{"id":150999,"date":"2019-03-19T12:00:09","date_gmt":"2019-03-19T15:00:09","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=150999"},"modified":"2019-03-18T21:43:22","modified_gmt":"2019-03-19T00:43:22","slug":"explosao-de-meteoro-sobre-o-pacifico-liberou-energia-equivalente-a-dez-bombas-de-hiroshima-diz-nasa","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/03\/19\/150999-explosao-de-meteoro-sobre-o-pacifico-liberou-energia-equivalente-a-dez-bombas-de-hiroshima-diz-nasa.html","title":{"rendered":"Explos\u00e3o de meteoro sobre o Pac\u00edfico liberou energia equivalente a dez bombas de Hiroshima, diz Nasa"},"content":{"rendered":"
\"Ilustra\u00c3\u00a7\u00c3\u00a3o
A queda de um meteoro assim ocorre duas ou tr\u00eas vezes a cada cem anos, dizem especialistas<\/figcaption><\/figure>\n

Uma\u00a0grande explos\u00e3o de um meteoro\u00a0\u00a0foi detectada na atmosfera da Terra em dezembro, segundo a ag\u00eancia espacial americana, a\u00a0Nasa.<\/p>\n

Foi o segundo maior incidente do tipo nos \u00faltimos 30 anos, e o maior desde o ocorrido em Chelyabinsk, na R\u00fassia, h\u00e1 seis anos. Mas a explos\u00e3o passou praticamente despercebida, porque se deu sobre o Mar de Bering, no extremo norte do oceano Pac\u00edfico.<\/p>\n

A explos\u00e3o de dezembro liberou uma quantidade de energia equivalente a dez vezes a explos\u00e3o da bomba at\u00f4mica lan\u00e7ada pelos EUA sobre Hiroshima, no Jap\u00e3o, em 1945.<\/p>\n

Lindley Johnson, chefe do departamento de defesa planet\u00e1ria da Nasa disse \u00e0 BBC News que a queda de um meteoro t\u00e3o grande na Terra \u00e9 algo que ocorre duas ou tr\u00eas vezes a cada cem anos.<\/p>\n

O que se sabe at\u00e9 agora?<\/h2>\n

Em 18 de dezembro, por volta do meio-dia no hor\u00e1rio local, um aster\u00f3ide entrou na atmosfera terrestre a uma velocidade de 32 km\/s, em uma trajet\u00f3ria quase vertical, com apenas sete graus de inclina\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Com v\u00e1rios metros de largura, o meteoro explodiu a 25,6 km da superf\u00edcie da Terra, liberando uma energia equivalente a 173 kilotons, ou 173 mil toneladas de dinamite.<\/p>\n

“Foi 40% da energia liberada em Chelyabinsk, mas este epis\u00f3dio ocorreu sobre o Mar de Bering, ent\u00e3o, n\u00e3o teve o mesmo efeito nem foi noticiado pela imprensa”, diz Kelly Fast, gerente do programa do observa\u00e7\u00e3o de objetos pr\u00f3ximos da Terra da Nasa, que falou sobre este incidente recente na 50\u00aa Confer\u00eancia de Ci\u00eancia Lunar e Planet\u00e1ria, nos Estados Unidos.<\/p>\n

“Isso \u00e9 mais uma coisa que temos para nos defender: h\u00e1 muita \u00e1gua em nosso planeta.”<\/p>\n

Sat\u00e9lites militares captaram a explos\u00e3o no ano passado, e a For\u00e7a A\u00e9rea americana notificou a Nasa do ocorrido.<\/p>\n

Johnson disse que o meteoro caiu em uma \u00e1rea que n\u00e3o fica muito distante de rotas usadas por voos comerciais entre a Am\u00e9rica do Norte e a \u00c1sia. Pesquisadores est\u00e3o checando com empresas \u00e1reas se a explos\u00e3o foi avistada.<\/p>\n

Por que isso \u00e9 importante?<\/h2>\n

Em 2005, o Congresso americano deu \u00e0 Nasa a miss\u00e3o de encontrar 90% dos aster\u00f3ides pr\u00f3ximos da Terra com um tamanho de 140 metros ou mais at\u00e9 2020.<\/p>\n

Rochas espaciais grandes assim s\u00e3o chamadas de “problemas sem passaportes”, porque espera-se que afetem regi\u00f5es inteiras se colidirem com a Terra. Mas cientistas estimam que levar\u00e3o mais 30 anos para cumprir a meta estabelecida pelo Congresso.<\/p>\n

\"Ilustra\u00c3\u00a7\u00c3\u00a3o
Um projeto prev\u00ea o lan\u00e7amento do telesc\u00f3pio NeoCam ao espa\u00e7o para identificar e analisar grandes aster\u00f3ides pr\u00f3ximos da Terra<\/figcaption><\/figure>\n

Uma vez que um objeto em curso de colis\u00e3o \u00e9 identificado, a Nasa tem conseguido com sucesso calcular onde o impacto ocorrer\u00e1 no planeta, com base em uma an\u00e1lise de um sua \u00f3rbita.<\/p>\n

Em junho de 2018, o asteroide 2018 LA, de tr\u00eas metros de largura, foi descoberto por um observat\u00f3rio no Arizona, nos Estados Unidos, oito horas antes do impacto.<\/p>\n

O Laborat\u00f3rio de Propuls\u00e3o da Jato (JPL, na sigla em ingl\u00eas) do Centro de Estudos de Objetos Pr\u00f3ximos da Nasa identificou sua \u00f3rbita e a usou para calcular o local mais prov\u00e1vel da colis\u00e3o. Isso mostrou que a rocha deveria cair no sul da \u00c1frica.<\/p>\n

Conforme calculado, o meteoro foi avistado sobre Botsuana por uma c\u00e2mera de seguran\u00e7a de uma fazenda. Fragmentos foram encontrados depois nesta \u00e1rea.<\/p>\n

Como o monitoramento pode ser aperfei\u00e7oado?<\/h2>\n

O incidente sobre o Mar de Bering mostra que objetos maiores podem colidir com o planeta sem qualquer aviso, o que ressalta a import\u00e2ncia de aperfei\u00e7oar o monitoramento destes corpos espaciais.<\/p>\n

Uma rede mais robusta necessitaria n\u00e3o apenas de telesc\u00f3pios em terra, mas tamb\u00e9m de observat\u00f3rios espaciais.<\/p>\n

Um conceito em desenvolvimento prev\u00ea o lan\u00e7amento de um telesc\u00f3pio chamado NeoCam para um certo do ponto no espa\u00e7o, de onde poderia identificar e analisar aster\u00f3ides com mais de 140 metros.<\/p>\n

Amy Mainzer, cientista-chefe do NeoCam no JPL, diz que, sem o lan\u00e7amento do telesc\u00f3pio, proje\u00e7\u00f5es indicam que “levaremos muitas d\u00e9cadas para atingir a meta de 90% estabelecida pelo Congresso com os equipamentos terrestres existentes hoje”.<\/p>\n

“Mas, se voc\u00ea tiver \u00e0 disposi\u00e7\u00e3o um telec\u00f3pio com tecnologia infravermelha, o progresso ser\u00e1 bem mais r\u00e1pido.”<\/p>\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Uma grande explos\u00e3o de um meteoro foi detectada na atmosfera da Terra em dezembro, segundo a ag\u00eancia espacial americana, a Nasa.<\/p>\n

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