{"id":151953,"date":"2019-05-14T01:00:02","date_gmt":"2019-05-14T04:00:02","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=151953"},"modified":"2019-05-13T23:40:36","modified_gmt":"2019-05-14T02:40:36","slug":"atingimos-um-nivel-de-co2-na-atmosfera-sem-precedentes-na-existencia-humana","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/05\/14\/151953-atingimos-um-nivel-de-co2-na-atmosfera-sem-precedentes-na-existencia-humana.html","title":{"rendered":"Atingimos um n\u00edvel de CO2 na atmosfera sem precedentes na exist\u00eancia humana"},"content":{"rendered":"\n
\"\"\/<\/figure>\n\n\n\n

Os n\u00edveis atmosf\u00e9ricos de di\u00f3xido de carbono atingiram alturas nunca vistas antes em toda a exist\u00eancia humana \u2013 n\u00e3o hist\u00f3ria, exist\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Segundo dados do Observat\u00f3rio Mauna Loa, no Hava\u00ed, a concentra\u00e7\u00e3o de CO2 na atmosfera \u00e9 agora de mais de 415 partes por milh\u00e3o (ppm), bem maior do que em qualquer outro ponto nos \u00faltimos 800.000 anos, desde antes da evolu\u00e7\u00e3o do Homo sapiens.<\/p>\n\n\n\n

Marco sombrio<\/h2>\n\n\n\n

O observat\u00f3rio faz medi\u00e7\u00f5es regulares desde 1958, quando foram iniciadas pelo falecido Charles David Keeling. O gr\u00e1fico do aumento da concentra\u00e7\u00e3o de CO2 na atmosfera, Curva de Keeling, \u00e9 nomeado em sua homenagem.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEsta \u00e9 a primeira vez na hist\u00f3ria da humanidade que a atmosfera do nosso planeta tem mais de 415 ppm de CO2. N\u00e3o apenas na hist\u00f3ria registrada, n\u00e3o apenas desde a inven\u00e7\u00e3o da agricultura, h\u00e1 10.000 anos. Desde antes dos humanos modernos existirem milh\u00f5es de anos atr\u00e1s. N\u00f3s n\u00e3o conhecemos um planeta como este\u201d, explicou o meteorologista Eric Holthaus na rede social Twitter.<\/p>\n\n\n\n

Durante a \u00c9poca do Plioceno, cerca de 3 milh\u00f5es de anos atr\u00e1s, quando as temperaturas globais eram provavelmente 2 a 3 graus Celsius mais altas do que hoje, estima-se que os n\u00edveis de CO2 tenham atingido algo entre 310 e 400 ppm.<\/p>\n\n\n\n

Naquela \u00e9poca, o \u00c1rtico estava coberto de \u00e1rvores, n\u00e3o de gelo, e os n\u00edveis globais do mar eram provavelmente 20 metros mais altos do que hoje, ou mais.<\/p>\n\n\n\n

Mea culpa<\/h2>\n\n\n\n

Sabemos que os altos n\u00edveis de CO2 na atmosfera s\u00e3o causados \u200b\u200bpela queima de combust\u00edveis f\u00f3sseis e pelo desmatamento de florestas, a\u00e7\u00f5es humanas que impedem que o ciclo de resfriamento natural da Terra funcione, prendendo o calor perto da superf\u00edcie e fazendo com que as temperaturas globais aumentem, com efeitos devastadores.<\/p>\n\n\n\n

A libera\u00e7\u00e3o de CO2 e outros gases de efeito estufa j\u00e1 levou a um aumento de 1\u00b0 C na temperatura global. Esta vai continuar subindo se a\u00e7\u00f5es imediatas n\u00e3o forem tomadas pelos governos de todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com 70 estudos clim\u00e1ticos revisados \u200b\u200bpor cientistas, em um mundo 2\u00b0 C mais quente, haver\u00e1 25% mais dias quentes e ondas de calor, que trazem consigo riscos para a sa\u00fade. Em todo o mundo, 37% da popula\u00e7\u00e3o estar\u00e1 exposta a pelo menos uma onda de calor severa a cada cinco anos e a dura\u00e7\u00e3o m\u00e9dia das secas aumentar\u00e1 em quatro meses, expondo cerca de 388 milh\u00f5es de pessoas \u00e0 escassez de \u00e1gua e 194,5 milh\u00f5es a climas severos.<\/p>\n\n\n\n

Inunda\u00e7\u00f5es e condi\u00e7\u00f5es meteorol\u00f3gicas extremas, como ciclones e tuf\u00f5es, aumentar\u00e3o, inc\u00eandios florestais se tornar\u00e3o mais frequentes e os rendimentos das colheitas cair\u00e3o. A vida animal ser\u00e1 devastada, com cerca de um milh\u00e3o de esp\u00e9cies em risco de extin\u00e7\u00e3o. Os mosquitos, no entanto, ir\u00e3o prosperar, significando um aumento do risco de mal\u00e1ria e outras doen\u00e7as transmitidas por mosquitos em 27%.<\/p>\n\n\n\n

Se tudo der certo<\/h2>\n\n\n\n

Essas s\u00e3o as estimativas para um aumento de 2\u00b0 C, um n\u00famero que est\u00e1 se tornando cada vez mais \u201cesperan\u00e7oso\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Na realidade, o aumento poderia ser maior e, com uma temperatura 3 ou 4\u00b0 C mais alta, entramos em um est\u00e1gio de \u201cestufa terrestre\u201d que poderia tornar muitas partes do planeta inabit\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n

Tudo isso j\u00e1 foi previsto h\u00e1 d\u00e9cadas. Sabemos tamb\u00e9m o que precisa ser feito para impedir tudo isso h\u00e1 d\u00e9cadas. Ningu\u00e9m escutou. Como em todo o come\u00e7o de filme de desastre, os cientistas t\u00eam sido ignorados.<\/p>\n\n\n\n

\n\nAgora, segundo um novo relat\u00f3rio ultra abrangente do Painel Intergovernamental sobre Mudan\u00e7a Clim\u00e1tica, precisamos de \u201cmudan\u00e7as r\u00e1pidas, de longo alcance e sem precedentes em todos os aspectos da sociedade\u201d para termos uma chance de salvar o planeta. Isso significa, no m\u00ednimo, um corte dr\u00e1stico nas emiss\u00f5es de carbono, reflorestamento e cria\u00e7\u00e3o de novas tecnologias para captura de carbono. [CNN<\/a>]\n\n<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Hypescience <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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