{"id":150147,"date":"2019-02-01T11:59:06","date_gmt":"2019-02-01T13:59:06","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=150147"},"modified":"2019-01-31T23:20:23","modified_gmt":"2019-02-01T01:20:23","slug":"sonar-de-navios-pode-literalmente-matar-baleias-de-medo-mostra-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/02\/01\/150147-sonar-de-navios-pode-literalmente-matar-baleias-de-medo-mostra-estudo.html","title":{"rendered":"Sonar de navios pode literalmente matar baleias de medo, mostra estudo"},"content":{"rendered":"
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O SONAR DE UM NAVIO PODE PRODUZIR UM BARULHO ENSURDECEDOR, VARIANDO ENTRE 170 E 196 DECIB\u00c9IS (FOTO: SILVER LEAPERS\/ WIKIMEDIA COMMONS)<\/figcaption><\/figure>\n

N<\/span>\u00e3o \u00e9 de hoje que cientistas sabem que o sonar de navios impacta a vida marinha. Mas apenas recentemente que um novo estudo publicado pela\u00a0Royal Society B\u00a0explica as causas e o impacto desse som nas baleias.<\/p>\n

Os mam\u00edferos marinhos s\u00e3o os que mais sofrem com o sonar. Atordoados com o barulho, os animais nadam milhares de metros e oscilam, mergulhando em dire\u00e7\u00e3o ao fundo do mar e de volta \u00e0 superf\u00edcie. O resultado, segundo o estudo, \u00e9 a uni\u00e3o de um efeito doloroso de descompress\u00e3o e bolhas de nitrog\u00eanio no sangue.\u00a0O sonar de um navio pode produzir um barulho ensurdecedor, variando entre 170 e 196 decib\u00e9is.<\/p>\n

Os sonares n\u00e3o eram muito comuns antes de 1960. Foi s\u00f3 depois, com o aparecimento de um tipo de sonar ativo de frequ\u00eancia m\u00e9dia (MFAS), que o impacto na vida marinha piorou e baleias passaram a ser encontradas encalhadas e mortas em praias.<\/p>\n

O estudo \u00e9 um resumo do que foi discutido em um encontro de especialistas em baleias de bico, ainda em 2017, nas Ilhas Can\u00e1rias. Segundo o trabalho, o impacto do som tem liga\u00e7\u00e3o com a presen\u00e7a de bolhas de nitrog\u00eanio no sangue desses animais.<\/p>\n

Essas bolhas podem causar hemorragia e danificar \u00f3rg\u00e3os vitais. O que acontece \u00e9 bem parecido com o processo de descompress\u00e3o que mergulhadores passam ao retornar para superf\u00edcie muito r\u00e1pido.<\/p>\n

\u201cNa presen\u00e7a do sonar esses animais ficam estressados e tentam fugir do barulho, mudando assim o padr\u00e3o de mergulho\u201d, conta uma das autoras do estudo, Yara Bernaldo de Quiros, para a ag\u00eancia de not\u00edcias\u00a0AFP<\/a><\/strong>.<\/p>\n

O impacto pode mudar de baleia para para baleia, mas \u00e9 resultado de muita adrenalina no sistema. Os autores do trabalho notaram, tamb\u00e9m, que pa\u00edses que baniram o uso de MFAS no fundo do mar apresentaram uma melhora significativa na vida marinha. Exemplo disso s\u00e3o as Ilhas Can\u00e1rias, que desde 2004 segue uma morat\u00f3ria do governo espanhol que restringe o uso de sonares.<\/p>\n

Apesar do resultado positivo, muitos pa\u00edses ainda usam essa tecnologia. \u00c9 o caso dos Estados Unidos, Gr\u00e9cia, It\u00e1lia e Jap\u00e3o, por exemplo.<\/p>\n

Fonte: Revista Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"