{"id":148719,"date":"2018-11-26T01:55:26","date_gmt":"2018-11-26T03:55:26","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=148719"},"modified":"2018-11-25T22:59:39","modified_gmt":"2018-11-26T00:59:39","slug":"a-preocupante-volta-do-cfc-o-gas-que-provoca-o-buraco-na-camada-de-ozonio","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/11\/26\/148719-a-preocupante-volta-do-cfc-o-gas-que-provoca-o-buraco-na-camada-de-ozonio.html","title":{"rendered":"A preocupante volta do CFC, o g\u00e1s que provoca o buraco na camada de oz\u00f4nio"},"content":{"rendered":"
\"Fuma\u00c3\u00a7a
Cientistas detectaram a volta na produ\u00e7\u00e3o do g\u00e1s CFC-11, cuja produ\u00e7\u00e3o \u00e9 banida<\/figcaption><\/figure>\n

O buraco na camada de oz\u00f4nio, s\u00edmbolo da\u00a0causa ambientalista\u00a0a partir dos anos 1980, diminuiu depois de um esfor\u00e7o mundial para reduzir a emiss\u00e3o de gases poluentes. Mas cientistas sinalizam que o risco a essa barreira protetora natural est\u00e1 de volta.<\/p>\n

O oz\u00f4nio \u00e9 um g\u00e1s incolor que forma uma fina camada na atmosfera e absorve componentes nocivos da luz solar, conhecidos como raios “ultravioleta B” ou “UV-B”. Ele protege os seres humanos dos riscos de desenvolver c\u00e2ncer de pele ou catarata, entre outras doen\u00e7as, e impede muta\u00e7\u00f5es nocivas em animais e plantas.<\/p>\n

Em seu relat\u00f3rio anual sobre gases que causam o efeito estufa, a Organiza\u00e7\u00e3o Meteorol\u00f3gica Mundial (WMO, na sigla em ingl\u00eas) detectou o ressurgimento do g\u00e1s CFC-11, um dos principais causadores do buraco, cuja produ\u00e7\u00e3o \u00e9 banida pelo Protocolo de Montreal.<\/p>\n

O buraco \u00e9 bem embaixo<\/h2>\n

Nos anos 1980, cientistas descobriram que a produ\u00e7\u00e3o humana de gases CFC (clorofluorocarboneto) tinha causado um buraco enorme na camada de oz\u00f4nio, colocando em risco a vida no planeta. A abertura, encontrada em cima no Polo Sul, acendeu um alerta global e se tornou o maior \u00edcone da luta pela preserva\u00e7\u00e3o ambiental da \u00e9poca.<\/p>\n

\"O
O buraco na camada de oz\u00f4nio na Ant\u00e1rtica no ano 2000<\/figcaption><\/figure>\n

Em 1987, foi assinado o Protocolo de Montreal, um acordo global para proteger a camada de oz\u00f4nio no qual os pa\u00edses signat\u00e1rios se comprometeram a reduzir a produ\u00e7\u00e3o e a comercializa\u00e7\u00e3o de subst\u00e2ncias consideradas respons\u00e1veis pelo dano \u2013 entre elas os CFCs, incluindo o CFC-11.<\/p>\n

Os gases do tipo foram substituidos por outros, como hidroclorofluorcarbonos, hidrofluorcarbonos e perfluorcarbonos \u2013 que embora n\u00e3o sejam nocivos \u00e0 camada de oz\u00f4nio, contribuem para o aquecimento global, segundo o Pnuma (Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Meio Ambiente).<\/p>\n

Os CFCs eram facilmente encontrados em sprays aeross\u00f3is, geladeiras, aparelhos de ar-condicionado, equipamentos contra inc\u00eandio e solventes. Desde ent\u00e3o, a quantidade deles na atmosfera vem caindo, mas neste ano os pesquisadores da WMO notaram que as redu\u00e7\u00f5es do n\u00edvel do CFC-11 v\u00eam diminuindo \u2013 o que indica que algu\u00e9m, em algum lugar, voltou a produzir o g\u00e1s.<\/p>\n

A produ\u00e7\u00e3o do CFC-11 \u00e9 duplamente nociva: al\u00e9m de aumentar o buraco na camada que nos protege dos raios UV-B, ela contribuiu para o aquecimento global.<\/p>\n

No in\u00edcio de 2018, a Ag\u00eancia de Pesquisa Ambiental, no Reino Unido, rastreou a produ\u00e7\u00e3o de CFC e chegou a uma s\u00e9rie de f\u00e1bricas na China.<\/p>\n

A ag\u00eancia afirmou que esses gases poderiam ser provenientes da produ\u00e7\u00e3o de espumas de isolamento t\u00e9rmico de poliuretano, feitas na China para uso dom\u00e9stico a custo baixo. O caso ainda est\u00e1 sob investiga\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

\"Terra\"
O Protocolo de Montreal proibiu o uso de certas subst\u00e2ncias para proteger a camada de oz\u00f4nio, vital para conter a radia\u00e7\u00e3o ultravioleta<\/figcaption><\/figure>\n

Cientistas afirmam que os n\u00edveis detectados dessa subst\u00e2ncia hoje podem indicar uma piora ainda maior no futuro. “\u00c9 poss\u00edvel que as novas emiss\u00f5es sejam o ponta do iceberg”, diz qu\u00edmico e metereologista Matt Rigby, da Universidade de Bristol.<\/p>\n

