{"id":149384,"date":"2018-12-21T12:05:55","date_gmt":"2018-12-21T14:05:55","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=149384"},"modified":"2018-12-20T23:01:09","modified_gmt":"2018-12-21T01:01:09","slug":"japao-planeja-voltar-a-cacar-baleias-comercialmente-em-2019","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2018\/12\/21\/149384-japao-planeja-voltar-a-cacar-baleias-comercialmente-em-2019.html","title":{"rendered":"Jap\u00e3o planeja voltar a ca\u00e7ar baleias comercialmente em 2019"},"content":{"rendered":"
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(FOTO: CREATIVE COMMONS \/ THREE-SHOTS)<\/figcaption><\/figure>\n

O\u00a0<\/span>ano de 2019 n\u00e3o deve ser bom para as baleias – pelo menos se depender do Jap\u00e3o. O pa\u00eds, com longa e pol\u00eamica tradi\u00e7\u00e3o de ca\u00e7a desses mam\u00edferos aqu\u00e1ticos, afirmou em um relat\u00f3rio que deve deixar a Comiss\u00e3o Internacional Baleeira (IWC) e retomar a ca\u00e7a comercial.<\/p>\n

O Jap\u00e3o informar\u00e1 a IWC de sua decis\u00e3o at\u00e9 o final do ano, informou a ag\u00eancia de not\u00edcias Kyodo, meses depois de o \u00f3rg\u00e3o ter rejeitado sua \u00faltima tentativa de retomar a atividade baleeira comercial.<\/p>\n

A Kyodo citou fontes n\u00e3o identificadas do governo dizendo que o Jap\u00e3o abandonaria suas controversas expedi\u00e7\u00f5es ao Oceano Ant\u00e1rtico e, em vez disso, permitiria que as frotas baleeiras operassem em suas \u00e1guas costeiras e na zona econ\u00f4mica exclusiva (ZEE).<\/p>\n

Um oficial da ag\u00eancia de pesca negou o relat\u00f3rio, no entanto, insistindo que n\u00e3o havia sido tomada nenhuma decis\u00e3o sobre a retirada da IWC, que proibiu a ca\u00e7a comercial em 1986. “A posi\u00e7\u00e3o oficial do Jap\u00e3o, de que queremos retomar a ca\u00e7a comercial o mais r\u00e1pido poss\u00edvel, n\u00e3o mudou”, disse a autoridade ao jornal\u00a0The Guardian<\/em>. \u201cOs relat\u00f3rios que deixaremos o IWC est\u00e3o incorretos.\u201d<\/p>\n

A ministra do Meio Ambiente da Austr\u00e1lia, Melissa Price, se manifestou contra a possibilidade. Ela se op\u00f5e a “todas as formas de ca\u00e7a comercial e cient\u00edfica”, acrescentando: “Embora n\u00f3s prefiramos fortemente que o Jap\u00e3o continue sendo parte da conven\u00e7\u00e3o e membro da comiss\u00e3o, a decis\u00e3o de retirar-se \u00e9 uma quest\u00e3o para o pr\u00f3prio pa\u00eds\u201d.<\/p>\n

A\u00a0Ag\u00eancia France-Presse\u00a0citou uma autoridade japonesa dizendo que a ag\u00eancia estava “considerando todas as op\u00e7\u00f5es”, incluindo a poss\u00edvel retirada da comiss\u00e3o de 89 membros. Um funcion\u00e1rio do Minist\u00e9rio das Rela\u00e7\u00f5es Exteriores confirmou que \u201ctodas as op\u00e7\u00f5es est\u00e3o na mesa, mas nada formal foi decidido ainda\u201d.<\/p>\n

