{"id":150063,"date":"2019-01-29T12:00:41","date_gmt":"2019-01-29T14:00:41","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=150063"},"modified":"2019-01-28T23:17:34","modified_gmt":"2019-01-29T01:17:34","slug":"paisagem-invisivel-por-mais-de-40-000-anos-ressurge","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/01\/29\/150063-paisagem-invisivel-por-mais-de-40-000-anos-ressurge.html","title":{"rendered":"Paisagem invis\u00edvel por mais de 40.000 anos ressurge"},"content":{"rendered":"

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Uma paisagem \u00e1rtica canadense, coberta de gelo por mais de 40 mil anos, ressurgiu recentemente depois de todos esses mil\u00eanios invis\u00edveis.<\/span><\/p>\n

Segundo uma nova pesquisa da Universidade do Colorado em Boulder (EUA), a regi\u00e3o pode estar experimentando seu s\u00e9culo mais quente em 115 mil anos.<\/p>\n

A an\u00e1lise<\/h2>\n
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O estudo utilizou data\u00e7\u00e3o por radiocarbono para determinar as idades das plantas coletadas nas bordas de 30 calotas de gelo na Ilha de Baffin, a oeste da Groenl\u00e2ndia. A ilha experimentou um aumento de temperatura significativo nas \u00faltimas d\u00e9cadas.<\/span><\/p>\n

\u201cO \u00c1rtico est\u00e1 se aquecendo duas a tr\u00eas vezes mais r\u00e1pido que o resto do globo, ent\u00e3o, naturalmente, geleiras e glaciais v\u00e3o reagir mais r\u00e1pido\u201d, disse Simon Pendleton, principal autor do estudo, ao portal Phys.org.<\/p>\n

Baffin \u00e9 a quinta maior ilha do mundo, dominada por fiordes separados por planaltos de alta eleva\u00e7\u00e3o e baixo relevo. O fino e frio plat\u00f4 de gelo atua como uma esp\u00e9cie de geladeira natural, preservando musgos e liquens antigos em sua posi\u00e7\u00e3o original de crescimento por mil\u00eanios.<\/p>\n

\u201cN\u00f3s viajamos para as margens do gelo, coletamos amostras de plantas rec\u00e9m-expostas preservadas nessas paisagens antigas e realizamos data\u00e7\u00e3o por radiocarbono para ter uma no\u00e7\u00e3o de quando foi a \u00faltima vez que o gelo avan\u00e7ou sobre esse local. Como as plantas mortas s\u00e3o eficientemente removidas da paisagem, a idade das plantas enraizadas define a \u00faltima vez em que os ver\u00f5es foram t\u00e3o quentes, em m\u00e9dia, quanto os do s\u00e9culo passado\u201d, esclareceu Pendleton.<\/p>\n

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Resultados<\/h2>\n

Os pesquisadores coletaram 48 amostras de plantas. Tamb\u00e9m analisaram o quartzo de cada local, a fim de estabelecer ainda melhor a idade e hist\u00f3ria da cobertura de gelo da paisagem.<\/p>\n

Depois que as amostras foram processadas nos laborat\u00f3rios da Universidade do Colorado e da Universidade da Calif\u00f3rnia em Irvine (EUA), os cientistas descobriram que as plantas antigas em todas as 30 calotas de gelo estiveram continuamente cobertas por gelo pelo menos nos \u00faltimos 40.000 anos.<\/p>\n

Quando comparados com dados de temperatura reconstru\u00eddos a partir dos n\u00facleos de gelo de Baffin e Groenl\u00e2ndia, as descobertas sugerem que as temperaturas modernas representam o s\u00e9culo mais quente para a regi\u00e3o em 115.000 anos, e que a ilha de Baffin pode ficar completamente sem gelo nos pr\u00f3ximos s\u00e9culos.<\/span><\/p>\n

\u201cAo contr\u00e1rio da biologia, que passou os \u00faltimos tr\u00eas bilh\u00f5es de anos desenvolvendo esquemas para evitar ser afetada pela mudan\u00e7a clim\u00e1tica, as geleiras n\u00e3o t\u00eam estrat\u00e9gia de sobreviv\u00eancia\u201d, explicou Gifford Miller, outro autor da pesquisa. \u201cElas respondem diretamente \u00e0 temperatura do ver\u00e3o. Se os ver\u00f5es esquentam, elas imediatamente retrocedem; se os ver\u00f5es esfriam, elas avan\u00e7am. Isso faz delas um dos mais confi\u00e1veis indicadores para mudan\u00e7as na temperatura do ver\u00e3o\u201d.<\/span><\/p>\n

Um artigo sobre o estudo foi publicado na prestigiada revista cient\u00edfica\u00a0Nature Communications<\/a>. [Phys<\/a>]<\/p>\n

Fonte: Hypescience<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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