{"id":151189,"date":"2019-03-29T12:00:16","date_gmt":"2019-03-29T15:00:16","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=151189"},"modified":"2019-03-28T22:34:30","modified_gmt":"2019-03-29T01:34:30","slug":"pesquisadores-monitoram-orca-idosa-que-esta-passando-fome-no-canada","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/03\/29\/151189-pesquisadores-monitoram-orca-idosa-que-esta-passando-fome-no-canada.html","title":{"rendered":"Pesquisadores monitoram orca idosa que est\u00e1 passando fome no Canad\u00e1"},"content":{"rendered":"
\"Orca
ORCA IDOSA J17, DE 42 ANOS, FOI VISTA NOS CANAIS DE HARO STRAIT EM 22 DE MAR\u00c7O DE 2019 (FOTO: CENTER FOR WHALE RESEARCH, WHALERESEARCH.COM)<\/figcaption><\/figure>\n

Uma orca com idade avan\u00e7ada que estava \u00e0 beira da morte no final de 2018 ainda est\u00e1 viva, embora sua sa\u00fade permane\u00e7a em estado prec\u00e1rio, de acordo com especialistas que a viram nadando na costa oeste do Canad\u00e1.<\/p>\n

Entre dezembro e janeiro, pesquisadores que acompanharam a comunidade J \u2013\u00a0um dos tr\u00eas grupos de orcas da esp\u00e9cie\u00a0Orcinus orca<\/em>\u00a0que nadam pelos Estados Unidos e Canad\u00e1 \u2013 notaram que uma orca de 42 anos, conhecida como J17 , n\u00e3o estava bem.<\/p>\n

J17 tinha “cabe\u00e7a de amendoim”, condi\u00e7\u00e3o que evid\u00eancia que ela n\u00e3o estava se alimentando o suficiente. “N\u00e3o \u00e9 um bom sinal quando as orcas come\u00e7am a perder a gordura em volta de suas cabe\u00e7as”, informou Jane Cogan, volunt\u00e1ria do Centro de Pesquisa de Baleias, \u00e0\u00a0KUOW<\/em>, esta\u00e7\u00e3o de r\u00e1dio p\u00fablica de Seattle.<\/p>\n

Os cientistas ficaram entusiasmados quando avistaram J17 no dia 22 de mar\u00e7o, enquanto navegavam no Estreito de Haro, na costa da ilha de Vancouver, no Canad\u00e1. Naquela manh\u00e3, eles descobriram que a comunidade J “estava muito espalhada em pequenos grupos e ainda se dirigia lentamente para o sul”.<\/p>\n

Na ocasi\u00e3o, os pesquisadores viram algumas orcas nadando para a superf\u00edcie do oceano e soltando ar pelos seus respiradouros.\u00a0“Surpreendentemente, os borrifos vieram de J17 e J53”, eles descreveram em um\u00a0relat\u00f3rio, publicado no site Center for Whale Research (CWR). “J17 ainda estava viva e melhorou sua condi\u00e7\u00e3o corporal.”<\/p>\n

No entanto, a sa\u00fade de J17 segue preocupante. “Sua respira\u00e7\u00e3o ainda cheira mal”, eles acrescentaram.<\/p>\n

A respira\u00e7\u00e3o das orcas pode revelar se o animal est\u00e1 infectado com doen\u00e7as prejudiciais, segundo estudo publicado em 2017 na revista\u00a0Scientific Reports<\/em>. Na pesquisa, especialistas coletaram ar exalado das tr\u00eas comunidades de orcas que nadam entre os EUA e Canad\u00e1. Eles descobriram que as amostras continham bact\u00e9rias e fungos capazes de causar enfermidades.<\/p>\n

As\u00a0doen\u00e7as, a escassez de alimentos, a polui\u00e7\u00e3o dos oceanos e os ru\u00eddos provocados pelo homem est\u00e3o amea\u00e7ando as orcas. Isso ajuda a explicar por que esses animais foram listados como amea\u00e7ados pelo Canad\u00e1 em 2001 e pelos EUA em 2005. Em janeiro de 2019, havia 75 na popula\u00e7\u00e3o de Orcas Residentes do Sul: 22 na comunidade J, 18 na comunidade K e 35 na comunidade L.<\/p>\n

O n\u00famero marca uma baixa de 35 anos para as residentes do sul: tr\u00eas morreram em 2018, incluindo J50, outra orca que teve “cabe\u00e7a de amendoim” e foi encontrada morta em setembro passado. Outra v\u00edtima foi o neto de J17, que morreu ainda filhote\u00a0\u2013 sua filha, J35 (tamb\u00e9m conhecida como Tahlequah),\u00a0empurrou o cad\u00e1ver do beb\u00ea por 1,6 mil quil\u00f4metros ao longo de 17 dias.<\/p>\n

De acordo com o CWR, h\u00e1 esperan\u00e7as. Um filhote da comunidade L foi descoberto em janeiro e acredita-se que ainda esteja vivo.\u00a0Al\u00e9m disso,\u00a0Jay Inslee,\u00a0governador do estado norte-americando de Washington, prop\u00f4s um plano de bilh\u00f5es de d\u00f3lares para salvar as orcas, que inclui restaurar o habitat do salm\u00e3o que elas comem, proibir a observa\u00e7\u00e3o de orcas amea\u00e7adas e investir em balsas el\u00e9tricas silenciosas, segundo reportou a r\u00e1dio\u00a0KUOW<\/em>.<\/p>\n

Fonte: Revista Galileu<\/p>\n

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