Conservacionistas gostaram do poss\u00edvel fim da ca\u00e7a \u00e0s baleias no Oceano Ant\u00e1rtico, mas com ressalvas. \u201cGostar\u00edamos de celebrar de todo o cora\u00e7\u00e3o o fim da ca\u00e7a ao baleia no Oceano Ant\u00e1rtico, mas se o Jap\u00e3o deixar a Comiss\u00e3o Baleeira Internacional e continuar matando baleias no Pac\u00edfico Norte, estar\u00e1 operando completamente fora dos limites da lei internacional”, disse Nicola Beynon, chefe de campanhas na Humane Society International na Austr\u00e1lia. “Este \u00e9 o caminho de uma na\u00e7\u00e3o baleeira pirata, com uma desconsidera\u00e7\u00e3o desconcertante pelo dom\u00ednio internacional.”<\/p>\n

Comiss\u00e3o<\/em><\/p>\n

N\u00e3o \u00e9 de hoje que o Jap\u00e3o amea\u00e7a abandonar a IWC, argumentando que a morat\u00f3ria deveria ser uma medida tempor\u00e1ria e acusando a organiza\u00e7\u00e3o de abandonar seu prop\u00f3sito original – administrar o uso sustent\u00e1vel dos estoques globais de baleias. Autoridades japonesas afirmam que popula\u00e7\u00f5es de certos tipos de baleias – como o minke – se recuperaram o suficiente para permitir a retomada da ca\u00e7a \u201csustent\u00e1vel\u201d.<\/p>\n

Na reuni\u00e3o da IWC, que aconteceu em setembro em Florian\u00f3polis, Brasil, na\u00e7\u00f5es anti-baleeiras lideradas pela Austr\u00e1lia, a Uni\u00e3o Europ\u00e9ia e os EUA\u00a0votaram contra uma proposta japonesa de mudar o processo de tomada de decis\u00e3o\u00a0– uma medida que tornaria mais f\u00e1cil para o Jap\u00e3o garantir votos suficientes para acabar com a proibi\u00e7\u00e3o comercial da ca\u00e7a \u00e0s baleias.<\/p>\n

A derrota levou o comiss\u00e1rio do Jap\u00e3o na IWC, Joji Morishita, a alertar que as diferen\u00e7as do pa\u00eds com os pa\u00edses anti-ca\u00e7a \u00e0s baleias eram “muito claras” e que planejaria seu “pr\u00f3ximo passo”.<\/p>\n

O Jap\u00e3o tem sido capaz de usar uma cl\u00e1usula na morat\u00f3ria da IWC, permitindo-lhe conduzir ca\u00e7adas de \u201cpesquisa\u201d todos os anos e vender carne de baleia no mercado aberto, embora o consumo tenha despencado nas \u00faltimas d\u00e9cadas.<\/p>\n

O pa\u00eds enfrentou cr\u00edticas no come\u00e7o deste ano, depois de informar que sua frota baleeira havia matado 122 baleias gr\u00e1vidas durante sua busca anual de pesquisas no Oceano Ant\u00e1rtico, no inverno passado. Das 333 baleias-an\u00e3s capturadas durante a expedi\u00e7\u00e3o de quatro meses, 181 eram do sexo feminino.<\/p>\n

Em 2014, um tribunal internacional de justi\u00e7a ordenou ao Jap\u00e3o que suspendesse suas ca\u00e7adas anuais no Oceano Ant\u00e1rtico depois de concluir que n\u00e3o eram, como alegaram autoridades japonesas, conduzidas para pesquisa cient\u00edfica. Mas o Jap\u00e3o retomou a ca\u00e7a \u00e0 baleia na regi\u00e3o dois anos depois, sob um programa reformulado que incluiu a redu\u00e7\u00e3o de sua cota de capturas em cerca de dois ter\u00e7os.<\/p>\n

Fonte: Revista Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Insatisfeito com as negocia\u00e7\u00f5es na Comiss\u00e3o Internacional Baleeira (IWC), o pa\u00eds quer voltar a ca\u00e7ar baleia pr\u00f3ximo de sua costa <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":149385,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[772,718],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/149384"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=149384"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/149384\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":149386,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/149384\/revisions\/149386"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/149385"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=149384"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=149384"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=149384"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}