“Pode haver muito mais que est\u00e1 preso nesses materiais e que vai acabar sendo liberado para a atmosfera nas pr\u00f3ximas d\u00e9cadas.”<\/p>\n

Amea\u00e7a constante<\/h2>\n

De acordo com a \u00faltima avalia\u00e7\u00e3o da Nasa, ag\u00eancia espacial norte-americana, realizada em setembro de 2018, o tamanho do buraco na camada de oz\u00f4nio \u00e9 de 23 milh\u00f5es de km\u00b2, quase a mesma superf\u00edcie da Am\u00e9rica do Norte (24,7 milh\u00f5es de km\u00b2).<\/p>\n

Mas, apesar dessa lacuna, a quantidade de mol\u00e9culas de oz\u00f4nio na atmosfera ao redor do planeta ainda \u00e9 “bastante constante, com uma redu\u00e7\u00e3o de cerca de 2% nos \u00faltimos anos”, diz o qu\u00edmico Stephen Motzka, pesquisador da Administra\u00e7\u00e3o Oce\u00e2nica e Atmosf\u00e9rica dos EUA (NOAA, na sigla em ingl\u00eas).<\/p>\n

Com a diminui\u00e7\u00e3o dos gases que geram o buraco, a tend\u00eancia \u00e9 que a camada se recomponha sozinha \u2013 em 2017, a Nasa informou que o buraco atingiu o menor tamanho registrado desde 1988. A melhora “excepcional”, segundo os cientistas, est\u00e1 relacionada a condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas.<\/p>\n

\"\u00c3\u009altima
Camada de oz\u00f4nio sobre o Polo Sul no dia 12 de setembro: em roxo e azul est\u00e3o as \u00e1reas que t\u00eam menos oz\u00f4nio, enquanto em amarelo e vermelho, as que t\u00eam mais<\/figcaption><\/figure>\n

Se as medidas para diminui\u00e7\u00e3o da produ\u00e7\u00e3o de CFC pelo Protocolo de Montreal n\u00e3o tivessem sido tomadas, o Pnuma calcula que o consumo de CFC teria alcan\u00e7ado 3 milh\u00f5es de toneladas em 2010 \u2013 o que seria suficiente para que o buraco aumentasse at\u00e9 ocupar 50% da camada.<\/p>\n

As consequ\u00eancias seriam “20,5 milh\u00f5es de casos de c\u00e2ncer de pele e 130 milh\u00f5es casos de cataratas oculares”, segundo o \u00f3rg\u00e3o da ONU.<\/p>\n

Os especialistas esperam que o buraco seja reduzido para os n\u00edveis de 1980 at\u00e9 o ano de 2070 \u2013 mas o cronograma est\u00e1 em risco caso a volta na produ\u00e7\u00e3o CFC-11 n\u00e3o seja contida.<\/p>\n

Por que o buraco da camada est\u00e1 sobre a Ant\u00e1rtida?<\/h2>\n

Quando tentamos localizar no planeta onde est\u00e1 o dano \u00e0 camada de oz\u00f4nio, olhamos para a Ant\u00e1rtida.<\/p>\n

“A Ant\u00e1rtida \u00e9 onde a redu\u00e7\u00e3o do oz\u00f4nio \u00e9 mais flagrante e maior durante uma \u00e9poca espec\u00edfica do ano, quando \u00e9 a primavera (setembro-novembro)”, explica Motzka.<\/p>\n

O frio extremo da regi\u00e3o e a grande quantidade de luz ajudam a produzir as chamadas nuvens estratosf\u00e9ricas polares.<\/p>\n

Nestas nuvens frias, \u00e9 produzida a rea\u00e7\u00e3o qu\u00edmica a partir dos gases CFC que destr\u00f3i o oz\u00f4nio.<\/p>\n

\u00c9 por isso que alguns pa\u00edses da Am\u00e9rica Latina s\u00e3o mais afetados que outros pelo aumento dos n\u00edveis de radia\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

“Pa\u00edses com altas latitudes no hemisf\u00e9rio sul podem ter uma exposi\u00e7\u00e3o maior e ser mais afetados pelos danos da camada de oz\u00f4nio sobre a Ant\u00e1rtida”, diz Motzka.<\/p>\n

Aqueles que est\u00e3o mais pr\u00f3ximos do buraco, como Argentina e Chile, s\u00e3o os mais vulner\u00e1veis, segundo o especialista. Neles j\u00e1 foram encontrados uma s\u00e9rie de plantas e animais com muta\u00e7\u00f5es e c\u00e2ncer de pele devido aos efeitos dos raios UV-B.<\/p>\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O buraco na camada de oz\u00f4nio, s\u00edmbolo da causa ambientalista a partir dos anos 1980, diminuiu depois de um esfor\u00e7o mundial para reduzir a emiss\u00e3o de gases poluentes. Mas cientistas sinalizam que o risco a essa barreira protetora natural est\u00e1 de volta. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":148720,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[17,294,1245],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/148719"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=148719"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/148719\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":148721,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/148719\/revisions\/148721"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/148720"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=148719"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=148719"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=148719"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}