{"id":149321,"date":"2018-12-19T12:00:58","date_gmt":"2018-12-19T14:00:58","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=149321"},"modified":"2018-12-18T22:48:08","modified_gmt":"2018-12-19T00:48:08","slug":"penas-de-aves-de-100-milhoes-de-anos-sao-encontradas-preservadas-em-ambar","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/12\/19\/149321-penas-de-aves-de-100-milhoes-de-anos-sao-encontradas-preservadas-em-ambar.html","title":{"rendered":"Penas de aves de 100 milh\u00f5es de anos s\u00e3o encontradas preservadas em \u00e2mbar"},"content":{"rendered":"
\"F\u00c3\u00b3sseis
F\u00d3SSEIS DE PENAS DE AVES PR\u00c9-HIST\u00d3RICAS (FOTO: PIERRE COCKX\/RSM)<\/figcaption><\/figure>\n

P<\/span>aleont\u00f3logos encontraram f\u00f3sseis de p\u00e1ssaros de 100 milh\u00f5es de anos de idade e descobriram que as aves daquela \u00e9poca tinham penas bem diferentes das que vemos hoje. Os 31 peda\u00e7os de \u00e2mbar do per\u00edodo Cret\u00e1ceo foram localizados em Mianmar, ao sul da \u00c1sia.<\/p>\n

“Eles s\u00e3o as penas mais estranhas que eu j\u00e1 vi”, disse o coautor do estudo publicado no\u00a0Journal of Pal<\/em>a<\/em>eogeography<\/em>, Jingmai O’Connor, do Instituto de Paleontologia de Vertebrados e Paleoantropologia, em Pequim, em comunicado.<\/p>\n

A descoberta sugere que as penugens daqueles animais servia como um chamariz defensivo para enganar os predadores. As penas j\u00e1 haviam sido vistas em aves chinesas (conhecidas como\u00a0Confuciusornis sanctus<\/em>), de 125 milh\u00f5es de anos, e em algumas esp\u00e9cies de dinossauros emplumados. At\u00e9 agora, os especialistas acreditavam que elas eram apenas ornamentais \u2014 com os novos f\u00f3sseis, essa ideia pode mudar.<\/p>\n

Um dos motivos para o estranhamento foi o formato das plumas: as chinesas estavam totalmente esmagadas, o que dificultava entender como seria o seu mecanismo. J\u00e1 as de Mianmar \u2014 analisadas posteriormente \u2014 mostraram um formato semelhante a um meio cilindro, achatado e aberto de um lado.<\/p>\n

\u201cEles tamb\u00e9m t\u00eam farpas de penas significativamente reduzidas em ambos os lados do eixo, em compara\u00e7\u00e3o com as modernas. Essas linhas traseiras teriam ficado esticadas e r\u00edgidas, como uma fita m\u00e9trica ampliada\u201d, explica o coautor Ryan McKellar, do Royal Saskatchewan Museum, no Canad\u00e1.<\/p>\n

Os paleont\u00f3logos ainda apontam para a espessura fina das hastes das penas. \u201cEm alguns esp\u00e9cimes elas chegam a tr\u00eas m\u00edcrons de espessura. Isso \u00e9 menor que o tamanho da c\u00e9lula m\u00e9dia\u201d, diz O’Connor, que ainda questiona: \u201cComo algo poderia ser t\u00e3o fino e manter a integridade estrutural?\u201d<\/p>\n

Todas as pistas sugerem que as plumas desses p\u00e1ssaros eram descart\u00e1veis e podiam ser muito \u00fateis para que as aves conseguissem escapar das garras dos predadores. O fato de tantas terem sido encontradas longe dos corpos dos animais sugere que elas foram arrancadas com facilidade. Para McKellar, isso confirma seu papel defensivo. “Voc\u00ea est\u00e1 dando ao predador um alvo n\u00e3o letal que tem metade do tamanho do seu corpo.”<\/p>\n

Segundo Gerald Mayr, ornit\u00f3logo do Instituto de Pesquisa Senckenberg e do Museu de Hist\u00f3ria Natural de Frankfurt, na Alemanha, toda essa ideia ainda \u00e9 especulativa. O especialista, por\u00e9m, acha bastante intrigante o fato das hastes das penas serem entreabertas: \u201cIsso sugere diferen\u00e7as significativas de desenvolvimento e funcionais para a penugem das aves vivas”.<\/p>\n

Fonte: Revista Galileu<\/p>\n

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