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<\/p>\nExiste um mito de que o papel que recebe uma camada de pl\u00e1stico para proteger embalagens n\u00e3o pode ser reciclado. N\u00e3o \u00e9 verdade. Na Ibema,\u00a0terceira maior produtora de papelcart\u00e3o do Brasil e um dos maiores players da Am\u00e9rica Latina, a\u00a0reciclagem desse tipo de produto j\u00e1 \u00e9 realidade, e as embalagens p\u00f3s-consumo retornam \u00e0 f\u00e1brica para compor novos produtos, numa verdadeira economia circular.<\/p>\n
O Brasil tem uma longa hist\u00f3ria relacionada \u00e0 reciclagem que remonta ao per\u00edodo colonial, quando os “garrafeiros” coletavam recipientes vazios nas casas. Portanto, n\u00e3o \u00e9 de hoje que papel, vidro, metal e pl\u00e1stico s\u00e3o resgatados por quem pretende vend\u00ea-los. Al\u00e9m disso, temos a Pol\u00edtica Nacional dos Res\u00edduos S\u00f3lidos desde 2010, com a qual a ind\u00fastria est\u00e1 profundamente comprometida, e uma grande rede\u00a0informal destina mais da metade das embalagens produzidas no Brasil\u00a0de volta\u00a0para as f\u00e1bricas.<\/p>\n
A Ibema Papelcart\u00e3o quer ampliar essa atua\u00e7\u00e3o, desfazendo o mito de que o papel revestido com pl\u00e1stico n\u00e3o pode ser reciclado, o que atrapalha o descarte correto dos materiais. Quanto mais embalagens utilizadas receber de volta, melhor, porque essas embalagens cont\u00eam fibras que podem ser utilizadas novamente no processo de produ\u00e7\u00e3o do papelcart\u00e3o e, dessa foram, n\u00e3o s\u00e3o enviadas aos lix\u00f5es, grande problema ambiental.<\/p>\n
“Quando o setor de papel desenvolve um produto, deve mirar a utiliza\u00e7\u00e3o pelo consumidor final, mas tamb\u00e9m que a embalagem desse produto volte \u00e0 ind\u00fastria para reciclagem”, diz o diretor t\u00e9cnico e de P&D da Ibema Papelcart\u00e3o, Fernando Sandri. “O ideal \u00e9 quando o projeto \u00e9 feito de forma integrada entre fabricantes de embalagens, empresas de design, usu\u00e1rios de embalagem e varejo \u2013 os resultados s\u00e3o mais eficientes.”<\/p>\n
A partir de 2010, a\u00a0capacidade da ind\u00fastria de reciclar esse tipo de material que produz se tornou crucial com a explos\u00e3o do setor de food service (alimenta\u00e7\u00e3o fora do lar). Esse \u00e9 um mercado que exige cada vez mais embalagens, pois cresce mesmo em per\u00edodos de crise, tendo registrado um faturamento 85% maior entre 2010 e 2016, de acordo com a Associa\u00e7\u00e3o Brasileira das Ind\u00fastrias da Alimenta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
A explos\u00e3o dos servi\u00e7os de delivery por aplicativo \u00e9 um dos motivos para o crescimento da\u00a0produ\u00e7\u00e3o f\u00edsica brasileira de embalagens, que cresceu 1,96% em 2017 e deve alcan\u00e7ar quase 3% em 2018, de acordo com a Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Embalagens (ABRE).<\/p>\n
Em meio a esse cen\u00e1rio, o uso do pl\u00e1stico associado ao papel \u00e9 crescente, para oferecer a prote\u00e7\u00e3o adequada a produtos comest\u00edveis e l\u00edquidos. Atenta a isso, a\u00a0Ibema foi pioneira na Am\u00e9rica Latina ao lan\u00e7ar, em 2017, um papelcart\u00e3o para copos, o Royal Coppa. Entrou para um mercado crescente \u2013 o consumo\u00a0brasileiro de copos descart\u00e1veis \u00e9 enorme e predominantemente de pl\u00e1sticos, mas o papel tende a crescer,\u00a0substituindo esses copos descart\u00e1veis. Esse material para copos foi muito bem estudado antes de seu lan\u00e7amento para garantir que sua formula\u00e7\u00e3o possibilitasse uma f\u00e1cil reciclagem.<\/p>\n
