{"id":152264,"date":"2019-05-30T12:00:20","date_gmt":"2019-05-30T15:00:20","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=152264"},"modified":"2019-05-29T23:09:29","modified_gmt":"2019-05-30T02:09:29","slug":"quao-precisas-tem-sido-as-previsoes-climaticas-a-longo-prazo-da-nasa","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/05\/30\/152264-quao-precisas-tem-sido-as-previsoes-climaticas-a-longo-prazo-da-nasa.html","title":{"rendered":"Qu\u00e3o precisas t\u00eam sido as previs\u00f5es clim\u00e1ticas a longo prazo da NASA?"},"content":{"rendered":"\n
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Os dados coletados pela NASA, bem como outras grandes institui\u00e7\u00f5es cient\u00edficas em todo o mundo que acompanham a temperatura da Terra, mostram claramente que o mundo tem ficado mais quente nas \u00faltimas d\u00e9cadas.<\/p>\n\n\n\n

Podemos confiar nesses n\u00fameros? Qu\u00e3o precisos eles s\u00e3o, bem como as previs\u00f5es clim\u00e1ticas que fazemos a partir deles?<\/p>\n\n\n\n

Uma equipe de cientistas foi atr\u00e1s dessas respostas.<\/p>\n\n\n\n

Como os dados s\u00e3o coletados<\/h2>\n\n\n\n

Recentemente, o Instituto Goddard para Estudos sobre Ci\u00eancia Espacial (GISS), da NASA, fez uma avalia\u00e7\u00e3o completa de seus dados de temperatura, chamados de GISTEMP.<\/p>\n\n\n\n

O GISTEMP \u00e9 uma das melhores refer\u00eancias que temos para rastrear a temperatura da Terra \u2013 sua coleta de dados remonta a mais de 100 anos, at\u00e9 a d\u00e9cada de 1880.<\/p>\n\n\n\n

Todos os anos, a NASA faz parceria com a NOAA (Administra\u00e7\u00e3o Nacional Oce\u00e2nica e Atmosf\u00e9rica dos EUA) para medir e atualizar a temperatura global. Al\u00e9m dos dados coletados desde 1880, os n\u00fameros s\u00e3o combinados com medi\u00e7\u00f5es mais modernas de mais de 6.300 esta\u00e7\u00f5es de pesquisa meteorol\u00f3gicas, bem como navios e boias meteorol\u00f3gicas em todo o mundo.<\/p>\n\n\n\n

A partir de tudo isso, a NASA concluiu que 2018 foi o quarto ano mais quente j\u00e1 registrado, e 2016 o mais quente.<\/p>\n\n\n\n

Incertezas<\/h2>\n\n\n\n

No novo estudo, os cientistas da NASA reanalisaram os dados do GISTEMP para ver se as suas previs\u00f5es anteriores de temperaturas crescentes eram precisas. Eles queriam saber se qualquer incerteza nos n\u00fameros tinha sido corretamente contabilizada.<\/p>\n\n\n\n

O objetivo era garantir que os modelos que usamos hoje fossem robustos o suficiente para nos basearmos neles no futuro. A resposta? Sim, eles s\u00e3o, dentro de 1\/20 de grau Celsius.<\/p>\n\n\n\n

Gavin Schmidt, diretor do GISS e coautor do estudo, explica que \u00e9 importante entendermos que no mundo real n\u00e3o sabemos tudo perfeitamente. A ci\u00eancia tem que conhecer as limita\u00e7\u00f5es dos n\u00fameros que cria, porque essas incertezas podem determinar se o que estamos vendo \u00e9 uma altera\u00e7\u00e3o ou mudan\u00e7a realmente importante.<\/p>\n\n\n\n

Isso \u00e9 puro rigor cient\u00edfico \u2013 o que a NASA fez foi tentar compreender seus dados GISTEMP o melhor poss\u00edvel, bem como reconhecer qualquer fraqueza que pudesse ter para poder quantific\u00e1-la.<\/p>\n\n\n\n

