{"id":150520,"date":"2019-02-19T12:01:28","date_gmt":"2019-02-19T15:01:28","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=150520"},"modified":"2019-02-18T23:38:41","modified_gmt":"2019-02-19T02:38:41","slug":"geologos-descobrem-corredor-de-gelo-que-existiu-entre-namibia-e-brasil","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/02\/19\/150520-geologos-descobrem-corredor-de-gelo-que-existiu-entre-namibia-e-brasil.html","title":{"rendered":"Ge\u00f3logos descobrem \u201ccorredor de gelo\u201d que existiu entre Nam\u00edbia e Brasil"},"content":{"rendered":"
\"Forma\u00c3\u00a7\u00c3\u00a3o
FORMA\u00c7\u00c3O ROCHOSA DESCOBERTA NA NAM\u00cdBIA (FOTO: WEST VIRGINIA UNIVERSITY\/ DIVULGA\u00c7\u00c3O)<\/figcaption><\/figure>\n

P<\/span>esquisadores da Universidade da Virg\u00ednia Ocidental, nos Estados Unidos, afirmam ter descoberto forma\u00e7\u00f5es de rochas vulc\u00e2nicas que ligaram a Nam\u00edbia ao Brasil. O estudo foi publicado na revista cient\u00edfica PLOS One.<\/p>\n

A hip\u00f3tese dos cientistas \u00e9 a de que blocos de gelo passavam pela forma\u00e7\u00e3o rochosa na Nam\u00edbia, no continente africano, em dire\u00e7\u00e3o ao Brasil. Isso teria acontecido h\u00e1 aproximadamente 300 milh\u00f5es de anos, quando a disposi\u00e7\u00e3o dos continentes e o clima eram diferentes do que conhecemos atualmente.<\/p>\n

A descoberta aconteceu durante uma expedi\u00e7\u00e3o dos ge\u00f3logos Graham Andrews e Sarah Brown. A indica\u00e7\u00e3o de que havia geleiras na Nam\u00edbia surpreendeu os pesquisadores, j\u00e1 que a regi\u00e3o \u00e9 conhecida, principalmente, pelo seu clima seco e paisagem des\u00e9rtica.<\/p>\n

“Percebemos rapidamente o que est\u00e1vamos vendo porque crescemos em \u00e1reas do mundo que estiveram sob as geleiras \u2014 eu na Irlanda do Norte e Sarah no norte de Illinois”, disse Andrews, professor-assistente de geologia, em comunicado.<\/p>\n

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FOTO AMPLIADA MOSTRA ALGUNS DOS “SULCOS” FEITOS PELO MOVIMENTO DA NEVE (FOTO: WEST VIRGINIA UNIVERSITY\/ DIVULGA\u00c7\u00c3O)<\/figcaption><\/figure>\n

Junto com o ge\u00f3logo Andrew McGrady, os especialistas analisaram imagens de sat\u00e9lite para descobrir o tamanho e o padr\u00e3o que a formas de rochas apresentavam. Eles ent\u00e3o notaram que havia grandes sulcos, mostrando, de acordo com a teoria, que o gelo provavelmente se movia r\u00e1pido, esculpindo a superf\u00edcie rochosa.<\/p>\n

O ge\u00f3logo McGrady utilizou imagens de sat\u00e9lite para ajudar a classificar algumas caracter\u00edsticas sedimentares das rochas. As formas mais alongadas foram chamadas de “whalebacks”, enquanto as maiores receberam o nome de “megawhalebacks”. De acordo com os pesquisadores, a superf\u00edcie das rochas s\u00f3 poderiam ter sido esculpiadas pelo gelo passado diversas vezes pelos mesmos lugares.<\/p>\n

Shannon Maynard, um estudo que trabalha com McGrady, traduziu muitos trabalhos sobre antigos dep\u00f3sitos de gelo na Am\u00e9rica do Sul para a l\u00edngua portuguesa. Eles notaram que partes do Brasil recebiam subst\u00e2ncias de geleira, sugerindo que o material que acabou no Brasil tinha origem da Nam\u00edbia.\u00a0\u201cEsse trabalho \u00e9 importante porque pouco foi publicado sobre as caracter\u00edsticas glaciais da Nam\u00edbia\u201d, disse McGrady. A descoberta dos pesquisadores tamb\u00e9m confirma que no per\u00edodo a \u00c1frica do Sul era localizada no Polo Sul.<\/p>\n

Lauren Knight, geomorfologista glacial da Universidade de Portsmouth,\u00a0explica\u00a0que essa antiga corrente de gelo pode ser tamb\u00e9m facilmente comparada com materiais encontrados na Ant\u00e1rtica e Groel\u00e2ndia.<\/p>\n

Fonte: Revista Galile<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"