{"id":149200,"date":"2018-12-13T01:00:51","date_gmt":"2018-12-13T03:00:51","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=149200"},"modified":"2018-12-12T22:27:10","modified_gmt":"2018-12-13T00:27:10","slug":"a-incrivel-formiga-dracula-que-tem-as-mandibulas-mais-potentes-do-mundo-animal","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/12\/13\/149200-a-incrivel-formiga-dracula-que-tem-as-mandibulas-mais-potentes-do-mundo-animal.html","title":{"rendered":"A incr\u00edvel formiga dr\u00e1cula, que tem as mand\u00edbulas mais potentes do mundo animal"},"content":{"rendered":"
\"Mystrium
A formiga dr\u00e1cula, nome da Mystrium camillae, morde a uma velocidade 5 mil vezes mais r\u00e1pida que uma picada de olho<\/figcaption><\/figure>\n

Imagine uma mordida dada com velocidade de 320 quil\u00f4metros por hora. Pois esta \u00e9 a pot\u00eancia das mand\u00edbulas da formiga dr\u00e1cula, nome popular da\u00a0Mystrium camillae<\/i>, um inseto que vive no Sudeste Asi\u00e1tico e na Oceania. Trata-se do movimento animal mais r\u00e1pido j\u00e1 registrado no planeta. \u00c9 5 mil vezes mais r\u00e1pido do que uma piscada de olhos humanos.<\/p>\n

“Essa alta velocidade de acelera\u00e7\u00e3o dos ataques que cria as for\u00e7as de alto impacto \u00e9 necess\u00e1ria para seus comportamentos predat\u00f3rios e defensivos”, escreveu o entomologista Andrew Suarez, professor de biologia animal da Universidade de Illinois, em estudo publicado no peri\u00f3dico cient\u00edfico Royal Society Open Science. “Essas formigas s\u00e3o fascinantes. Suas mand\u00edbulas s\u00e3o muito incomuns.”<\/p>\n

“Mesmo entre formigas que amplificam o alcance de suas mand\u00edbulas, as dr\u00e1cula s\u00e3o \u00fanicas: em vez de usar tr\u00eas partes diferentes para a mola, o trinco e o bra\u00e7o da alavanca, todas essas tr\u00eas partes s\u00e3o combinadas na estrutura da mand\u00edbula”, explica o pesquisador Adrian Smith, do Museu de Ci\u00eancias Naturais da Carolina do Norte e da Universidade Estadual da Carolina do Norte, coautor do estudo. O movimento \u00e9 semelhante ao de um estalar de dedos humanos.<\/p>\n

Segundo os estudiosos, as formigas dr\u00e1cula usam esse movimento brusco para atacar artr\u00f3podes, atordoando-os e esmagando-os. Os bichos mortos s\u00e3o levados para o ninho, onde servem de alimento para as larvas. Os cientistas at\u00e9 prepararam\u00a0um v\u00eddeo\u00a0que mostra o bicho em a\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

M\u00e9todo<\/h2>\n
\"Professor
Junto a colegas, o professor de entomologia e biologia animal Andrew Suarez estudou a velocidade e as caracter\u00edsticas mec\u00e2nicas da formiga dr\u00e1cula<\/figcaption><\/figure>\n

Os pesquisadores usaram c\u00e2meras de v\u00eddeo para conseguir identificar e medir o movimento das formigas dr\u00e1cula.<\/p>\n

\n

“Outros cientistas j\u00e1 haviam descrito o mecanismo, mas antes ningu\u00e9m sabia a velocidade desse movimento”, conta o pesquisador Fredrick Larabee, do Museu Nacional Smithsoniano de Hist\u00f3ria Natural.<\/p>\n

“Tivemos de utilizar c\u00e2meras incrivelmente r\u00e1pidas para captar todo o movimento. Tamb\u00e9m usamos tecnologia de raio-X para ver a anatomia dessas formigas e entender melhor como o movimento funciona.”<\/p>\n

Em seguida, os pesquisadores criaram modelos de computador para testar como cada elemento da estrutura mandibular do bicho afetava a composi\u00e7\u00e3o do movimento. “Conclu\u00edmos que est\u00e1vamos diante do mais r\u00e1pido movimento j\u00e1 conhecido feito por um animal”, disse Larabee.<\/p>\n

Ao comparar com outras esp\u00e9cies de formigas, os pesquisadores perceberam que a dr\u00e1cula evoluiu de uma maneira diferente, em que pequenas mudan\u00e7as no formato da mand\u00edbula acabaram fazendo com que ela pudesse agir como uma mola.<\/p>\n

Agora os cientistas querem analisar como essas formigas usam tais propriedades no dia a dia, ou seja, em sua vida natural. Ainda n\u00e3o se sabe exatamente como elas capturam suas presas e defendem seus ninhos, por exemplo, mas se acredita que as mand\u00edbulas extremamente \u00e1geis tenham papel fundamental nisso.<\/p>\n

O soco do camar\u00e3o<\/h2>\n
\"Fredrick
Fredrick Larabee, pesquisador de p\u00f3s-doutorado no Museu Nacional Smithsoniano de Hist\u00f3ria Natural, \u00e9 um dos autores do estudo sobre a esp\u00e9cie<\/figcaption><\/figure>\n

O comportamento da formiga dr\u00e1cula faz lembrar o observado pelo camar\u00e3o mantis, um animal marinho conhecido por espancar a presa antes do abate.<\/p>\n

Trata-se de um crust\u00e1ceo, tamb\u00e9m conhecido como tamarutaca, lagosta-boxeadora, lacraia-do-mar ou camar\u00e3o-louva-a-deus-palha\u00e7o. Uma das suas esp\u00e9cies, o\u00a0Odontodactylus scyllarus<\/i>, d\u00e1 um “soco” que chega a 80 quil\u00f4metros por hora.<\/p>\n

Assim, o bicho consegue, por exemplo, quebrar a carapa\u00e7a de um caranguejo – e garantir uma boa janta. O crust\u00e1ceo habita a regi\u00e3o do Indo-Pac\u00edfico, de Guam at\u00e9 a \u00c1frica Oriental.<\/p>\n

Recentemente, tamb\u00e9m utilizando c\u00e2meras de alta precis\u00e3o, um grupo de cientistas conseguiu analisar e medir esse curioso movimento. O trabalho foi publicado pelo peri\u00f3dico iScience em outubro.<\/p>\n

Fonte: BBC<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Imagine uma mordida dada com velocidade de 320 quil\u00f4metros por hora. Pois esta \u00e9 a pot\u00eancia das mand\u00edbulas da formiga dr\u00e1cula, nome popular da Mystrium camillae, um inseto que vive no Sudeste Asi\u00e1tico e na Oceania. Trata-se do movimento animal mais r\u00e1pido j\u00e1 registrado no planeta. \u00c9 5 mil vezes mais r\u00e1pido do que uma piscada de olhos humanos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":149201,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[405,1480,461],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/149200"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=149200"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/149200\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":149202,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/149200\/revisions\/149202"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/149201"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=149200"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=149200"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=149200"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}