A conclus\u00e3o
<\/h2>\n\n\n\n

A an\u00e1lise revelou quatro fontes de incerteza, ainda que min\u00fasculas, nos dados do GISTEMP. A primeira, e mais influente delas, \u00e9 como a medi\u00e7\u00e3o da temperatura mudou ao longo do tempo. A segunda foi a cobertura de esta\u00e7\u00f5es meteorol\u00f3gicas. N\u00e3o se pode ter uma esta\u00e7\u00e3o meteorol\u00f3gica em todos os pontos da Terra, ent\u00e3o \u00e9 preciso interpolar os dados. Essa interpola\u00e7\u00e3o \u00e9 a terceira fonte de incerteza, embora sua contribui\u00e7\u00e3o seja min\u00fascula.<\/p>\n\n\n\n

Por fim, o \u00faltimo fator de incerteza foi como os dados coletados foram padronizados em diferentes per\u00edodos de tempo na hist\u00f3ria.<\/p>\n\n\n\n

Segundo Schmidt, o valor da incerteza nos dados \u00e9 t\u00e3o pequeno que \u00e9 quase insignificante: menos de um d\u00e9cimo de um grau Celsius nos \u00faltimos anos. Com seu modelo atualizado, a equipe reafirmou que 2016 foi provavelmente o ano mais quente do registro hist\u00f3rico, com uma probabilidade de 86,2%, levando-se em conta as incertezas.<\/p>\n\n\n\n

\u201cTornamos a quantifica\u00e7\u00e3o da incerteza mais rigorosa, e a conclus\u00e3o a ser tirada do estudo foi que podemos confiar na precis\u00e3o de nossas s\u00e9ries globais de temperatura. N\u00e3o precisamos mudar nenhuma conclus\u00e3o com base nessa an\u00e1lise\u201d, resumiu o principal autor do estudo, Nathan Lenssen, estudante de doutorado da Universidade de Columbia (EUA).<\/p>\n\n\n\n

Dados do AIRS<\/h2>\n\n\n\n

Outro estudo recente tamb\u00e9m apoiou a precis\u00e3o dos dados do GISTEMP \u2013 as medi\u00e7\u00f5es do instrumento Atmospheric Infrared Sounder (AIRS), do Aqua Earth, um sat\u00e9lite da NASA.<\/p>\n\n\n\n

Em mar\u00e7o de 2019, Joel Susskind, da NASA, fez um estudo comparando os dados do GISTEMP com os dados do AIRS. O m\u00e9todo de coleta do AIRS \u00e9 diferente \u2013 ele mede a temperatura na superf\u00edcie da Terra usando sensores infravermelhos. Esses dados s\u00f3 remontam a 2003, quando o sat\u00e9lite se tornou operacional, ent\u00e3o Susskind o comparou com os dados de GISTEMP desse per\u00edodo at\u00e9 o presente.<\/p>\n\n\n\n

Ambos os conjuntos de dados, embora reunidos independentemente com m\u00e9todos distintos, mostraram exatamente a mesma tend\u00eancia de aquecimento. A \u00fanica diferen\u00e7a foi que os dados do AIRS mostraram que as latitudes mais setentrionais est\u00e3o aquecendo mais r\u00e1pido do que pens\u00e1vamos.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO \u00c1rtico \u00e9 um dos lugares que j\u00e1 detectamos que estava aquecendo mais. Os dados do AIRS sugerem que ele est\u00e1 aquecendo ainda mais r\u00e1pido do que pens\u00e1vamos\u201d, afirmou Schmidt, que tamb\u00e9m foi coautor do artigo de Susskind.<\/p>\n\n\n\n

Dados robustos, atitudes fracas<\/h2>\n\n\n\n

Ambos os estudos reafirmam a precis\u00e3o dos dados do GISTEMP e consolidam sua posi\u00e7\u00e3o como um indicador rigoroso das temperaturas futuras.<\/p>\n\n\n\n

\u201cTestamos a robustez do m\u00e9todo em si, a robustez das suposi\u00e7\u00f5es e do resultado final contra um conjunto de dados totalmente independente\u201d, conclui Schmidt.<\/p>\n\n\n\n

Em todos os casos, as tend\u00eancias resultantes foram mais robustas do que o que poderia ser explicado por qualquer incerteza nos dados ou m\u00e9todos.<\/p>\n\n\n\n

Em resumo, nossos dados s\u00e3o exatos e nossos cientistas clim\u00e1ticos honestos o suficiente para pensar criticamente e melhorar seus pr\u00f3prios modelos e conjuntos de dados. Infelizmente, a resposta de nossos governantes \u00e9 basicamente contr\u00e1ria: fraca e desleixada. [ScienceAlert<\/a>]<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Hypescience<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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