“J\u00e1 reciclamos materiais com pl\u00e1stico em nossas plantas e a reciclagem de copos de papel caminha com sucesso. Nossa preocupa\u00e7\u00e3o \u00e9 que esse material possa ser recolhido e volte \u00e0s fabricas para sua correta reciclagem. Al\u00e9m disso, a Ibema estuda op\u00e7\u00f5es de mat\u00e9rias-primas que substituam o polietileno”, explica a executiva de Inova\u00e7\u00e3o de Embalagens da Ibema, Fabiane Staschower.<\/p>\n
Como funciona<\/b><\/p>\n
E como funciona quando esse material retorna \u00e0 f\u00e1brica? A tecnologia usada na Ibema para a reciclagem do papelcart\u00e3o consegue separar as fibras de celulose e o pl\u00e1stico por meio de um tratamento mec\u00e2nico. As fibras do pl\u00e1stico come\u00e7am a ser separadas logo no in\u00edcio do processo, quando entram para a produ\u00e7\u00e3o. Com processos de calor, agita\u00e7\u00e3o e muita \u00e1gua, as fibras se separam do pl\u00e1stico e esse \u00e9 recuperado por meio de peneiras, enquanto as fibras v\u00e3o direto para a produ\u00e7\u00e3o do novo cart\u00e3o.<\/p>\n
Muitas vezes, por falta da correta orienta\u00e7\u00e3o,\u00a0essa preciosa mat\u00e9ria-prima acaba indo para aterros. “Estamos perdendo uma importante fonte de fibra da celulose quando isso ocorre”, lamenta Fabiane Staschower.<\/p>\n
Mercado aprova<\/b><\/p>\n
A iniciativa da Ibema em recuperar as embalagens feitas com seu papelcart\u00e3o para reciclagem tem sido reconhecida no mercado. “A Ibema tem facilidade para reciclar o papelcart\u00e3o al\u00e9m do padr\u00e3o do mercado”, aprova Walnice Carnevale, gestora de projetos da Boomera, empresa que conecta a ind\u00fastria aos coletores de res\u00edduos. “Esse processo \u00e9 um importante marco para tornar a economia circular.”<\/p>\n
Grandes fabricantes de produtos de consumo tamb\u00e9m mant\u00eam importantes a\u00e7\u00f5es de sustentabilidade.\u00a0Nessa linha, a Nestl\u00e9 divulgou que deseja\u00a0tornar 100% de suas embalagens recicl\u00e1veis ou reutiliz\u00e1veis at\u00e9 2025, de forma que nenhuma de suas embalagens, inclusive as pl\u00e1sticas, seja descartada em aterros sanit\u00e1rios ou lixo.<\/p>\n
Um destaque no Paran\u00e1 \u00e9 o Grupo Botic\u00e1rio, que tem o maior programa de reciclagem de embalagens do Brasil. H\u00e1 12 anos recebe em suas lojas as embalagens vazias de produto e encaminha para cooperativas realizarem a reciclagem, gerando renda para mais de 1.000 catadores. Em alguns per\u00edodos, a troca d\u00e1 direito a desconto em novas compras para os consumidores.<\/p>\n
Empresas menores tamb\u00e9m fazem muita diferen\u00e7a para o meio ambiente quando se comprometem com ele. Cliente e parceira da Ibema, a Nazapack est\u00e1 empenhada em viabilizar a reciclagem dos copos e potes que produz. “Estamos desenvolvendo, em conjunto, um plano para conscientizar nossos clientes sobre a import\u00e2ncia de identificar o material usado em todas as embalagens, al\u00e9m de separar os res\u00edduos ap\u00f3s o consumo e orientar sobre o descarte correto”, afirma Fernando Comparini, diretor t\u00e9cnico da Nazapack.<\/p>\n
A Damp, fabricante de sorvetes paulistana que utiliza os copos da Nazapack fabricados com papelcart\u00e3o Ibema, \u00e9 um exemplo de empresa profundamente comprometida com a reciclagem. Em suas lojas, uma colaboradora foi destacada para fazer o preparo e sele\u00e7\u00e3o dos potes de sorvete, ap\u00f3s o consumo, para serem enviados \u00e0 reciclagem. Para isso, ela retira todo o excesso da sobra de sorvete, com o aux\u00edlio de um papel especial, e armazena os potes novamente nas caixas em que s\u00e3o recebidos.<\/p>\n
