{"id":152402,"date":"2019-06-10T21:39:58","date_gmt":"2019-06-11T00:39:58","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=152402"},"modified":"2019-06-10T21:39:59","modified_gmt":"2019-06-11T00:39:59","slug":"o-vulcao-russo-que-parecia-extinto-e-pode-ser-o-novo-vesuvio","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2019\/06\/10\/152402-o-vulcao-russo-que-parecia-extinto-e-pode-ser-o-novo-vesuvio.html","title":{"rendered":"O vulc\u00e3o russo que parecia extinto e pode ser o novo Ves\u00favio"},"content":{"rendered":"\n
\"Vulc\u00c3\u00a3o

O vulc\u00e3o Bolshaya Udina tem mais de 3.000 metros e fica na pen\u00ednsula russa de Kamchatka, no extremo leste da R\u00fassia, ao norte do Jap\u00e3o
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um colosso nos confins da R\u00fassia despertou de um sono de s\u00e9culos. O vulc\u00e3o Bolshaya Udina, que se acreditava extinto, entrou novamente em atividade.<\/p>\n\n\n\n

N\u00e3o se sabe quando foi a \u00faltima vez que o Udina entrou em erup\u00e7\u00e3o, mas agora os especialistas temem que o vulc\u00e3o possa produzir um evento “similar” ao que destruiu Pompeia e Herculano h\u00e1 quase 2.000 anos.<\/p>\n\n\n\n

O Udina fica na pen\u00ednsula russa de Kamchatka, uma \u00e1rea com diversos cintur\u00f5es de vulc\u00f5es, localizada no extremo leste da R\u00fassia. Tem o tamanho aproximado do Rio Grande do Sul e uma popula\u00e7\u00e3o de cerca de 300 mil pessoas.<\/p>\n\n\n\n

Segundo uma investiga\u00e7\u00e3o publicada no Journal of Volcanology and Geothermal Research, os primeiros sinais de atividade do vulc\u00e3o foram detectados em 2017. Ap\u00f3s diversos relatos, foi constatada uma atividade s\u00edsmica incomum sob a montanha.<\/p>\n\n\n\n

Uma equipe de pesquisadores de R\u00fassia, Ar\u00e1bia Saudita e Egito come\u00e7ou a monitorar a \u00e1rea e instalou quatro esta\u00e7\u00f5es de medi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com o estudo, entre outubro de 2017 e fevereiro deste ano, foram detectados mais de 2.400 eventos s\u00edsmicos. J\u00e1 entre 1999 e 2017, o n\u00famero registrado foi de 100.<\/p>\n\n\n\n

“Essas atividades s\u00edsmicas podem indicar a presen\u00e7a de intrus\u00f5es de magma com um alto teor de fluidos, o que pode explicar a mudan\u00e7a do estado atual deste vulc\u00e3o de extinto a ativo”, escreveram os investigadores.<\/p>\n\n\n\n

Os especialistas tamb\u00e9m identificaram uma conex\u00e3o do vulc\u00e3o com a chamada zona de Talude, uma \u00e1rea que armazenaria grandes quantidades de magma na crosta inferior da Terra.<\/p>\n\n\n\n

\"Ilustra\u00e7\u00e3o
Acredita-se que a chamada Zona de Talude armazene grandes quantidades de magma<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“Com os resultados deste estudo, chegamos \u00e0 conclus\u00e3o de que, durante 2018, a fonte de magma do Talude parecia ter constru\u00eddo outro caminho at\u00e9 o Bolshaya Udina”, indica o estudo.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com os especialistas, n\u00e3o se sabe quando o vulc\u00e3o entrar\u00e1 em erup\u00e7\u00e3o – nem mesmo se isso vai, de fato, ocorrer. Mas os dados compilados at\u00e9 agora indicam que, se a erup\u00e7\u00e3o acontecer, poder\u00e1 ter consequ\u00eancias catastr\u00f3ficas.<\/p>\n\n\n\n

O que se sabe sobre o vulc\u00e3o?<\/h2>\n\n\n\n

O Bolshaya Udina \u00e9 um estratovulc\u00e3o, localizado dentro do grupo de montanhas Kliuchevskoi, na Pen\u00ednsula russa de Kamchatka. Sua altura \u00e9 de cerca de 3.000 metros.<\/p>\n\n\n\n

O fato de o vulc\u00e3o estar inativo h\u00e1 tanto tempo – nunca antes sua atividade havia sido detectada – faz com que os cientistas temam as consequ\u00eancias de uma nova erup\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Lembre-se de Pompeia: o despertar do Ves\u00favio foi precedido por uma pausa de diversos milhares de anos. E uma erup\u00e7\u00e3o no ano 1.600 no Peru provocou um esfriamento da Europa e fome na R\u00fassia”, explicou o principal autor do estudo, Iv\u00e1n Kulakov, em entrevista \u00e0 revista Ci\u00eancia na Sib\u00e9ria.<\/p>\n\n\n\n

\"Sism\u00f3grafo\"\/
Cientistas analisaram as ondas s\u00edsmicas provenientes do Udina<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Por que essa associa\u00e7\u00e3o com o Ves\u00favio?<\/h2>\n\n\n\n

Em entrevista ao canal France 24<\/em>, Kulakov explicou que o principal problema com o Udina \u00e9 o ac\u00famulo de materiais ao longo dos s\u00e9culos.<\/p>\n\n\n\n

“A superf\u00edcie de um vulc\u00e3o inativo durante milhares de anos se torna muito r\u00edgida e a press\u00e3o que cont\u00e9m o magma \u00e9 muito forte, o que pode provocar uma grande explos\u00e3o, como foi o caso do Ves\u00favio (o vulc\u00e3o que explodiu no ano 79 d.C.)”, assinalou Kulakov, que tamb\u00e9m \u00e9 diretor adjunto do Instituto de Geologia e Geof\u00edsica da Academia de Ci\u00eancias da R\u00fassia.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com Kulakov, outro elemento que faz os cientistas associarem o Udina com o Ves\u00favio \u00e9 a composi\u00e7\u00e3o das rochas dos vulc\u00f5es. Assim, em caso de atividade, as consequ\u00eancias poderiam ser similares.<\/p>\n\n\n\n

Por\u00e9m, em entrevista \u00e0 CNN, o cientista considerou que a probabilidade de o vulc\u00e3o entrar em erup\u00e7\u00e3o \u00e9 de 50%. Tamb\u00e9m “poderia simplesmente liberar a energia sem problemas em poucos meses ou simplesmente desaparecer sem nenhuma erup\u00e7\u00e3o”.<\/p>\n\n\n\n

\"Vulc\u00e3o
O Udina \u00e9 um dos vulc\u00f5es da Pen\u00ednsula Kamchatka, na R\u00fassia, e fica pr\u00f3ximo de outro vulc\u00e3o ativo, o Kliuchevskoi (visto nesta foto com uma coluna de fuma\u00e7a
<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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