conte\u00fado de erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas. A nova estimativa de quanta \u00e1gua desce \u00e9 maior do que a estimativa do quanto est\u00e1 sendo emitido por vulc\u00f5es, o que significa que tem alguma coisa faltando nessa equa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

<\/span>Mist\u00e9rio<\/h2>\n

<\/span>Segundo Cai, n\u00e3o h\u00e1 falta de \u00e1gua nos oceanos. Isso significa que a quantidade de \u00e1gua arrastada para dentro da crosta e a quantidade de \u00e1gua expelida deveriam ser aproximadamente iguais.<\/p>\n

O fato de que n\u00e3o s\u00e3o sugere que h\u00e1 algo sobre como a \u00e1gua se move atrav\u00e9s do interior da Terra que os cientistas ainda n\u00e3o entendem. \u201cMuitos outros estudos precisam ser focados neste aspecto\u201d, disse.<\/span><\/p>\n

Um artigo com as descobertas do estudo foi publicado na revista cient\u00edfica\u00a0Nature.<\/p>\n

Fonte: Hypescience<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

De acordo com um novo estudo da Universidade de Washington em St Louis (EUA), \u00e0 medida que as placas tect\u00f4nicas da Terra se chocam e mergulham uma na outra, arrastam tr\u00eas vezes mais \u00e1gua para o interior do planeta do que pens\u00e1vamos anteriormente. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":148569,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[276,191,854],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/148568"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=148568"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/148568\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":148571,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/148568\/revisions\/148571"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/148569"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=148568"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=148568"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=148568"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}