{"id":151210,"date":"2019-03-30T01:00:08","date_gmt":"2019-03-30T04:00:08","guid":{"rendered":"http:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=151210"},"modified":"2019-03-29T23:41:29","modified_gmt":"2019-03-30T02:41:29","slug":"estudo-revela-nova-maneira-com-que-cachoeiras-podem-se-formar","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/03\/30\/151210-estudo-revela-nova-maneira-com-que-cachoeiras-podem-se-formar.html","title":{"rendered":"Estudo revela nova maneira com que cachoeiras podem se formar"},"content":{"rendered":"
\"Cachoeiras
CACHOEIRAS S\u00c3O CAPAZES DE SE FORMAR SOZINHAS (FOTO: PEXELS)<\/figcaption><\/figure>\n

\u00c9\u00a0<\/span>dif\u00edcil n\u00e3o se impressionar com a beleza de uma cachoeira. Mas voc\u00ea sabe como elas s\u00e3o formadas? De acordo com o conhecimento convencional, as cascatas s\u00e3o formadas por for\u00e7as externas, como terremotos, deslizamentos de terra ou mudan\u00e7as no n\u00edvel do mar que s\u00e3o capazes de alterar a paisagem. Mas um novo estudo realizado no Instituto de Tecnologia da Calif\u00f3rnia e publicado na\u00a0revista Nature\u00a0<\/em>mostra que outro fator pode estar envolvido.<\/p>\n

De acordo com os pesquisadores, uma mudan\u00e7a dram\u00e1tica na rocha ou for\u00e7a externa nem sempre \u00e9 necess\u00e1ria para criar essas cascatas vertiginosas. Na verdade, o autor principal Joel\u00a0Scheingross e sua equipe sugerem que a turbul\u00eancia de um rio, por si s\u00f3, \u00e9 suficiente para esculpir declives \u00edngremes em uma rocha, formando espontaneamente uma cachoeira.<\/p>\n

A ideia surgiu quando os cientistas descobriram que o movimento da \u00e1gua poderia formar piscinas ondulantes ao longo de seu caminho \u2014 com alguns at\u00e9 dizendo que essas piscinas poderiam eventualmente se tornar cachoeiras, e ent\u00e3o decidiram testar a hi\u00f3tese. Como o processo \u00e9 extremamente lento por natureza, eles decidiram criar o seu pr\u00f3prio rio e, para isso, usaram uma espuma de poliuretano, semelhante ao usado em arranjos de flores.<\/p>\n

A equipe colocou uma superf\u00edcie plana dessa espuma em uma calha de 7,3 metros de comprimento. A superf\u00edcie foi movimentada em uma inclina\u00e7\u00e3o de quase 20 por cento, e ent\u00e3o a equipe inundou-a com um fluxo de \u00e1gua e sedimentos. Com o sistema fluindo, a equipe esperou e observou, parando a \u00e1gua de vez em quando para avaliar seus efeitos.<\/p>\n

Em quest\u00e3o de horas, o fluxo constante de \u00e1gua e rocha come\u00e7ou a corroer o leito de rio de espuma macia e n\u00e3o de maneira uniforme. “Ao longo do leito do rio, as varia\u00e7\u00f5es na eros\u00e3o da escala decim\u00e9trica criavam cristas rochosas convexas e depress\u00f5es c\u00f4ncavas, que cresciam em amplitude para formar degraus c\u00edclicos”, diz o estudo.<\/p>\n

O experimento mostrou que uma combina\u00e7\u00e3o de fluxo hidr\u00e1ulico, transporte de sedimentos e eros\u00e3o de rocha \u00e9 suficiente para criar formas onduladas em um leito de rio que com \u00e1gua suficiente caindo, tornam-se cachoeiras.<\/p>\n

No entanto, os cientistas deixam claro que uma simula\u00e7\u00e3o de sete metros em um laborat\u00f3rio n\u00e3o \u00e9 necessariamente uma prova de que as cachoeiras da vida real se formaram da mesma maneira \u2014 mas \u00e9 o suficiente para sugerir que isso \u00e9 poss\u00edvel.<\/p>\n

Fonte: Revista Galileu<\/p>\n