{"id":151765,"date":"2019-05-02T01:00:46","date_gmt":"2019-05-02T04:00:46","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=151765"},"modified":"2019-05-01T19:49:59","modified_gmt":"2019-05-01T22:49:59","slug":"cientistas-discutem-como-proteger-a-terra-de-asteroides","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/05\/02\/151765-cientistas-discutem-como-proteger-a-terra-de-asteroides.html","title":{"rendered":"Cientistas discutem como proteger a Terra de asteroides"},"content":{"rendered":"
\"Risco
Mais de mil ficaram feridos por estilha\u00e7os de vidro ap\u00f3s queda de meteorito em Tcheliabinsk, R\u00fassia, em 2013<\/figcaption><\/figure>\n

De vez em quando b\u00f3lides enormes passam relativamente perto da Terra. Como em abril de 2018, quando, vindo das profundezas escuras do espa\u00e7o, um asteroide de cerca de 50 metros de di\u00e2metro se aproximou perigosamente, e os astr\u00f4nomos s\u00f3 o descobriram 21 horas antes da passagem.<\/p>\n

Cinco anos antes, um meteorito de 20 metros caiu em Tcheliabinsk, na R\u00fassia. O incidente teve consequ\u00eancias relativamente leves, embora milhares de edif\u00edcios tenham sido danificados pela onda de press\u00e3o. Houve mais de mil feridos, especialmente por estilha\u00e7os de vidro, mas felizmente nenhuma morte.<\/p>\n

Os astr\u00f4nomos est\u00e3o bastante confiantes de que conhecem as outras amea\u00e7as celestes mais perigosas, com v\u00e1rios quil\u00f4metros de di\u00e2metro, e acreditam que a Terra n\u00e3o corre perigo pelo menos nos pr\u00f3ximos 100 anos.<\/p>\n

Os b\u00f3lides de m\u00e9dio porte, por sua vez, s\u00e3o de dif\u00edcil previsibilidade. Mas at\u00e9 mesmo forma\u00e7\u00f5es “menores”, com di\u00e2metro de algumas centenas de metros, j\u00e1 podem causar danos regionais devastadores. O caso dos dois asteroides tamb\u00e9m mostra que n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel conhecer todos eles.<\/p>\n

\"Vis\u00c3\u00a3o
Cratera de meteoro no Arizona: perigo vindo do espa\u00e7o \u00e9 real.<\/figcaption><\/figure>\n

Por essa raz\u00e3o, de 29 de abril a 3 de maio, 300 astr\u00f4nomos, engenheiros espaciais e outros especialistas dos Estados Unidos, R\u00fassia, China, Alemanha, Fran\u00e7a e Israel se reuniram para discutir a “situa\u00e7\u00e3o espacial”.<\/p>\n

As poss\u00edveis estrat\u00e9gias de defesa s\u00e3o tratadas na Confer\u00eancia Internacional de Defesa Planet\u00e1ria, realizada em Maryland, EUA. A ag\u00eancia espacial americana Nasa organizou a confer\u00eancia em colabora\u00e7\u00e3o com pesquisadores do Laborat\u00f3rio Johns Hopkins de F\u00edsica Aplicada (APL).<\/p>\n

Os cientistas criaram um cen\u00e1rio, em que \u00e9 descoberto um asteroide hipot\u00e9tico de at\u00e9 300 metros, a uma dist\u00e2ncia de 57\u00a0milh\u00f5es de quil\u00f4metros, que ruma para a Terra a uma velocidade de 14 quil\u00f4metros por segundo, ou 50\u00a0mil quil\u00f4metros por hora. A probabilidade de que o corpo celeste caia em solo terrestre \u00e9 de 1%. Uma maneira de lidar com a situa\u00e7\u00e3o seria evacuar a regi\u00e3o amea\u00e7ada.<\/p>\n

Os participantes da confer\u00eancia demonstram tamb\u00e9m m\u00e9todos diversos para a humanidade desviar um asteroide de sua rota perigosa, como a miss\u00e3o Teste de Redirecionamento de um Asteroide Duplo (Dart, na sigla em ingl\u00eas), desenvolvida pelo Escrit\u00f3rio de Coordena\u00e7\u00e3o da Defesa Planet\u00e1ria da Nasa, juntamente com o APL. Em 2022, um asteroide de 150 metros de espessura, n\u00e3o perigoso para o planeta, deve ser desviado de sua \u00f3rbita atrav\u00e9s de uma colis\u00e3o. Dessa maneira, os pesquisadores querem testar se o m\u00e9todo pode ter sucesso.<\/p>\n

O Dart faz parte de uma estrat\u00e9gia nacional e um plano de a\u00e7\u00e3o dos EUA para prote\u00e7\u00e3o contra objetos pr\u00f3ximos da Terra. “Pr\u00f3ximos da Terra” s\u00e3o considerados asteroides cuja \u00f3rbita em torno do Sol chega a menos de 50\u00a0milh\u00f5es de quil\u00f4metros da \u00f3rbita terrestre. Mais de 20\u00a0mil deles s\u00e3o conhecidos, e todos os anos mais de 700 s\u00e3o adicionados \u00e0 lista.<\/p>\n

“Precisamos deixar claro para o p\u00fablico que n\u00e3o se trata de Hollywood”, afirmou Jim Bridenstine, da Nasa, ao abrir a confer\u00eancia, citado pela ag\u00eancia de not\u00edcias AFP. Seu colega Detlef Koschny, da Ag\u00eancia Espacial Europeia (ESA), concordou: “A coisa boa no desastre de Tcheliabinsk foi que chamou a aten\u00e7\u00e3o dos tomadores de decis\u00f5es pol\u00edticas para esse perigo.”<\/p>\n

A maior incerteza vem de objetos pr\u00f3ximos ao Sol, quase invis\u00edveis a partir da Terra devido \u00e0s condi\u00e7\u00f5es de luz. Estes s\u00f3 podem ser detectados, quando muito, com telesc\u00f3pios especiais situados no Arizona, Hava\u00ed, Chile, Espanha e na Sic\u00edlia.<\/p>\n

Agora os astr\u00f4nomos tamb\u00e9m cogitam a constru\u00e7\u00e3o de outro telesc\u00f3pio espacial para essa finalidade, que rastrearia o espa\u00e7o de uma perspectiva diferente. Alternativamente, pode tamb\u00e9m ser constru\u00eddo um telesc\u00f3pio no lado oculto da Lua, com uma vis\u00e3o muito melhor das profundezas do universo por n\u00e3o ser ofuscado pela Terra.<\/p>\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Cerca de 300 especialistas de v\u00e1rios pa\u00edses se re\u00fanem nos EUA para pensar poss\u00edveis estrat\u00e9gias de defesa do planeta contra amea\u00e7as vindas do espa\u00e7o. Encontro \u00e9 organizado pela ag\u00eancia espacial americana Nasa.<\/p>\n

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