Por meio da sintonia em torno da sustentabilidade, a Nazapack, a Damp e a Ibema, ao lado de outras empresas parceiras, projetam um trabalho conjunto para ampliar a capacidade de reciclagem e contribuir para a economia circular na pr\u00e1tica.<\/p>\n
Sustentabilidade<\/b><\/p>\n
A reciclagem do papelcart\u00e3o \u00e9 mais um fator a contribuir com a sustentabilidade do setor de \u00e1rvores plantadas, um dos que mais recicla no Brasil e no mundo. O recorde de recupera\u00e7\u00e3o de papel no pa\u00eds foi atingido em 2017, com \u00edndice de 66,2%, ou 5 milh\u00f5es de toneladas de papel que foram devolvidas \u00e0s f\u00e1bricas para reciclagem, de acordo com dados da Ind\u00fastria Brasileira de \u00c1rvores (Ib\u00e1).<\/p>\n
Esse esfor\u00e7o faz parte de uma cadeia circular sustent\u00e1vel, j\u00e1 que o papel \u00e9 um produto biodegrad\u00e1vel, cuja decomposi\u00e7\u00e3o ocorre de forma natural. \u00c9 importante destacar ainda que toda a produ\u00e7\u00e3o brasileira de papel vem de \u00e1rvores plantadas, ou seja, de florestas com plantio e colheitas anuais.<\/p>\n
Renov\u00e1vel e sustent\u00e1vel, o sistema de produ\u00e7\u00e3o das ind\u00fastrias do papel inclui ainda a destina\u00e7\u00e3o correta dos res\u00edduos s\u00f3lidos, bem como o reaproveitamento de materiais.<\/p>\n
Tamb\u00e9m no projeto das novas embalagens, os requisitos da sustentabilidade devem ser considerados pelos designers que, al\u00e9m de conhecer e aplicar os princ\u00edpios b\u00e1sicos da sustentabilidade de embalagem, devem prever que seus projetos facilitem e incentivem a reciclagem. “Para isso, \u00e9 poss\u00edvel usar desenhos mais clean, que utilizem menos tintas na impress\u00e3o, e incluir em seu design a simbologia que identifica o material da embalagem e incentiva seu encaminhamento correto para a reciclagem”, sugere o consultor da Ibema, o designer F\u00e1bio Mestriner.<\/p>\n
“O futuro \u00e9 das embalagens que usam a quantidade suficiente de material para sua devida funcionalidade, com materiais que provenham de fontes renov\u00e1veis e usem processos ecoeficientes. Mas, antes de mais nada, elas precisam ser recicl\u00e1veis”, pondera o diretor t\u00e9cnico e de P&D da Ibema Papelcart\u00e3o, Fernando Sandri.<\/p>\n
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Sobre a Ibema:<\/i><\/b>\u00a0Gerar valor de maneira sustent\u00e1vel por meio da fabrica\u00e7\u00e3o e distribui\u00e7\u00e3o de produtos que conquistem a prefer\u00eancia dos clientes, contribuindo com iniciativas que favore\u00e7am toda a cadeia, com a dedica\u00e7\u00e3o e preocupa\u00e7\u00e3o de garantir o melhor resultado para a empresa e seus clientes. Esta \u00e9 a miss\u00e3o da Ibema, fabricante de papelcart\u00e3o, que permeia a sua atua\u00e7\u00e3o com base no conceito de foco do cliente. A empresa, fundada em 1955, \u00e9 hoje um dos players mais competitivos da Am\u00e9rica Latina. Sua estrutura \u00e9 composta por sede administrativa localizada em Curitiba, centro de distribui\u00e7\u00e3o direta em Arauc\u00e1ria com \u00e1rea \u00fatil de 12 mil m2<\/sup>\u00a0e f\u00e1bricas instaladas nos munic\u00edpios de Turvo, no Paran\u00e1, e em Embu das Artes, em S\u00e3o Paulo, que juntas possuem capacidade de produ\u00e7\u00e3o anual de 140 mil toneladas. Em seu portf\u00f3lio, est\u00e3o os melhores produtos, reconhecidos pela qualidade e performance na ind\u00fastria gr\u00e1fica. A empresa, que atualmente conta com\u00a0<\/i>aproximadamente\u00a0880 colaboradores,\u00a0possui unidades certificadas pela ISO 9001, pela ISO 14001 e pelo FSC (Forest Stewardship Council).\u00a0<\/i><\/p>\n Fonte:\u00a0Ibema<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"