{"id":151408,"date":"2019-04-10T01:00:51","date_gmt":"2019-04-10T04:00:51","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=151408"},"modified":"2019-04-09T22:19:33","modified_gmt":"2019-04-10T01:19:33","slug":"mais-de-90-das-geleiras-dos-alpes-podem-desaparecer-ate-2100","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/04\/10\/151408-mais-de-90-das-geleiras-dos-alpes-podem-desaparecer-ate-2100.html","title":{"rendered":"Mais de 90% das geleiras dos Alpes podem desaparecer at\u00e9 2100"},"content":{"rendered":"
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Segundo cientistas, Alpes perder\u00e3o metade de suas geleiras at\u00e9 2050, n\u00e3o importa o que seja feito para conter as emiss\u00f5es.<\/figcaption><\/figure>\n

Em todo o mundo, as geleiras est\u00e3o desaparecendo em ritmo mais r\u00e1pido do que os cientistas imaginavam, e somente nos Alpes, mais de 90% \u00a0delas podem desaparecer at\u00e9 o fim deste s\u00e9culo, apontam estudos divulgados nestas segunda e ter\u00e7a-feira (09\/04).<\/p>\n

Segundo pesquisadores su\u00ed\u00e7os, at\u00e9 2100, emiss\u00f5es descontroladas de gases causadores do efeito estufa e aquecimento global podem resultar no derretimento da maior parte do gelo que define as paisagens e os ecossistemas dos Alpes. H\u00e1 mais de 4 mil geleiras na regi\u00e3o.<\/p>\n

“Na abordagem mais pessimista [se as emiss\u00f5es continuarem aumentando no ritmo atual at\u00e9 o fim do s\u00e9culo], os Alpes estar\u00e3o na maior parte descobertos de gelo at\u00e9 2100, com algumas por\u00e7\u00f5es isoladas em locais e eleva\u00e7\u00e3o alta, representando 5% ou menos do volume de gelo dos dias atuais”, afirmou o coautor do estudo Matthias Huss, da Universidade ETH de Zurique.<\/p>\n

Mesmo num cen\u00e1rio em que, ap\u00f3s atingirem seu m\u00e1ximo dentro de alguns anos, as emiss\u00f5es regridam a zero at\u00e9 o final do s\u00e9culo, somente um ter\u00e7o das geleiras alpinas sobreviveria.<\/p>\n

Talvez a descoberta mais preocupante dos pesquisadores seja que, devido ao hist\u00f3rico de emiss\u00f5es e os n\u00edveis atuais de CO2, os Alpes perder\u00e3o metade de suas geleiras at\u00e9 2050, n\u00e3o importa o que venha a ser feito para conter as emiss\u00f5es.<\/p>\n

A atmosfera terrestre cont\u00e9m atualmente mais de 400 partes por milh\u00e3o (ppm) de di\u00f3xido de carbono, o n\u00edvel mais alto em tr\u00eas milh\u00f5es de anos.<\/p>\n

“As geleiras s\u00e3o reservat\u00f3rios. Mesmo uma geleira saud\u00e1vel ir\u00e1, normalmente, derreter no ver\u00e3o e se tornar um pouco maior no inverno. Isso significa que quando as pessoas mais necessitam de \u00e1gua, elas recorrem \u00e0 \u00e1gua das geleiras”, afirmou o pesquisador da Universidade Deflt de Tecnologia da Holanda Harry Zekollari, coautor do estudo.<\/p>\n

“Se as geleiras desaparecerem, n\u00e3o haver\u00e1 esse reservat\u00f3rio. Nos Alpes, pode ser que ainda seja ok, mas se considerarmos os Andes e o Himalaia, bilh\u00f5es de pessoas que vivem ali precisam realmente da \u00e1gua das geleiras”, observou.<\/p>\n

As reservas de gelo tamb\u00e9m contribuem para a produ\u00e7\u00e3o de energia hidrel\u00e9trica em v\u00e1rios pa\u00edses alpinos, al\u00e9m de proteger os vales. Segundo Zekollari, se as condi\u00e7\u00f5es piorarem ainda mais, poder\u00e3o resultar em trag\u00e9dias naturais, como enchentes e deslizamentos de terra.<\/p>\n

Outro estudo, publicado pela revista cient\u00edfica\u00a0Nature\u00a0<\/em>nesta segunda e que inclui a medi\u00e7\u00e3o mais abrangente das geleiras j\u00e1 realizada em todo o mundo, concluiu que milhares de massas de gelo est\u00e3o diminuindo 18% mais r\u00e1pido do que havia sido calculado por um painel de cientistas em 2013.<\/p>\n

As geleiras mundo afora est\u00e3o perdendo anualmente 369 bilh\u00f5es de toneladas de gelo e neve e diminuindo cinco vezes mais r\u00e1pido do que nos anos 1960, contribuindo para o aumento do n\u00edvel do mar. Essa acelera\u00e7\u00e3o \u00e9 atribu\u00edda ao aquecimento global.<\/p>\n

“Em mais de 30 anos, quase todas as regi\u00f5es come\u00e7aram a perder massa ao mesmo tempo”, diz o cientista que liderou o estudo, Michel Zemp, diretor do Servi\u00e7o de Monitoramento de Geleiras na Universidade de Zurique, que liderou o estudo. “Isso \u00e9 claramente o aquecimento global”, afirmou.<\/p>\n

As geleiras diminuem mais rapidamente na Europa Central, no C\u00e1ucaso, oeste do Canad\u00e1, Nova Zel\u00e2ndia, em 48 estados americanos e em regi\u00f5es pr\u00f3ximas aos tr\u00f3picos.<\/p>\n

Nesses locais, a perda da massa de gelo \u00e9 de 1% ao ano, aponta o estudo. “Nessas regi\u00f5es, segundo os \u00edndices atuais de derretimento das geleiras, elas n\u00e3o v\u00e3o sobreviver a esse s\u00e9culo”, disse Zemp.<\/p>\n

A equipe de pesquisa utilizou medi\u00e7\u00f5es por sat\u00e9lite e em solo para analisar 19 mil geleiras, n\u00famero bem superior a qualquer estudo feiro anteriormente. Segundo os cientistas, apenas no sudoeste asi\u00e1tico as 19 geleiras existentes n\u00e3o est\u00e3o diminuindo, devido \u00e0s condi\u00e7\u00f5es locais do clima.<\/p>\n

Desde 1961, o mundo j\u00e1 perdeu 10,6 trilh\u00f5es de toneladas de gelo e neve (9,6 trilh\u00f5es de toneladas m\u00e9tricas), o que seria suficiente para cobrir os 48 estados americanos mais ao sul do pa\u00eds com 1, 2 metros de neve. Esse derretimento pode aumentar o n\u00edvel da \u00e1gua do mar em 27 mil\u00edmetros.<\/p>\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Estudo alerta para mudan\u00e7as dr\u00e1sticas na paisagem alpina devido ao aquecimento global. Mesmo que emiss\u00f5es de CO2 sejam significativamente reduzidas at\u00e9 o fim do s\u00e9culo, somente um ter\u00e7o do gelo da regi\u00e3o deve sobreviver. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":151409,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[476,1309,1313],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/151408"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=151408"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/151408\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":151410,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/151408\/revisions\/151410"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/151409"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=151408"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=151408"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=151408"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}